Depois de um dia longo, Caroline voltava para sua sala comunal para deixar seus materiais e ir para o Salão Principal para o jantar.
Até então ela não havia tido muita oportunidade para prestar atenção nos outros alunos. Podia se ouvir claramente diversos sussurros por todo o salão, Harry Potter era o assunto do momento mais uma vez. Mas dessa vez, as pessoas não estavam tão felizes por vê-lo.
Caroline acompanhava alguns blogs de magia, e havia ouvido falar sobre um garoto que estava mentindo sobre o retorno de Voldemort. Ela só não sabia que esse garoto era Harry Potter.
Sua mãe sempre contou histórias sobre ele, deixando ela a parte de tudo o que ele já havia feito, mas principalmente, a criando para não ter medo do mesmo. E a garota sempre achou ridículo o chamarem de Você-Sabe-Quem, só aumentava o poder dele sobre as pessoas, mesmo depois de desaparecido.
Ela preferia não pensar sobre isso, mas não teria motivos algum para alguém inventar algo tão perverso. Ela sabia que Potter não havia mentido. Ela sabia o que estava por vir.
A garota avista o trio que havia conhecido á um dia atrás, e vai caminhando até lá encarando os olhos azuis de Potter, que continha um pequeno sorriso em seus lábios. Mas é impedida quando os braços de Malfoy se entrelaçam em seu pescoço.
– O que está fazendo, Malfoy? – pergunta a mesma, intrigada.
– Não pode se sentar com seus rivais, docinho. – ele diz a guiando ainda com seu braço em seu ombro, mas logo a mesma se solta.
– Eu posso andar sozinha, obrigada. – ela diz irritada, mas estava na verdade decepcionada. De algum jeito Draco conseguia a seguir em todos os lugares que ia.
E ela se senta na mesa sonserina, ela não queria estar ali, mas não ia julgar todos os sonserinos pelas ações de Malfoy e Cia.
– Mamãe podia jurar que você iria para Grifinória. – dizia seu irmão, caminhando para se sentar ao seu lado.
– E eu podia jurar que você iria para Sonserina, ou pelo menos participar da cerimônia... – diz o encarando.
– Eu não quis passar essa vergonha. – a interrompe. – Então falei com Dumbledore, e vimos a minha casa na sala dele. E de lá peguei meu uniforme e me camuflei na mesa da Grifinoria, a casa onde você deveria estar. Não se encaixa em Sonserina, sem querer ofender.
– Eu também achei estranho, mas é minha casa agora, certo? E eu fico bem de verde.
– Não gosto disso. Papai me fez prometer cuidar de você aqui, e você cai exatamente na casa que ele não queria.
– Sobre isso, o que sabe sobre o passado dele em Hogwarts? Um dos sonserinos me disse algo sobre ele ter feito algo muito ruim, e meio que ter piorado a reputação de Sonserina.
– Ele nunca tocou no assunto, pelo menos não que eu me lembre. Poderíamos falar com o diretor, talvez dê tempo de você mudar de casa e...
– Mesmo que tenha como "mudar de casa", eu tenho que dar uma chance a Sonserina. Estou aqui há apenas um dia, não estou em posição de julgar. Mas se acontecer qualquer coisa, eu falo com você.
– Só não se mete em confusão, baixinha. – ele diz se levantando na mesa.
– Pra deixar claro, eu não sou baixa! Você que é alto de mais. – ele faz um movimento com as mãos, quase como "mimimi", fazendo a garota revirar os olhos, e sai.
– Por que tava falando com aquele grifinorio? – o loiro diz se sentando no mesmo lugar que Ethan estava, agora a pouco.
– Qual é seu problema com essa rivalidade idiota? – diz irritada.
– Tem que entender que está aqui entre os melhores. Eles? Potter? Não são nada.
– Você tem inveja. – ela zomba.
– Inveja? Ele não tem nem... pais.
– Eu não disse que era inveja do Harry.
– O importante é que, não quero te ver falando com alguém de outra casa, principalmente da Grifinória.
– Se quiser saber, aquele é o meu irmão.
– Irmão? Não sabia que tinha um irmão aqui. Mas de qualquer jeito, mantenha suas atenções na casa onde foi selecionada. É simples. Não quero ter que ficar repetindo isso toda vez que nos vermos.
– É você que faz questão de repetir. Eu nunca disse que precisava de um manual de como viver em Sonserina.
– Que seja. – ele rosna, e sai.
Logo, o jantar se inicia e ela pode tirar sua cabeça da dúvida de realmente pertencer ali.
[...] Ao final, ela espera a maioria de seus colegas saírem, até que ela se direciona em direção á comunal de sua casa. Seus olhos se encontram por um momento com os do garoto de olhos azuis, mas logo os perde de vista.
Ao entrar no quarto ela apenas troca de roupa – com um feitiço para não ser vista – e deita na sua cama, até porque não tinha nada para ela fazer com seus colegas, já que nenhum além de Malfoy havia falado com a mesma.
Até agora.
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Two Worlds Apart - Harry Potter
RomanceAmigos não se olham desse jeito Amigos não deveriam dormir na mesma cama Eu sei que existe um limite para tudo Mas amigos não me amam como você Amigos também podem partir o seu coração Eu estou sempre cansada, mas nunca de você E eu sei que dever...