I lose my mind when it comes to you

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Caroline Pov

Quinta, 3 de dezembro.

Já faziam semanas que Harry mal podia olhar em meus olhos, e Malfoy parecia estar prestes a explodir a qualquer instante.

Umbridge havia tomado o poder da escola, e seu novo regime piorava tudo.

Ela mal nos deixava respirar em paz!

Eu estava completamente distraída e confusa, e Pansy parecia perceber porque passou a semana inteira tentando fazer coisas para me animar. E por mais que eu me esforçasse, não conseguia fingir que estava bem.

Não sabia que Potter seria tão importante ao ponto de me fazer perder a cabeça dessa forma. Sentia meu coração pulsar mais rápido quando ouvia seu nome, minhas mãos tremerem antes de ir para qualquer lugar onde sabia que ele estaria, e minha mente que não conseguia parar de pensar nele. Sonhava com suas mãos ao redor da minha cintura novamente, do sabor que só os seus lábios tinham, dos seus abraços quentes e seu cheiro por todo o quarto.

Por alguma razão, ele era tudo o que eu parecia precisar para sobreviver. E isso estava me matando porque não nos falávamos desde o dia em que aquela matéria saiu.

As vezes eu chegava a chorar, como se tivesse um vazio em mim que precisasse imediatamente ser preenchido. Era como se Harry fosse a minha salvação, mas também a razão pela qual eu preciso ser salva.

Estava perdendo o controle, não queria isso. Eu perdia a cabeça quando me tratava dele, e não sabia dizer se ele tinha alguma ideia disso.

Mas nesse dia específico, tudo parecia... revirado.

Depois de ver Draco Malfoy me pedir desculpa em todas as letras, por ter contado a Umbridge sobre o que eu faria no fim de semana onde tudo aconteceu, achava que tudo seria possível.

Perdi qualquer razão para ficar chateada quando incendiei suas roupas, então de certa forma, estávamos bem. E hoje seria o último dia de detenção por causa desse feito.

Foi engraçado ver a cara do loiro quando contei que pedi a ajuda dos gêmeos Weasley para aquilo, já que eram profissionais em fazer qualquer tipo de bagunça e pareceram muito animados em irritar Malfoy.

Chegaram até a mencionar um tipo de plano para sua despedida de Hogwarts, algo com fogos de artifícios. Não sabia os detalhes.

Estava saindo da sala de poções quando vi certos grifinórios correndo atrás de algo. Facilmente reconheci os cabelos de caramelo de Granger, que parecia muito preocupada.

Fui atrás deles num impulso, sem me preocupar em tomar cuidado, já que eles pareciam distraídos demais.

Chegaram até uma ponte, onde pude ver uma Granger irada brigando com um Potter surtado. Era algo sobre trabalharem juntos, e eu vi que pareciam discutir sobre algo importante.

Quando um olhar caiu sobre mim, apenas me encolhi mas não me escondi.

– Montoya? O que faz aqui? – Ronald perguntou confuso.

– Eu vi vocês correndo e me perguntei se precisariam de ajuda com algo.

– É melhor sair daqui. – foi tudo o que Potter disse.

– Na verdade, é bom que ela esteja aqui para te impedir te fazer algo estúpido. – Granger pontuou, e eu sorri mesmo confusa. – Ele está tentando se matar.

– O quê? – disse ao mesmo tempo que o moreno.

– Acha que Siri- digo, que alguém importante para ele pode morrer hoje. E está querendo ir até lá. Mas ele vai morrer tentando se não nos deixar ir com ele! – falou a última frase o encarando, com voz mandante.

– Eu vou fazer o que precisarem que eu faça. – dei de ombros. – Eu vou com vocês.

– Vocês não tem ideia do perigo que vão estar correndo! É disso que eu estava falando, Car- ...Montoya. Não vou deixar que se arrisquem por mim!

Fechei o olhar quando vi seu esforço para não dizer o meu nome.

– Estamos nessa juntos, Harry. Por que não entende isso? – ela perguntou mais calma.

Ele apenas bufou quando juntos, fomos ao seu lado em direção ao ministério.

Two Worlds Apart - Harry Potter Onde histórias criam vida. Descubra agora