Pedaço de Papel

Capítulo 40

Manuela

Aquela cena de ver Duda na piscina devastou meu mundo, eu ia pular para salvar minha filha, mas Edgar foi mais rápido que eu, eu fiquei em choque e muito desesperada pelo o que estava vendo, peguei minha filha no colo com a pior sensação do mundo, ainda assim me mantinha firme para que ela ficasse calma, porém, isso não me impediu de derramar as lágrimas de angústia que estavam no meu coração, entrei e não demorou muito Edgar veio ao nosso encontro, ali desabei de vez, o abraço de Edgar era reconfortante, me sentia segura e protegida.

Edgar pegou Duda do meu colo levando ela para o seu quarto eu fui até a cozinha peguei um copo com água e tomei, estava muito nervosa, respirei e fui ao encontro da minha filha, mas antes que eu pudesse entrar definitivamente no quarto ouvi uma conversa que me fez parar, meu coração acelerado sem saber o que pensar, a cada batida uma lágrima escorria, Duda contava da maneira mais natural possível que Edgar era seu pai, do jeito ainda oculto, ainda assim dizia a ele que a amava como um, me escorei na parede de fora ouvindo tudo aquilo, as lágrimas não cessavam, meu coração com um aperto, não me dei conta que ambos já haviam terminado de falar, foi quando vi Edgar as lágrimas me olhando.

- Manuela, isso...isso é... - não deixei ele terminar.

- Duda é sua filha Edgar, me perdoa por esconder, eu quis...eu quis contar, mas...

Sem deixar eu terminar Edgar me beijou cheio de amor, eu não imaginei essa reação, juro que pensei que Edgar fosse a loucura, fosse me culpar por esconder cinco anos de desenvolvimento da filha, mas ao invés disso ele me beijou transmitindo o amor que eu sempre vi brilhar em seu rosto. Quando nosso beijo se intensificou, já estava perdida no tempo mais um vez, nossa respiração ofegante demais, sabe aquele encontro que temos com alguém que arde de desejos? Sim, era exatamente assim que estávamos, totalmente entregues no amor, alguns dizem que isso é tolice ou insanidade, pois eu digo que isso é a maior riqueza que alguém pode encontrar.

Edgar me pegou no colo, seus olhos estavam escuros, a chama ardia e brilhava, pude perceber sua alma ali tão transparente, meu coração errava cada batida, acelerado freneticamente, meu corpo fervia, minha pele arrepiada ao sentir as mãos de Edgar em meu corpo, minha respiração literalmente falha, todo o meu ser respondia a ele, Edgar sempre foi meu dono, dono da minha pobre alma que todo esse tempo estava adormecida, mas agora ele havia despertado.

Tão logo Edgar tomou meus lábios mais uma vez me fazendo arfar, eu estava no mero prazer sentindo cada sensação que não me dei conta de que estava em um outro quarto, sorri ao perceber e ele me olhou com um belo sorriso também.

- Minha filha está dormindo na minha cama! - ele diz.

Os olhos de Edgar brilhavam ao dizer que Duda era sua filha e o meu coração se aquecia com tanta felicidade, foi assim que me dei conta de que Edgar me colocava sobre a cama, a única coisa que eu pude perceber era que o quarto era menor que o dele, agora o resto me perdi quando senti a boca dele sobre minha pele, Edgar me encarava com aquele olhar sedutor cheio de desejos, eu estava com um tesão enorme, a respiração já nem existia mais, minha intimidade pulsava cada vez mais quando ele descia com aquela boca habilidosa, ele sabia me manipular muito rápido, minha calcinha encharcada com aquele simples toque. A luxúria me invadia de uma maneira surreal, que nem me dei conta que estava apenas de calcinha, a saudade que eu sentia de Edgar era tão grande que ali naquele momento era como se ele estivesse preenchendo um vazio que havia se formado todos esses anos, o buraco com a dor, estava sendo sendo completado com a aquele amor.

Nesse momento Edgar deslizou minha calcinha e subiu beijando minha perna direita, quando ele mordiscou a parte interior da minha coxa perdi o juízo, foi exatamente aí que ele levou seus lábios até meu clitóris, a loucura ardilosa me penetrou, o delírio tomou conta de mim, Edgar sugava minha vulva me fazendo recordar das lindas vezes que me enlouqueceu, me fazendo gemer e arfar, sem perder tempo ele enfiou dois dedos dentro de mim, me desconectei do mundo sentindo seu toque suavemente, ele deslizava delicadamente, lentamente me fazendo querer arrancar cada cabelo meu com o tamanho do prazer.