They're friends, aren't them?

1.4K 148 20
                                    

Sexta, 23 de outubro. (00:50)

– Essa é a pior ideia que você já teve. – comentou preocupado, enquanto a seguia para o dormitório.

– Você tem alguma melhor, sr. Espertão? – rebateu, fazendo sinal para que ele calasse a boca.

– E se alguém me vir aqui? – sussurrou.

– Você morre. – deu de ombros.

– Que ótimo.

– Nada que nunca tenha experimentado antes, certo? – ele assentiu, levantando as sobrancelhas.

– Tínhamos que ter lembrado desse trabalho.

– Para de reclamar, Potter. Isso não ajuda. – disse por fim, se afastando para que o garoto pudesse se sentar ao seu lado, na cama.

Snape havia passado um trabalho em dupla, á cerca de três dias. E como ele havia decidido, Potter seria sua dupla. O único problema era que esse trabalho era para hoje, o que ambos tinham esquecido, e nem se lembrariam se Granger não tivesse comentado algo sobre com o garoto, alguns minutos antes.

E para piorar tudo, estão usando a Torre de Astronomia para algum tipo de ideia estúpida de Umbridge. E era por isso que Harry estava no dormitório sonserino aquela hora da noite.

Não sabia ao certo se era uma ideia terrível, ou boa comparada a situação. Mas era uma ideia.

Poderia dar tudo errado se fosse um garoto comum, mas era Harry Potter. E ele tinha uma capa da invisibilidade. E um sorriso bonito, se estamos falando de características marcantes.

– Eu não tenho ideia do que isso significa. – disse perdido, um tempo depois.

– Presta atenção, Harry. Qual desses parecem mais com dentes de diabrete da cornualha? – falou enquanto Harry girava os olhos pelos ingredientes, revirando os olhos quando percebeu ser tão óbvio. – Viu? Não é tão difícil. Agora triture seis deles, até que se tornem finos como areia.

– Acho que isso eu sei fazer. – deu de ombros.

– É o mínimo. – resmungou, e ele revirou os olhos.

– Suas amigas não vão achar estranho você estar com as cortinas fechadas? – falou um tempo depois.

– Não, por que acha isso?

– É que, se isso fosse no meu dormitório, já teriam berrado até eu abrir as cortinas. Ou teriam abrido sem ao menos perguntar. – ela riu. – Acha que a poção vai dar certo?

– Se existir alguma coisa boa do mundo, então sim. – ele abriu o sorriso e ela retribuiu com um sorriso acolhedor.

– Deveria sorrir mais, Caroline.

– O quê?

– Tem um sorriso lindo, deveria mostrar mais. – falou o mais calmo possível, mas estava batendo a mão sem parar em sua própria perna.

– Eu tô sempre rindo com você. – rebateu um pouco confusa.

– Não esse tipo de riso. Quero dizer, aquele sorriso que você dá quando está com vergonha, ou emocionada. É doce. – disse sincero, e deu um sorriso de lado ao ver a garota começar a corar.

– Isso foi um elogio vindo de você? – falou repentinamente fingindo choque, e ele apenas riu a encarando. – Hm, obrigada, Potter.

Ele assentiu e a encarou profundamente, enquanto a garota fazia o mesmo. Seus olhos azuis estavam completamente vidrados nos olhos azuis de Potter, colocando ambos em uma transe que parecia que nada mais existia além daqueles olhos de oceano.

Two Worlds Apart - Harry Potter Onde histórias criam vida. Descubra agora