Haru on;
— Ei bolinho explosivo, por favor não fique tão relaxado com a sua saúde. Sabe, se você não passar naquela prova de herói, podemos nos tornar justiceiros ou vilões juntos. — Faço um carinho na bochecha do garoto que estava quase dormindo, entre o sono e o acordado.
— Justiceiros tipo Deadpool? — Ele boceja cansado me fazendo concordar com a cabeça.
— Sim, tipo o Deadpool. Sabe, nós dois provavelmente falamos mais palavrões do que ele, então acho que iríamos dar certo juntos. — Ei baixo imaginando a cena, ia dar um filme épico.
— Estamos mais p'ra uma comédia romântica que deu errado e acabou virando a porra de um filme pós-apocalíptico com zumbis. — O mais novo me puxou mais contra ele, me apertando como um ursinho de pelúcia.
Por sorte está fazendo frio, então estarmos grudados um com o outro não é problema no momento. Nunca imaginei que nossa relação seria tão complicada e prazerosa assim, sabe parece que fomos feitos um para o outro. Tipo a lenda do Akai Ito ou o bagulho do Tchan de Hotel Transilvânia.
— Promete nunca me abandonar seu psicopata? — Arrumo meu piercing no septo como quem não quer nada vendo ele abrir os olhos de uma vez, se não fossem tão bonitos eu iria associar com a cena de um filme de terror.
— Por quê eu te abandonaria? Eu literalmente quase me fodi numa aldeia indígena na puta que pariu por você, fora um bando de coisas que eu sequer posso mencionar. Acho que é mais fácil você me abandonar do que eu te abandonar, nunca faria essa loucura do caralho! — Ele se apoia em um cotovelo, levantando um pouco a área superior de seu corpo. — Ainda acha que eu vou te abandonar?
— Sou insegura, você sabe muito bem disso. — Giro meu corpo ficando de barriga pra cima e encaro o teto do quarto.
O teto tinha um desenho gigante que nós dois pintamos, foi difícil mas valeu a pena. Era o sistema solar super colorido e neon com nós dois de mãos dadas, eu era uma alienígena e ele um astronauta. Lembro que a minha sogra quase infartou no início, mas depois que viu o resultado pediu pra fazer uma pintura no teto do quarto dela.
— E é por isso que você tem que saber de uma coisa, odeio todos os seres humanos e quero que todos se fodam... Já você, bem eu...
— Você? — Olho para ele com várias expectativas estranhas para o final dessa frase.
— Você sabe, eu sei lá. — Ele se senta dando de ombros, logo estando de costas p'ra mim e de cabeça baixa. — Tenho sorte de ter você. — Sussurrou brincando com as próprias mãos. — Então para com a porra dessa boceta de insegurança, você é um mulherão do caralho e eu não te abandonaria por nada dessa porra fodida de mundo de merda! — Ele vira de supetão com as bochechas vermelhas, parecia envergonhado. — Sabe o porque?
— Por quê? — Me sentei com certa pressa, parecia que milhões de motosserras estavam ligadas no meu estômago; eram p'ra ser borboletas mas o que eu sinto é bem mais forte que simples insetos.
— É porquê eu — ele segurou meu rosto de ambos os lados fazendo uma pausa, apenas segundos suficientes para aproximar seu rosto do meu. — Te amo! — Ele completa me dando um selinho bruto que me fez derreter por dentro, quase que no automático seguro seus pulsos e retribuo.
— Ficou tão molenga, se o povo souber vão te zoar para o resto da vida. — Ri vendo ele me olhar indignado.
— Estragou o clima, block. — Ele tenta se soltar mas eu o seguro ainda pelos pulsos.
— Ei, deixa eu terminar! — Pulo por cima dele nós derrubando na cama, obviamente eu fiquei por cima; aproveitando a situação prendi seus pulsos em cima de sua cabeça e aproximei meu rosto do seu. — Gosto do seu lado romântico, da parte bruta e raivosa, de quando está manhoso e principalmente feliz... Então só quero dizer, eu também te amo bombinha.
Sorrimos um pro outro como duas crianças num parque de diversão, ele estava com os olhinhos brilhantes e a respiração rápida. Nossas respirações se misturavam, então ele fechou os olhos por impulso e eu fechei os meus também juntando meus lábios dos dele. Pude sentir ele sorrindo entre o beijo e de repente pedindo passagem com a língua, coisa que eu cedi sem pensar duas vezes.
Em um giro rápido ele acabou me jogando na cama e ficando por cima, sua mão direita estava na minha coxa enquanto o braço esquerdo contornava minha cintura colando nossos corpos. Minhas mãos brincavam com seus cabelos macio, eu só queria que esse momento nunca acabasse.
— Tem certeza de que não quer ir na festa? — Ele beijou minha testa, depois minhas bochechas e finalizou com um beijinho de esquimó seguido de um selinho demorado. — Ainda dá tempo.
— Negativo, só quero ficar com você e que se exploda o mundo. — Sorri o abraçando pelo pescoço.
— Em vez de deixar o mundo se explodir sozinha, vamos fazer isso juntos doidinha. — Ele se jogou por cima de mim todo largado, logo enfiou a cara no meu busto fechando os olhos e se esfregando que nem um gatinho.
— Eu adoraria. — Comecei a fazer um cafuné em seus cabelos loiros pensando no futuro.
Definitivamente, nós nascemos um para o outro. Escuto um latido enraivecido junto de uma bolinha de pelos na porta do quarto, ela parecia querer brincar conosco. Sem pestanejar assobio para nosso cachorrinho que veio na mesma hora, Katsuki percebendo a situação se levantou pegando o animal no colo e logo se deitou ao meu lado na cama. A bolinha se ajeitou entre nós dois e ficou olhando a gente, nunca vivem animalzinho tão fofo quanto ele.
— Quando tivermos filhos, eu espero que eles não sejam tão bipolares quanto esse carinha. — Bakugou riu fazendo carinho no Lord Explosion.
— Ele parece ser tão carinhoso.
— Antes de você chegar ele estava pior que um pinscher, totalmente maluco!
— Maluco como você!
— Sei que você ama isso.
— Realmente, eu amo.
— E eu amo você. — Ele concluiu me fazendo sorrir que nem uma retardada.
Fim.
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𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ '
Fanfiction𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ ' Katsuki Bakugou, finalmente percebe que o amor não é uma fraqueza quando pega o número da garota maluca da cafeteria em frente à escola. Agora o loiro enfrenta um dil...