Capítulo 39

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Edgar

Saber que Duda era filha de outro homem me doeu muito, ouvir ela chamar outro de pai partiu meu coração em dois pedaços, o pior que eu era o maior culpado, principalmente por ter deixado Manuela partir, por eu ter me afastado dela, então isso me corroia por dentro, não saia da minha mente que se eu estivesse com ela talvez Duda pudesse ser minha filha e isso seria a melhor coisa que me aconteceria, nunca me protegi com Manuela justamente por realizar esse sonho dela, além de realizar o meu também, que já estava se acostumando com a ideia de ter uma família, na verdade que desejava isso mais que tudo na vida. Por isso me sinto muito mal ao saber que Manuela teve uma filha e ainda por cima de outro homem, mas isso não vai ser mais um empecilho na minha vida com ela, muito pelo contrário, eu irei mostrar a Manuela o quanto a amo, o quanto eu me importo com sua filha, e confesso que eu amo essa menina, desde o dia em que meus olhos bateram nela, ali tive a certeza o quanto eu a amava mesmo sem saber de quem se tratava.

Alguns dias depois...

Finalmente eu ia ter alta da fisioterapia, uma das avaliadoras viria em minha casa para se certificar, já que Manuela era a fisioterapeuta e estava em observação da universidade precisariam supervisionar o trabalho dela, era mais protocolo, porque sabemos como ela foi capaz, mesmo superando os seus limites em reabilitar um homem feito eu, grande e alto.

Com isso não posso dizer que estou cem por cento curado, ainda em recuperação, mas segundo minha fisioterapeuta que amo tanto disse que uma atividade física ia me ajudar bastante, então comecei a fazer aulas de boxes, com ela mesmo, o que me enche de orgulho e tesão quando ela faz um golpe perfeito e nossos corpos se colam me deixando explicitamente excitado, já perdi as vezes que tentei levar Manuela para o meu quarto, mas sempre alguma coisa acontecia e nunca chegávamos nesses finalmentes, é a mesmo coisa com relação a nossa conversa sobre Duda, todas as vezes que chegávamos nesse assunto alguém interrompia ou algo acontecia, porém, eu continuava feliz, tenho me aproximado ainda mais de Duda, a cada dia eu estava encantado, admirado e muito feliz com a presença dessa pequena, assim comecei a chamá-la de minha pequena, o que ela adorou na verdade, tínhamos uma conexão inexplicável e pra falar a verdade eu não entendia muito bem, mas achava um máximo por isso.

Cansei das vezes que bagunçamos, que minha casa ficou de pernas por ar, ela implorava para dormir ali, mas Manuela sempre impedia, talvez por medo de mim, ou simplesmente porque ainda era estranho para nós dois, também não questionava.

Eu estava na cozinha quando ouvi passos vindo em minha direção, eu já sabia de quem se tratava, eram as duas mulheres da minha vida.

- Edgaaaaaaar, aaaahhhh eu estava morrendo de saudades! - disse Duda pulando no meu colo.

- Oi minha pequena, meu amor que saudades eu estava! - digo despejando um beijo nela o que a faz sorrir com as cócegas da minha barba.

- Vocês dois são um chiclete, se viram ontem! - disse Manuela.

- Acho que a mamãe está com ciúmes pequena! - digo.

Duda sorrir com a mão na boca e fala - Não precisa ter ciúmes mamãe a gente te ama também!

Manuela abre um lindo sorriso, então chegamos até ela e beijo sua testa, estamos assim, só nos beijamos na boca quando Duda não está presente, por respeito a Duda que ainda não sabe do nosso relacionamento, eu não me intrometo nesse assunto de mãe e filha, até compreendo o fato de Manuela esperar um pouco, mesmo não me pedindo nada, ainda assim eu respeito o seu espaço, o seu tempo, pois como vamos dizer para uma criança que seu pai é um e o namorado da mãe é outro? Isso era muita confusão para a cabecinha da minha pequena, então ela não sabe do nosso envolvimento.

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