- Caroline Montez, certo? - dizia a garota loira que se aproximava da morena.
- Montoya, na verdade. - ela diz, amigável.
- Eu sou a Quinn... Heartley.
- É um prazer, Quinn. - ela faz a loira cair na risada.
- Desculpa, isso é realmente simpático, mas seria zombada por qualquer sonserino. Ser sonserino não significa ser um babaca, mas é o que eles querem que pensem. Quanto mais desprezível a pessoa for, mas eles a respeitam, por orgulho ou algo assim. Não tem que virar outra pessoa estando aqui, só tem que fazê-los pensar é como eles. Não que todos os sonserinos sejam idiotas, eles só querem ser vistos como "malvados".
- Isso é realmente útil. Mas por que está me ajudando? Não precisa manter a postura de "má"? - ela diz confusa, porém com medo de ser rude.
- Você parece muito especial para estar sozinha. As pessoas daqui não costumam ser amigáveis com o desconhecido, então não ligue para o que dizem.
- Eles dizem algo? Sobre... mim?
- Só Malfoy e seu papo estúpido de que você irá arruinar Sonserina. Ele não quer que faça amigos aqui, nem em lugar nenhum.
- Ele é um idiota. - elas riem.
- Ele é realmente um idiota, mas nem tudo o que faz parece ser por mérito próprio.
- O que quer dizer?
- O pai pega muito no pé dele, ele foi influenciado a ser como é. Mas enfim, se precisar de alguma coisa, pode me chamar. Estou sempre por perto.
- Obrigada, Heartley! Foi um horror te conhecer.
- Também foi um horror te conhecer, Caroline. - ela sorri e sai.
A esperança iluminava a noite da garota de cabelos castanhos, talvez Sonserina não fosse tão ruim afinal.
Ela pegou seu pergaminho, e vou checar as anotações da aula de Transfiguração que tinha tido mais cedo, estava determinada a se sair bem em Hogwarts.
Depois de um longo tempo, ela se deita para dormir.
[...]
A garota acorda relaxada, em parte. Mas logo se assusta ao não ver ninguém no dormitório.
'Droga', pensou. Ela já estava atrasada e ainda nem estava pronta.
Correu o mais rápido que pode, se vestindo de mal jeito com o cabelo ainda um pouco bagunçado, na esperança de que Trelawney não a repreendesse na frente de todos os outros e fosse motivo das risadas de Malfoy e seus amigos.
Ela chega na sala de aula, e acaba tropeçando em uma bola de cristal, jogada no chão por um grifinorio padrão, então a mesma cai no chão, sendo o motivo de risada de todos.
- Professora Trelawney, essa é a mais nova aluna do quinto ano, Caroline Desastre da Manhã. - aquela voz que já estava ficando acostumada a escutar diz, e todos ao redor riem. A professora não faz nada além de encarar a garota.
Ela levanta estressada, mas incrivelmente não envergonhada, e encara Malfoy com ódio.
- Quer se sentar, senhorita...? - sua professora de adivinhação se aproximando, com os olhos arregalados para a garota nova.
- Montoya. - ela diz e se senta com dois lufanos sorridentes.
- Oi, eu sou o Barry! E esse é o Dustin. - eles dizem amigáveis. Mas 'eu não tenho paz' foi tudo o que ela pensou. Malfoy conseguia mexer com ela de algum jeito, tudo o que ela queria é que ele desaparesse.
- Oi. - disse sem tirar os olhos da professora. E eles recuam.
'Isso só pode ser um pesadelo' foi um dos muitos pensamentos que teve durante aquela aula. Aquela não era uma aula convencional, afinal, eles eram bruxos, para que precisariam de uma aula de Adivinhação? A primeira coisa que ela faria era checar se era uma aula opcional, até porque ela ainda tinha muitos trabalhos e coisas para se preocupar no momento, não ia gastar seu tempo com coisas que ela não usaria em nada. Estar no quinto ano e não saber de coisas que qualquer aluno do segundo ano poderia conversar por horas, não era exatamente como as fantasias que ela tinha sobre estar em Hogwarts.
Deveria ser mágico.
Afinal, ela estuda em uma castelo, com bruxos adolescentes aprendendo a controlar e dominar suas habilidades. E por mais que pareça tão certo, ela esperava... talvez uma festa em comemoração por sua chegada? Talvez... que todos virassem seus amigos magicamente, o que é até irônico.
É só muito difícil não ser nada além de normal. Porque no final, ela é só mais uma bruxa de quinze anos. Talvez não uma bruxa convencional, por não temer o tão famoso Lorde Voldermort, mas esse seu lado corajoso vem todo de sua mãe. 'Mamãe é realmente a melhor pessoa do mundo', ela pensou e sorriu.
- Montoya? - uma voz um pouco rouca lhe chama a atenção, a tirando dos seus pensamentos enquanto andava pelo corredor.
Ela se vira e se depara com o grifinorio de olhos azuis correndo para alcançá-la.
- Potter? Oi. - ele se aproxima e logo ambos estão parados no meio do corredor, perto o suficiente para que a diferença de altura fosse vista, Potter era um cara realmente alto, mas Caroline não era tão baixa assim.
- Esqueceu seu livro na sala. - ela sorri envergonhada, não havia percebido que estava sem seu livro até aquele momento. - Você saiu tão apressada, - ele ri. - como se estivesse fugindo de um bicho-papão.
- Eu estava fugindo, e meu bicho-papão era a aula da Trelawney. - ela ri.
- Adivinhação é realmente, bom, é uma aula. Mas a única pior é, com certeza, Poções com o Snape.
- Eu admito que ele me assusta um pouco.
- Seria estranho se não te assustasse, é como um super poder, ele sempre assusta os novatos. As vezes quando ele anda nos corredores, faz os alunos do primeiro ano correrem. - eles continuam rindo.
- Parece experiente no assunto.
- É... meu primeiro ano não foi o mais fácil. - diz com uma expressão enigmática.
- Bom, eu não estou esperando que meu primeiro ano seja fácil. Então eu acho que é um começo. - ela diz sorrindo.
- Então, para onde estamos indo? - ele pergunta ao perceber que os dois estavam caminhando.
- Para o seu terror, Potter, eu tenho aula de Poções agora, e parece que é com grifinorios.
- Boa sorte para nós, porque já devemos estar atrasados.
- Merda. - ele ri alto.
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Two Worlds Apart - Harry Potter
RomanceAmigos não se olham desse jeito Amigos não deveriam dormir na mesma cama Eu sei que existe um limite para tudo Mas amigos não me amam como você Amigos também podem partir o seu coração Eu estou sempre cansada, mas nunca de você E eu sei que dever...