Capítulo 33.

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Haru on;

— Escuta aquí seu Zika vírus, você vai levantar o rabo daí antes que eu conte até dez — Neru apontou do dedo na cara do namorado, que permanecia jogado na rede

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— Escuta aquí seu Zika vírus, você vai levantar o rabo daí antes que eu conte até dez — Neru apontou do dedo na cara do namorado, que permanecia jogado na rede. — Se não eu te jogo no poço das piranhas.

— Tudo isso só p'ra ele descascar alguns frutas? Se quiser eu faço isso, gosto de cozinhar — me aproximo arrumando meu macacão estilo short, que na minha opinião é uma gracinha, mas foda-se ninguém me perguntou mesmo.

— Nada disso mulher! Você trabalhou igual uma escrava semana passada roda, agora é a vez do seu irmão — a baixinha de cabelos roxos puxa o Mado pelo alargador na orelha, fazendo o mais velho soltar um resmungo indecifrável.

— Minha paz acabou quando eu comecei a te namorar, puta que pariu! — Ele tentou falar bravo mas saiu mais como alguém que estava sofrendo, tipo implorando desesperado pela propria vida no filme dos Jogos Mortais.

— Também te amo seu merdinha, agora vai caçar algo p'ra fazer — ela continuou levando o garoto até a área de trabalho da tribo.

Se eu falasse que já estamos a quase um mês aqui vocês acreditariam? Bom, pelo que parece meu pai está fugindo da polícia, então a barra está ficando limpa, devagar, mas está. Em breve poderemos voltar para o Japão, o que eu acho é bom, já que não aguento mais o Bakugou surtando com as aulas EAD do Aizawa. Por falar em ensino pela internet, meu loiro está estudando nesse exato momento.

— Como está indo a aula? — Entro dentro da nossa oca fazendo os olhos vermelhos só garoto se dirigirem até mim, ele está visivelmente desesperado por ajuda.

— Uma merda, eu não lembro nem de como se escreve o meu nome — ele deu algumas batidinhas no chão do lado dele, logo eu me sentei ali.

— Quer que eu soletre p'ra você princesa Fiona? — Deitei a cabeça em seu ombro tentando analisar a apostila do garoto, caramba ele tá estudando logo física, deu até pena agora.

— Eu sei me virar Shrek — o mais novo virou a página do caderno revelando uns cinco exercícios seguidos em branco, ele necessita de ajuda urgente!

— Falando sério agora, quer voltar para o Japão? Não sei se ainda estou cem por cento segura mas, pelo menos acho que dá p'ra viver lá com normalidade — começo a brincar com a mão esquerda dele, que era quase do tamanho das minhas duas mãos juntas.

— P'ra onde você for eu vou — ele disse simples tentando entender a própria letra, fato curioso: Quando o Katsuki fica muito nervoso estudando a letra dele fica irreconhecível, até mesmo para ele mesmo.

O incrível é que só a mãe dele sabe o que está escrito, eu meio que já tô pegando a manha das linhas tortas. Reconhecer letras deveria ser considerado uma individualidade, já vi cada uma estranha. Espera, deve ter alguém com esse poder no mundo né? Sei lá, só esquece minhas nóias.

— Só falta latir né fofinho? — Hidan entra na nossa oca sem nem mesmo avisar, me fazendo tomar um puta susto.

— Deixa, eles estão tão fofos assim! — Takami pega meu irmão pelo braço e saí puxando ele para fora, nem dando tempo do mais velho fazer nada. — Até casalzinho!

— Até? — Perguntamos confusos, o que será que meu irmão queria?

Amiga a curiosidade matou o gato! Ainda bem que eu tenho sete vidas, miau, aí que brega! Cancela, cancela, essa dai nasceu no Twitter. Nojento, credo, alá tendo conflito de personalidades de novo; eu preciso de um psicológico ou uma caipirinha p'ra ontem.

— Vamos voltar para o Japão, você precisa de um professor partícular urgente — pego o caderno das mãos do meu namorado retomando o assunto de novo. — Não quero que você vire um retardado por minha causa, entede?!

— Tá me chamando de burro bruxinha? — Ele vira o rosto na minha direção fazendo a pontinha dos nossos nariz se encostarem, momento fofo com beijinho de esquimó.

Vou vomitar um arco-íris daqui à pouco.

— Só tô preocupada com seus estudos, sei que é mais inteligente do que uma porta dragãozinho — revirei os olhos fazendo ele sorrir de canto.

— Vai se fuder — o maior torce o nariz se afastando mas logo nós aproxima de novo, dessa vez me puxando para o corpo dele.

— Só se você ficar por baixo — faço a cara mais safada que consigo, porém falhei do jeito mais horroroso possível. Se duvidar minha cara ficou parecida com a minha careta de quando eu fico com câimbra, um nojo puro.

— Eu me apaixonei pela pessoa mais estranha dessa terra, que tristeza do karalho — o loiro me da um selinho tão bruto que quase fez meu dente quebrar, logo meu dente ralado.

Eu meio que ralei a pontinha do meu dente da frente quando caí de cara no pátio da escola, culpa da vagabunda da Gabriela; se achava só porque é filha da supervisora, aquela sebosa! Isso foi no sexto ano mas até hoje eu não esqueci, rancorosa? Óbvio, mas tô tentando mudar galerinha.

Repetindo estou tentando.

— Paixão é diferente de amor, de primeira eu me apaixonei por você! Mas agora eu amo sua bunda — giro eu tronco o suficiente para poder pegar um caderno dele, fazendo o mais novo fechar a cara instantaneamente.

— Não quero estudar — ele fechou os olhos tombando a cabeça para trás até se encostar na parede da oca.

— Perguntei gracinha? — Me ajeitei no colo dele depois de abrir seu caderno, que eu fiquei decorando animadamente ontem o dia inteiro. Antes era só um caderno capa dura genérico de escola vermelho, agora está todo preto com detalhes brancos, em especial uma caveira branca bem no centro dele.

— Arrombada — ele desceu seu olhar superior de gatinho até o caderno nas minhas mãos, deveria estar se xingando mentalmente por não ter estudado quando eu estivesse ocupada. — Vai me ajudar?

— O Hidan é gay? — Falo outra frase óbvia vendo um sorriso besta nascer nos lábios do maior, ainda me pergunto: como dois idiotas acabaram namorando assim? Parece um filme de romance que deu errado, muito errado!

𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ 'Onde histórias criam vida. Descubra agora