I'll never drink anymore

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Quarta, 24 de setembro. (Madrugada)

– Essa é a última vez que eu bebo. – Caroline dizia enquanto Parkinson segurava seus cabelos, e tudo o que havia comido no dia anterior saía para fora.

– Todos dizem isso na primeira vez, e eu sinto em te dizer que não vai ser a última. Mas essas experiências são importantes.

– Essa festa foi uma péssima ideia, e se aquela corvina estranha abrir a boca? – ela estava falando daquela garota de cabelos escuros que a encarou de forma estranha a noite toda.

– Todos que estavam lá são cúmplices, não tem que se preocupar com isso. E se eles abrirem a boca, não poderemos mais fazer festas, e então eles não terão diversão porque somos os únicos legais de Hogwarts. Nada vai acontecer.

– E se algo estiver acontecendo com a minha mãe enquanto eu estou aqui... – ela é interrompida por mais um jato de vômito saindo, que teria sujado Pansy, se ela não tivesse praticamente enfiado o rosto de Caroline na privada. – Tudo bem, agora eu acho que foi a última.

– Então é melhor escovar os dentes e voltar para a cama, temos aula amanhã cedo.

– Me espera aqui? Por favor. – ela dizia fazendo um bico, que a deixava igual a uma cachorrinho largado na rua, Pansy revirou os olhos e se escorou em uma parede, esperando que Caroline terminasse para que elas pudessem dormir.

– Boa noite, Pansy.

– Boa noite. – Pansy respondeu um pouco confusa, sendo aquela a primeira vez que a novata a chamava pelo nome. E pensou em chamá-la de Caroline, mas não tinha certeza se aquele não era um efeito da bebida.

[...]

– Se não acordar agora vamos nos atrasar! – a morena dizia chacoalhando Caroline na cama.

– Não, não, não me chacoalha. Meu corpo já está doendo demais.

– Se levantar agora, dá tempo de pegarmos uma poção pra ressaca antes que Nott vá para a aula.

– Tudo bem.

Ela rapidamente se trocou e foram para a comunal, esperando ainda encontrarem Nott e sua poção milagrosa.

– Eu não ligo se é a última, eu preciso disso agora! – a garota dizia enfurecida com um Nott que não queria dar a poção para ela.

– Eu vou abrir uma exceção, porque você é bonita. – ele diz fazendo a mesma revirar os olhos, e pegar a poção de sua mão com raiva.

Oh céus. Era como se cada parte do seu corpo voltasse para o lugar, em uma questão de segundos. Aquilo com certeza não era uma poção permitida, porque a energia que ela sentia agora era surreal.

– Vamos logo, não quero me atrasar para a aula de Aritimancia.

– Na verdade, eu tenho Runas Antigas agora.

– Mas você não fazia Aritimancia?

– Eu faço Aritimancia com os corvinos. Cadê o Malfoy?

– Aqui. Vamos logo. – o loiro disse praticamente empurrando a novata para fora.

– Relaxa, Malfoy. Ainda temos tempo, talvez dê até para tomar café da manhã.

– Eu sei disso.

– Então o que foi? Você realmente acorda estressado assim?

– Ninguém acorda feliz, Montoya. E o fato de você insinuar que acorda sorrindo para as paredes é ridículo, porque ninguém acorda como se fosse legal. – ele diz e ela não consegue segurar a risada. – Do que está rindo?

– Você é tão ridículo. – ela zomba e ele revira os olhos e saí andando rápido.

'Ridículo e dramático', ela repetia para si mesma, enquanto tentava o alcançar.

[...]

– Eu quero ensinar o Spectro Patronum para vocês, não só porque é um feitiço que eu consigo fazer bem, mas porque é extremamente útil contra Dementadores. – Potter dizia estranhamente concentrado. – Não é um feitiço fácil, então eu não espero que consigam fazer de primeira. Só tentem pensar na memória mais feliz que puderem enquanto conjuram o feitiço. A felicidade é tudo o que os Dementadores não são, e é assim que repelimos eles. Bom, comecem!

– O-Menino-Que-Sobreviveu também é professor? – ela dizia quando ele se aproximava dela.

– Estou fazendo o que posso. – ela sorri. – E como sobreviveu ontem? Você não estava bem.

– Você estava lá? – ele ri alto. – Merlin! É claro que estava, eu acho que até falei com você, ou foi com a Hermione, eu sinceramente não tenho ideia. Eu só me lembro de Malfoy encima da mesa, eu beijando o Blaise por algum motivo e eu vomitando de madrugada.

– Não se lembra de quando me chamou para dançar, lembra?

– Nós dançamos? Caramba.

– Não durou quase nada, não me surpreendo que não se lembre.

– Espera, foi aquela hora que estavam todos gritando e o Nott caiu no chão? Tudo bem, estou tendo um deja vu bizarro agora.

– Ér, quer tentar conjurar seu patrono?

– É para isso que estou aqui, certo?

– Tudo bem, só tem que focar em uma memória que deixe feliz, a melhor que tiver.

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