Capítulo 51

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Edgar

Lavar a alma com a morte de Henrique/Beto foi uma das melhores coisas que eu fiz na vida, um peso enorme saiu das minhas costas, porém, havia duas pessoas que eu também me dedicaria para encontrar, uma delas Shirley, nossos agentes tentam chegar até ela, no entanto ela sempre arruma uma forma de escapar das nossas vistas, já o outro filho de Fragoso não conseguimos identificar, mas com a morte do filho mais novo tenho a plenitude que logo descobriremos de quem se trata. Fragoso se recusou a conversar conosco depois que informei a ele do ocorrido, acredito que estava vivendo o seu luto, eu daria a ele um curto espaço, afinal também irei tirar um tempo para minha família, já que não tínhamos como sair livremente, pois estávamos sendo ameaçados sempre.

Marquei uma viagem com Manuela, eu a levaria para Santa Mônica, é umas cinco horas e meia até lá, não tivemos um momento nosso, eu ainda não havia curtido nossa família como deveria, Duda sempre me teve como pai dentro de casa, e isso não era justo com a minha filha, por esse motivo solicitei minhas folgas do FBI.

Contudo isso não era a única coisa que eu teria que fazer, havia mais duas situações na minha vida que eu devia resolver, uma delas o meu casamento com Manuela, então deixei, Sasha, Josi, Karen, Cris e minha mãe organizando tudo, mesmo eu dando as ordem expressas de como eu queria que acontecesse, ou melhor como sempre ouvi Manuela dizer, uma coisa eu não abriria mão, era o local que seria nossa cerimônia, nossa festa.

A mesma aconteceria na nossa casa, onde tivemos os melhores e piores momentos de nossas vidas, o nosso lar, aquele ambiente era o lugar perfeito para eternizarmos nossas almas, mesmo tendo a certeza que ela sempre foi minha e eu sempre fui dela. Naquela casa construímos nossa amizade antes de qualquer outro sentimento, dei a ela nosso primeiro beijo, o seu primeiro orgasmo, sua primeira vez e a coisa mais importante de nossas vidas foi onde fizemos nossa maior riqueza, nossa filha. Nada mais justo que nosso casamento de verdade dessa vez, seja naquele lugar onde apenas além das lembranças ruins, também criamos as melhores memórias das nossas vidas, pelo menos para mim havia um significado mais do que especial.

Por isso todos começaram com as preparações para o meu casamento com Manuela, queria surpresa e por esta razão decidi viajar com as duas mulheres que são minha própria vida. Seguimos viagem em família, eu sentia uma paz enorme dentro de mim, ver os sorrisos delas enchia no meu peito um sentimento que nunca imaginei sentir, como se aquilo reconfortasse minha alma pelo tempo perdido de alguma forma, não que fosse uma maneira de recompensar, mas sim uma forma de viver aquilo que eu já poderia ter vivido antes.

Os nossos dias foram magníficos passamos a maior parte do tempo na praia, em meio aos sorrisos das riquezas mais lindas da minha vida.

Duda me enchia de felicidade toda vez que me chamava de pai, eu ficava bobo vendo a minha filha, ver seu crescimento, sua autonomia, maturidade me enchia de arrependimento por não ter participado muito antes em sua vida

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Duda me enchia de felicidade toda vez que me chamava de pai, eu ficava bobo vendo a minha filha, ver seu crescimento, sua autonomia, maturidade me enchia de arrependimento por não ter participado muito antes em sua vida. No entanto cansei das vezes que ela me fez sorrir feito um pai idiota que eu era, cada gargalhada gostosa que ela dava me sentia privilegiado por fazer parte em sua vida, por ser alguém importante para ela, mesmo que eu tenha demorado a entrar na sua vida, a fazer parte.

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