Haru on;
— Foi assim que vocês terminaram? — Tia Débora continuou afagando meus cabelos já que eu estava com a cabeça deitada em seu colo, eu apenas concordei com positivamente e em absoluto silêncio.
Sim terminamos, com razão por sinal. Acabamos brigando feio por ele não aceitar que eu arrisca-se minha vida, mas porra! Isso é assunto meu, cedo ou tarde eu teria que fazer isso — afinal minha família está correndo riscos, fora que até a liga de vilões está com medo do meu progenitor. O Katsuki disse que é arriscado demais, eu acho que não, brigamos pela droga da minha escolha; foi tão feio que até terminamos, mas...
Ninguém mexe com quem eu amo, sei que ele iria tentar interferir na briga tentando me ajudar ou até mesmo me salvar, não quero que o loiro se machuque por minha causa. Então eu terminei com ele, pelo menos assim ele não vai se envolver e vai ficar protegido.
Sim eu tô triste, mas estou bem por saber que ele está seguro.
— Se estivermos namorando no dia do confronto meu pai vai dar um jeito de matar o Bakugou, igual quando ele matou a antiga namorada do Mado na frente dele. Meu irmão viu ela sofrendo e não pode fazer nada p'ra impedir por estar gravemente ferido, deve ser por isso que a personalidade dele esfriou — Faço um bico de choro querendo desabar mas me mantenho forte, ainda observando o teto da sala. — Prefiro que o Katsuki me odeie pelo resto da minha vida do que ver ele morrendo por minha causa, creio que fiz o certo dessa vez...
O Madoyami parecia a Mina de tão alegre e saltitante, ele conheceu a namorada na pré-escola e esperou o pai da garota deixar eles namorem; ele ficou cortejando a garota pela porra de oito anos, depois namorou com ela mais cinco anos e por fim viu ela morrer — sem poder fazer nada p'ra impedir.
— Você fez o certo, decisões duras protegem quem amamos — minha tia falou baixo olhando para a televisão que passava nossa novela num volume quase nulo, mas ela claramente não prestava atenção assim como eu.
Meus irmãos e a Neru ainda não conseguiram sair do Brasil, ao que parece um temporal de chuvas atacou a região e os vôos foram cancelados. Tia Débora por incrível que pareça está me tratando como se eu fosse filme dela, pelo que eu percebi ela não é um ser humano ruim como eu pensava; ainda consegue ser chata em vários assuntos.
Contudo não é insuportável como antes.
Mado disse por telefone que assim que chegarem no Japão ele vai pedir um tempo ou até mesmo terminar com a Neru, provavelmente ela vai entender a escolha dele; aquela garota consegue ser bem compreensível, fora que meu irmão não vai ganhar outro trauma. Já o Hidan e o macho dele? Bom, os dois já conversaram e o Hawk's vai ajudar na nossa luta.
Afinal ele é um herói do ranking, parece que esse é o único par que vai continuar bem antes, durante e depois da briga.
— O meu dragãozinho loiro não vai mais olhar na minha cara — tento disfarçar minha cara de choro mas me recuso a derramar uma única lágrima, eu fiz a minha escolha. — Mas é melhor assim, quero que ele fique protegido.
— Você realmente ama ele, né?!
— P'ra caralho, chega a doer — me levanto do sofá e calço meus chinelos, logo saio andando e tento não tropeçar nos móveis por estar escuro; apenas a luz da televisão iluminava a sala. — Vou tomar um banho e depois ir dormir.
— Certo, boa noite querida.
— Boa noite tia.
( ... )
— Por favor volta com o Bakugou, não aguento mais apanhar atoa — Kirishima resmungou se debruçando sobre o balcão da minha cozinha.
— O humor dele está uma merda, talvez pior que antes! Ele parece ter voltado a ser aquele explosivo do primeiro dia de aula — Sero choramingou me ajudando com a massa da minha torta.
— Isso quando não está trancado no próprio dormitório, acho que uma vez eu escutei ele soluçando de tanto chorar — kaminari lavava as vasilhas sujas na pia sem nenhum pingo de pressa.
— Bom, eu já disse e vou repetir! Não vou arriscar a vida dele por minha culpa, eu amo aquele porra então não vou voltar sabendo que meu pai pode acabar matando ele — travo a mandíbula já estressada com esses três. — Agora voltando ao nosso plano, vocês vão entregar essa torta p'ra mãe dele e contar tudo o que aconteceu até nos últimos detalhes; sem distorcer nada. Entendido?
— Entendemos — os três falam juntos.
— Outra coisa, quero que vocês dêem um jeito de distrair ele domingo. Sei que nosso relacionamento acabou mas ele é tão teimoso quanto eu, então de forma alguma deixem ele sair da Yuuei; se preciso paguem o Mirio e os professores p'ra prenderem ele.
— Quão perigoso seu pai é p'ra tanta bagunça? — o fita crepe se sentou apoiando os cotovelos na bancada.
— Sabe a ONU? Então, ela foi criada por medo dele — dou de ombros e logo me assusto ao ver o Senki se engasgando, deve ter ficado tão surpreso quando os outros dois que estavam mais pálidos que uma folha de papel. — Mas relaxem, eu sei exatamente o ponto fraco daquele filho da puta.
— Você sabe que acabou de xingar sua avó, né?! — Eijirou ergue a sobrancelha me fazendo rir de leve.
— Ele puxou a raça ruim dela, então xingar os dois juntos é normal... Fora que eu puxei o lado ruim dele, não queriam me ver brava — começo a arrumar a parte de cima da torta, que já estava com o recheio.
— Ainda bem que eu não te faço raiva — o pikachu suspira fundo com alívio, logo estava se abanando usando a mão direita.
— É muito difícil me fazer raiva verdadeiramente, apenas ameace minha família, machuque alguém que eu gosto ou fale mal da minha falecida mãe; daí eu mando qualquer um direto para o inferno — boto a torta no forno, espero que a Mitsuki goste.
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Haru fez o certo? Deixe sua opinião aqui.
Bjs do Bruninho.
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𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ '
Fanfiction𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ ' Katsuki Bakugou, finalmente percebe que o amor não é uma fraqueza quando pega o número da garota maluca da cafeteria em frente à escola. Agora o loiro enfrenta um dil...