Caroline Pov
Sábado, 7 de novembro.
Levei a bolsa comigo enquanto sobia as escadas em direção á sala de Dumbledore, já que papai disse que me encontraria lá.
Fui ao Salão Principal para avisar que já estava indo, e peguei uma maça para comer.
Procurei os olhos azuis de Potter antes de me virar para sair, e sorri quando ele assentiu abrindo um grande sorriso para mim.
Estava bem ansiosa, e tentei caminhei o mais devagar que pude, com medo de chegar na sala.
Eram só dois dias, mas não conseguia pensar em motivo para que papai nos buscasse da escola.
Me surpreendi quando senti uma mão tocar em meu ombro, e foi aí que tudo ficou preto.
[...]
Abri os olhos com dificuldade, sentindo minha respiração pesada. Quando me dei conta, tentei levantar bruscamente para entender o que estava acontecendo. Mas senti o meu corpo inteiro doer ao fazer isso.
Não tinha ideia de que lugar seja esse. Mas mesmo com a visão borrada, podia ver o rosto de Umbridge com aquelas roupas rosas.
- Acordou, Sra. Montoya. - disse com um sorriso bizarro, se aproximando.
- O que tá acontecendo? - perguntei confusa, ainda me sentindo um pouco tonta.
- Só te dei uma poção de cansaço, mas não se preocupe, essa tontura vai parar daqui alguns minutos, claro que, se me der o que eu preciso. - comentou estranhamente calma, e eu estava começando a me assustar.
- E o que você quer?
- Não se finja de boba, Sra. Montoya. Sabe exatamente do que eu estou falando.
- Eu não entendo metade das coisas que saem da sua boca grande. - disse e ela deu um suspiro fino, parecendo incomodada.
- Sei que você anda vendo certos grifinorios, passando por cima das minhas regras e aprendendo feitiços desnecessários.
- Eu não sei do que está falando.
- Bom, pegue isso aqui, vai escrever "Eu não devo mentir" em todos esses pergaminhos. E quando terminar, espero que aprenda a lição e me conte o que sabe.
- Mas eu não estou mentindo.
- Chega! Chega. - pareceu se sobrepor, mas logo voltou a relaxar a voz.
Mas aquilo não era nada relaxante.
- Voltarei aqui mais tarde, espero que esteja mais amigável quando eu voltar. – virou as costas antes que eu pudesse retrucar, e fiquei ali apenas vendo ela trancar a porta de ferro.
Aquilo só podia ser uma brincadeira estúpida.
Não era segredo que aquela mulher era maluca, mas por que ela prenderia uma aluna? Na verdade, a pergunta deveria ser: Ela iria tão baixo assim?
Estava até relaxada considerando a situação, claro que poderia ser negação, mas ela sabia que não só seu pai a procuraria, como os outros já que ela disse que voltaria em dois dias. Então, ela tinha dois dias para me fazer confessar o que sei. O que seria uma grande perda de tempo. Porque uma vez que prometi não contar, jamais contaria sobre.
Sabendo que não poderia fugir daquilo, peguei um dos pergaminhos e comecei a escrever. Não demorou muito para que minha mão começasse a arder, e eu sabia que se escrevesse na quantidade que ela havia pedido, poderia ficar com uma cicatriz.
Nada daquilo fazia sentido algum.
Me assustei quando escutei o som da porta sendo destrancada, abrindo os olhos com cuidado, podendo ver claramente o sangue em minha mão esquerda.
Já havia preparado uma briga mental com Umbridge, e estava preparada para a provocar, mas senti meus olhos encherem de ódio quando não foi ela que entrou ali.
– Bellatrix Lestrange. – cuspi, vendo ela se aproximar aos pulinhos.
– Caroline Montoya, não é? Como está a mamãe? – disse entre risadinhas, enquanto me encarava com maldade.
Um impulso forte me fez levantar rapidamente, com os pulsos cerrados, mas eu logo me arrependi, vendo que com um movimento fui jogada para o outro lado no porão.
Em que diabos eu estava pensando? Não estou nem com a minha varinha!
Nem mesmo a adrenalina no meu corpo me impediu de sentir a dor insuportável que senti em todo o meu corpo, se eu já estava mal, só tinha ficado pior.
Eu deveria ser algum tipo de idiota!
E o que aquela vadia fazia aqui? Cada vez fazia menos sentido.
– Ela é a namoradinha de Potter? Parece mais com uma irmã. – discutia um pouco mais distante, ao lado de Umbridge que assentia sem disfarçar o próprio medo.
– Quem te disse que eu namoro Potter? Isso é ridículo. – resmunguei, e ambas se viraram para mim rapidamente.
– Eu tenho olhos em todos os lugares, Sra. Montoya. Não tente negar. Sra. Lestrange, acho que já terminamos por aqui, certo?
– Certo. – falou dando uma piscadela antes de se virar, me fazendo borbulhar.
– Bom, vejo que fez o que eu pedi. Então, tem algo que queira me contar?
– Não, senhora. Eu não tenho nada a dizer. – falei, e vi seu rosto se encher de raiva, na medida em que bebia um chá como se fosse água.
– Não precisava ser difícil, mas parece que é igualzinha a sua mãe. – falou com um sorriso, e eu não pude controlar o que aconteceu a seguir.
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Cadê a petição de leitores que devem estar me odiando neste momento?
Mas se lembrem, só pode ser feliz depois que conhecer a tristeza.
Beijos de luz.
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Two Worlds Apart - Harry Potter
RomanceAmigos não se olham desse jeito Amigos não deveriam dormir na mesma cama Eu sei que existe um limite para tudo Mas amigos não me amam como você Amigos também podem partir o seu coração Eu estou sempre cansada, mas nunca de você E eu sei que dever...