Capítulo 32.

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Haru on;

É isso mesmo que vocês estão pensando senhoras, eu virei uma domadora de galinhas!

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É isso mesmo que vocês estão pensando senhoras, eu virei uma domadora de galinhas!

Sabia que nascer e ser criada no interior de Minas Gerais tem as suas vantagens?! Como por exemplo viver no sítio das minhas tias aonde eu aprendi a cuidar de animais, então como a bela pessoa vagabunda que eu sou; decidi ajudar algumas Índias no galinheiro delas. Hoje quem veio me ajudar nessa façanha é o Takami e a tia Débora, já que o resto do grupo está dormindo.

Afinal são quatro horas da manhã, mais conhecido como o melhor horário para lidar com seres de cinquenta centímetros, cheios de penas e com uma bicada mortal.

Eu não estava conseguindo dormir mesmo então fui pedir para o pajé da tribo algum trabalho escravo, então ele me pediu para cuidar do galinheiro em vez de me mandar ir caçar com os carinhas guerreiros lá — parece que as Índias vão ter uma madrugada de folga, tadinha elas merecem.

Desde que assisti Tainá a guerreira pela primeira vez, comecei a me interessar pela cultura indígena.

— Sabe de uma coisa, acho que me redescobri — Keigo falou calmo sentado no chão, tinha umas dez galinhas e pintinhos ao redor dele; inclusive uma estava em cima da cabeça dele dormindo. — Vou deixar a liga de heróis p'ra me tornar agro-boy.

— Logo o ponto fraco do Hidan? Você é espertinho meu caro — ri tentando alimentar um galo no poleiro dele, o fedelho tá se achando só porquê tem as penas mais bonitinhas do que os outros animais do cercadinho.

Parece que eu achei o metido a bonitão do local, o narcisista da tribo, o cara que se acha o rei da cocada baiana — o Cristiano Ronaldo do rolê.

— Seu pinto maldito, saí daí de baixo! — Tia Débora sussurrou uma espécie diferenciada de grito ao ver um pintinho se escondendo debaixo de uma das casinhas, tadinha da véia, não tá aguentando nem abaixar direito pela idade.

Quanto a parte do sussurrou gritando, ela sempre faz isso de madrugada — fala sussurrando mas age como se estivesse gritando em plenos pulmões, tipo como se fosse uma mímica mal feita.

— Pega o pinto p'ra ela — o loiro riu me fazendo entender o duplo sentido na sua frase, aí porra tô me sentindo de volta ao quinto ano.

— Pega tu, sei que tu gosta bem mais do que eu — alfinetei o frango man fazendo-o rir baixo, enquanto isso minha tia tentava se abaixar para pegar o bichinho com cuidado para não dar mais jeito na coluna.

Acho que ela é estressada por ter artrite.

— Quer ajuda aí senhorita? — Ponho a mão na cintura, de repente ela vira o pescoço na minha direção como o exorcista. — Credo!

— Vem logo pirralha — foi tudo o que ela falou antes de arrumar a postura, eu apenas dei de ombros indo desfilando até a mais velha. — É só pegar o franguinho e botar ele perto dos outros, esse parece retardado, nunca vi alguém se esconder da comida! Depois passa fome é não sabe o porquê.

— Pode deixar camarada, eu dou conta do trabalho — me abaixo no chão ficando de joelhos na terra fofa, depois abaixei meu dorso até quase encostar na terra e estiquei meu braço tentando pegar o filho da putinha.

Assim que eu pego o animalzinho com todo cuidado do mundo ele começa a piar como se eu estivesse matando ele, coisa que fez um certo infeliz voltar sua atenção p'ra mim — o Galo de rinha, conhecido como João do piseiro começou a fazer um barulho estranho nos encarando; acho que esse filhotinho é dele.

Você acha Haru? O pinto nasceu com a cara do pai e você tem a audácia de falar que acha? Precisa de teste de dna?!

Foda que ele começou a estranhar nós três desde que entramos no território dele, assim que o Galo soltou um barulho alto e esquisito eu soltei o pintinho perto dos outros me preparando para correr — logo eu, tia abobrinha e o Takami estávamos fugindo desesperadamente de um animal de meio metro, até que ponto a humanidade chega?

Eu pensei que estava no topo da cadeia alimentar com outros humanos, mas na verdade acabei ao lado de uma traça antes de ser esmagada por um velho bêbado.

( ... )

— Então foi assim que você ganhou esse arranhão? — Katsuki se segurou p'ra não rir da minha cara enquanto enfaixa meu pulso, pobre energúmeno; nunca correu de um galo de rinha p'ra saber das minhas dores.

— Eu acabo com a liga de vilões fácil, mas aquele animal é do capeta — faço um bico em meus lábios hidratados já que eu tomo mais água que a lagoa da Copasa, por sinal, se hidratem arrombados!

Ele apenas riu de maneira estranha, analisando melhor a risada dele parece com a do Pedro Orochi — esquisita e fofa, maldito homem gostoso do kacetinho.

— A princesa se sentiu derrotada por um saco de penas? — Ele me deu um selinho sem esconder o sorriso desacreditado, acho incrível a forma com que ele me humilha e continua tão bonito ao mesmo tempo. Já viram as presinhas desse homem? Ele parece até um vampiro, imagina na hora do... Esquece, esquece, informação demais; qual é o meu problema karalho?

— A princesa aqui é uma rainha, mestra dos dragões pique Game of Thrones — reviro os olhos ligeiramente, parando par analisar até que o curativo ficou bom. — Consegui te domar, então já é uma grande vitória.

— Você quem foi domada por mim, pobrezinha mais iludida que a porra de um modinha da internet — ele estica os braços para cima para se alongar.

— Aí que você se engana meu caro gafanhoto, esse joguinho de iludir é meu cavalo de Tróia! Uma hora você me xinga e quando menos espera tá numa tribo indígena do outro lado do mundo, ainda por cima me chamando de princesa — falo tudo super rápido como se fosse um rap muito foda de anime, mandem um salve para o player Tauz.

Aí muito geek ela, nossa toda otome, mí, mí, mí.

𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ 'Onde histórias criam vida. Descubra agora