Everything is gonna be okay, right?

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Terça, 23 de setembro.

Tudo bem.

'Eu posso fazer isso', ela repetia para si mesma enquanto penteava seus cabelos castanhos.

Já não era fácil lidar com isso, mas ter que aguentar os olhares por todos os lados? Os sussurros?

Por que eles não podiam simplesmente deixar a garota viver a própria vida? Eles não tinham nada melhor para fazer?

'Azara-los só pioraria as coisas', ela tentava se convencer. Mas se alguém ousasse trombar nela de novo, ela iria ter que ter uma defesa muito boa para não ser expulsa.

Para evitar problemas para ela e para o idiota que a irritasse, Caroline decidiu que chegaria atrasada em sua primeira aula, assim, não teria que andar pelos corredores lotados, e teria a desculpa de sua mãe estar...

Desaparecida.

E nas outras aulas, ela teria Malfoy, Pansy, Blaise, Crabble e Goyle a escoltando pelos corredores, então não havia muito a se preocupar nesse sentido.

Mas tinha sua mãe e, ela realmente queria não se preocupar com isso, mas da maneira que seu pai havia olhado para ela, é como se ele soubesse que nada ia ficar bem. Mas ele estava errado. Tudo ia ficar bem, sua mãe voltaria e no final, seria apenas um mal entendido.

Tudo iria ficar bem, certo?

Ela mal pôde conter uma lágrima naquele momento. Já faziam no mínimo duas semanas que não falava com a sua mãe, e se algo acontecesse? Não, não. Nada iria acontecer.

Bom, ela já estava atrasada o suficiente para que perdesse pontos, então não teria ninguém andando nos corredores naquele momento. 'Lá vamos nós'.

– Sra. Montoya, vejo que voltou aos antigos hábitos. – o professor de cabelos escuros dizia enquanto ela entrava na sala, se direcionando ao lado de Potter.

– Desculpe, professor. – ela disse olhando para baixo, com a voz um pouco rouca.

– Bom, como seus amigos já explicaram o porquê de seu atraso, foque em terminar a poção que estamos a fazer. – ele diz a encarando enigmático, ao ver a expressão surpresa da garota. – Eu imagino que deve ter dado trabalho se livrar da azaração de Parkinson.

– Sim, estávamos testando uns feitiços ontem e Parkinson acabou me atingindo com um. – ela disse convincente, fazendo o professor voltar a se sentar. E então ela encontra os olhos de Malfoy, praticamente dizendo 'De nada', e ela apenas assente, dando um pequeno sorriso para Parkinson.

– Se essa poção continuar como ontem, estamos encrencados. – o moreno ao seu lado dizia.

– Estou confiante de minhas habilidades hoje. – ela diz, fazendo o garoto sorrir.

– Eu... eu sinto muito pela sua mãe. – diz recebendo um olhar cabisbaixo da novata. – Eu espero que a encontrem logo. – ele diz, por fim, recebendo um pequeno sorriso da garota, que assentiu para o mesmo. – Será que você teria um tempinho depois da aula? Eu meio que precisava falar com você, e não pode ser aqui.

– Hm, tudo bem. Me encontra na torre de Astronomia, quando a última aula acabar.

– Certo. – ele dizia um pouco nervoso. E a garota tentava entender o sentido daquilo.

[...]

– A história da azaração foi ótima. – Parkinson dizia enquanto eles andavam em direção a aula de Transfiguração.

– Só não tente fazer com que passe de uma história. – elas riam.

– Tem alguma novidade da sua mãe? – o loiro perguntou enquanto passava seu braço no pescoço de Caroline.

– Nenhuma. – ela dizia revirando os olhos.

– Sabe o que foi uma história boa? Eles disserem que foram comensais da Morte que a sequestraram. – ele zomba.

– Eu não estou em posição de discordar disso, Malfoy.

– O que quer dizer?

– Eu não falo com ela a semanas, qualquer história agora é uma história.

– Mas não acredita nessa mentira, certo? – ele ria.

– Sinceramente, eu nem mais no que acreditar.

– Não importa, ela estava viajando, certo? Talvez seja só um mal entendido.  – Parkinson tentava consolar.

– Eu espero que sim.

– E eu espero que esteja animada o suficiente para comemorar, porque vamos dar uma festa hoje.

– Você é tão sensível, Malfoy. – Parkinson dizia ao lado da novata.

– Eu tenho que concordar. – Blaise disse atrás deles. – Uma festa agora é realmente insensível de sua parte, Draco.

– Não estamos comemorando os problemas da Montoya, só vamos distrair-la disso. – ele dizia esperando que alguém o apoiasse. – O que é melhor do que uma festa para animar as pessoas?

– Quer saber? Isso vai ser bom. – a novata disse os deixando confusos, e ganhando um sorriso do loiro.

– Vamos mesmo fingir que o Draco está fazendo essa festa para te animar? – a garota de cabelos pretos disse, ganhando um Malfoy raivoso, revirando os olhos.

– Os meus motivos são puros, okay? – eles riem.

– Onde exatamente isso vai ser?

– Na nossa comunal, aonde mais seria?

– Uma festa só de sonserinos? Se der errado, como vamos poder culpar os grifinorios?

– Confiem em mim.

– Se ele for fazer o que eu acho que vai... – Parkinson sussurrava apenas para a novata escutar, que apenas riu do comentário. Aquilo realmente iria dar errado.

– Você está parecendo um grifinorio. – Blaise comentou.

– Não repita isso! Yuc. – ele cuspiu, e revirou os olhos ao ver que seus amigos o encaravam rindo.

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