Capítulo 11.

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Haru on;

Eu nunca descontei tanto a minha raiva acumulada antes como eu fiz agora, eu arrebentei essa caçamba de lixo

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Eu nunca descontei tanto a minha raiva acumulada antes como eu fiz agora, eu arrebentei essa caçamba de lixo. Aonde estou? Sendo curta é direta, estou num beco aleatório junto com um loiro tão maluco quanto a tia Haru aqui. Pensei em ameaçar minha chefe ou jogar a verdade na cara dela, mas em vez disso o senhor explosão me arrastou p'ra esse beco é depois me mandou descontar a raiva na caçamba.

Coisa que até funcionou relativamente bem.

— Você tá mais calma, cria do cão? — O loiro pergunta cruzando seus braços musculosos enquanto se aproximava, uma chave de braço desse garoto mata qualquer um sufocado.

— Acho que sim, se fosse o Kishamy no lugar eu acho que estaria mais aliviada — desarmo minhas garras assim como um gato faz, uiuiui bem gatinha ela. Acho que meu humor de merda voltou família, podem fazer a festa. Eu trago o champanhe!

Crias me imaginem com óculos escuros, obrigada, de nada.

— Quem é Kishamy? — Ele fecha a cara já apertando os punhos, vish ficou putinho do nada. Você percebe o quanto o cara é desprezível quando até quem não o conhece, acha o garoto um bosta. — Esse filho da puta te deixou assim?

— Sim foi ele, longa história — empurro o Katsuki para que ele se sentasse no topo de uma pilha de caixotes, logo comecei a andar pelas paredes do beco contando a história.

A labirintite deve ter atacado o garoto com um tapa na cara depois de me ver andando pelas paredes, bem mulher aranha né? Prazer futura viúva negra, aí credo — não quero ser viúva não! Releva minhas frases, meus hormônios tão tentando me acalmar. Mais um pouco é eu infarto, bem novinha p'ra isso, mas fazer o quê.

Voltando ao assunto principal, eu contínuo contando o quê aconteceu hoje na loja — na verdade cafeteria, mas tecnicamente é uma loja de comida né? Ah, foda-se também! Acabo por descontar um pouco das coisas que eu estava sentindo nesses últimos dias, aumentando meu discurso em uns trezentos por cento.

— E é por isso quê eu vou virar presidente — termino minha analogia pulando na frente do garoto, quê estava praticamente dormindo. — Ah porra, eu falei isso tudo p'ra você me ignorar?

Será por isso que ele não me mandou calar a boca? Ele dormiu, me deixou falando sozinha, vagabundo! Pensei que me amasse! Amor, tá bom quem ia amar o sapo cururu aqui? Enfim, hoje eu tô só a drama queen.

— Tô com um puta medo de te acordar, acho que vou te deixar aqui — falo com o garoto, como se ele estivesse me escutando nesse estado. Então sem muito o que fazer eu olho ao redor, pelo nível da claridade na entrada do beco ficamos tanto tempo aqui que até está ficando de noite.

Minha chefe vai me picar no facão, só quero que minha herança vá para alguma criança no Brasil — sonho em ser a tia fodona de rica quê todo mundo quer ter, mas nem herança de rico em tenho. Só posso morrer depois quê ficar rica, até lá eu arrumo um poodle rosa chamado Francis... Esse nome me lembra um sabonete, daqueles cheirosos.

— Eu vou começar a cantar ópera se você não acordar — cutuco a bochecha do garoto, quê resmungou algo inaudível em resposta. — Virou árabe agora? Se eu dançar você me da um camelo de estimação? Ou um dromedário, sei lá.

— Você fala p'ra karalho mulher — ele diz ainda de olhos fechados, a bela adormecida finalmente acordou.

— Não gostou, me processa fofo — eita, acabei de desenterrar outro meme ruim família. Me superei hoje, ulala. — Está ficando de noite então bora meter o pé daqui, eu preciso ir na cafeteria arrumar umas coisas antes de ir para casa. — Cutuco novamente a bochecha do loiro vendo ele abrir os olhos, admito que essa cena foi fofa mais ninguém liga. — Obviamente você vai comigo p'ra me segurar, eu não quero degolar ninguém.

— Você me deve um favor depois dessa, se não fosse por mim você tinha matado o primeiro retardado na sua frente — ele se levanta de uma vez, como eu estava muito perto dele acabamos com os corpos colados um no outro.

Olhamos nos olhos um do outro por um tempo, parecíamos estar lendo os pensamentos mais obscuros de nossas almas. Sentiram essa tensão sexual? Que isso, até um site pornô ficaria falido depois dessa encarada. Como dizia um sábio rico, vai dar namoro! Dúvido muito, disse na zoeira galerinha.

Não levem a sério, bitch please.

— Ah que horror, dois adolescentes namorando — uma criança fala apontando p'ra nós dois, puxando a mão da mãe dela freneticamente.

— Ah que horror, um feto falante — me afasto do Bakugou mandando o dedo do meio p'ra criança, que mostrou a língua p'ra mim.

Ela começa a reclamar com a mãe dela, que estava mexendo no celular pouco se fodendo p'ra birra da criança — aposto que ficou grávida na adolescência, essas mães precoces de hoje em dia viu. Assim que a mulher é seu bebê que nada saem da nossa vista eu olho para o loiro, ele estava segurando uma risada.

Aposto dez reais que ainda faço ele rir, essa pose de malandro deve tá escondendo um coração mais mole que geleia — o Katsuki parece aquela caras fodões, mas eu tenho certeza que vive vendo vídeos de gatinhos na internet. A real questão é: quem não gosta de gatos?

Se você não gosta, saí da minha história, saí da fanfic, saí da minha vida é finge que eu não existo.... Ae eu não existo — rapaz, top dez melhores quebras de quarta parede.

— Já escutou rock russo? Parece um ritual maligno — comento saíndo com o garoto do beco. — Então desce com a perseguida, que eu te chamo até de vida — começo a cantar sem esperar uma resposta, ele ficou tentando entender meu maravilhoso português.

— Que porra você disse?

— Recitei um poema, quase chorei aqui — limpo uma lágrima imaginária. — Aonde eu parei? Nem lembro, mas enfim. Slap no flap na tcheca, splash afogando meu...

𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ 'Onde histórias criam vida. Descubra agora