Capítulo 6

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Manuela

Passei uma semana criando coragem para desistir dessa loucura que eu estava preste a fazer com a minha vida, eu nunca seria feliz ao lado desse monstro disfarçado de Deus Grego, Edgar parecia se esforçar, mas eu não permitia o deixando sempre distante de mim, eu queria que ele desistisse, queria que isso seguisse de sua parte e não da minha, assim minha família não sairia desmoralizada, mas não, ele não desistiu, pior ele continuou e me disse sim naquele maldito altar, então fui obrigada a fazer o mesmo, eu dei graças a Deus por ele não ter beijado minha boca, eu estava tão nervosa com isso.

Passamos um tempo na festa, Reinaldo não parava de me olhar o que me deixava ainda mais insegura com tudo que vou ser obrigada a fazer, afinal um casamento precisa ser consumado, Edgar era tão experiente e eu uma virgem que nunca sequer beijou a boca de outro homem.

Fico extremamente nervosa quando ele me chama para irmos embora era agora que eu me ferrava de vez, eu concordei com ele em ir porque não aguentava mais viver sorrindo quando o meu interior estava sangrando em lágrimas, então nos despedimos e formos embora a minha suposta casa.

Ao chegarmos vi que não havia nenhum funcionário, o que me deixa ainda mais assustada por ficar sozinha com ele, tudo que ouvi a respeito dele no internato assombrava minha mente, as meninas gargalhavam e caçoavam de mim, por ele transar com elas enquanto a idiota lá vivia uma vida medíocre se preparando para servir ele, eu sinceramente não fazia nenhuma questão, eu sei que jamais vou amá-lo.

Subimos para o quarto e ele era bem aconchegante, olho cada detalhe e acho que eu não mudaria nada, talvez apenas as cortinas que são escuras e viver na escuridão não fazia mais parte da minha vida pelo menos era o que eu estava pensando e sei que ia ser bem difícil.

- Vou tomar banho quer vir junto? - ele me pergunta o que me deixa bem nervosa.

- Pode ir, eu tomo depois! -  digo apavorada do que pudesse acontecer lá dentro, as palavras da madame Loren vinham em minha mente "quando chegar finalmente na intimidade de um casal, fique parada, deixe ele te conduzir, abra as pernas e ele fará o resto" aquilo me assustava, eu não era ingênua, pesquisei muito na internet, sei que doía, mas se a pessoa for legal talvez nem sinta tanto assim, mas eu não queria dizer a ele sobre isso, não queria dizer a ele que eu ainda era virgem, que a pirralha continuava pirralha, então coloquei as palavras de madame Loren em minha mente repetindo várias vezes.

Eu sei que ele percebeu o meu nervosismo, perguntou se estava tudo bem, é claro que menti dizendo que sim, quando eu estava preste a ir em direção ao banheiro ele pediu pra me esperar, foi aí que congelei, achei que ele fosse me pegar ali mesmo, meu corpo entrou em um estado que nem eu mesma respondia, ele chegou até mim e abriu meu zíper, meu corpo todo arrepiou, sentia um calafrio por toda a minha espinha, onde o zíper abria minha coluna estava para se partir, sinto sua respiração próximo ao meu ouvido e eu sinceramente não sei o que é aquilo tudo, uma mistura de pavor e ao mesmo tempo desejo, não sabia porque meu corpo estava agindo daquela forma, sinto minha calcinha molhar e isso é novidade pra mim.

Agradeci e fui praticamente correndo pro banheiro, tranquei a porta, sei que ele deixou aberta na sua vez, mas eu não podia deixar ele me ver, não tão vulnerável, liguei o chuveiro e meu Deus a água estava fria demais, foi então que lágrimas surgiram em meus olhos, nunca senti isso antes e me deparo com um homem praticamente desconhecido pra mim, um homem ao qual ficou com quase todas as meninas do internato eu fui tão humilhada ali e agora eu estava preste a perder minha virgindade pra um cara que nunca esteve nem aí pra mim.

Passou bastante tempo, sei que já estou mais calma e quando vejo esqueci a droga da camisola que Betânia me deu - Que merda!! - falo pra mim mesma.

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