𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ '
Katsuki Bakugou, finalmente percebe que o amor não é uma fraqueza quando pega o número da garota maluca da cafeteria em frente à escola. Agora o loiro enfrenta um dil...
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— Hoje era dia de maratonar Looney Tunes com o Katsuki, agora eu tô aqui vendo minha tia arrancando uma bala da minha perna — fecho os olhos encostando a minha cabeça na parede de pedra da cela, aqui é tão gelado e mórbido que eu me senti em um clipe de um grupo emo.
Nada contra emos, eu também já tive uma fase de gótica suave.
— Aqui a bendita bala, guarda de lembrança — ela coloca na palma da minha mão a lembrança do tiro que um dos capangas me deu sem querer. — Que seja sua primeira e última.
— Na verdade é a segunda vez que eu levo um tiro, na primeira foi salvando uma criança de um cara no Brasil — vejo ela levantar a sobrancelha como se me obrigasse a contar a história e eu apenas dou de ombros. — Quer tentar fugir?
— Por quê não né? Já estamos na merda mesmo, o máximo que vai acontecer é sermos presas de novo ou levar outro tiro — a mais velha vai até a porta da cela e segura as barras de ferro, logo ela chama um guarda. — Lembra das suas aulas de teatro?
— Oh se lembro, o Hidan quebrou a perna no ensaio e depois bateu no diretor com as muletas. — Me ajeito na cama amarrando um pano limpo em volta da minha coxa ferida, tá doendo mais do que a vez que eu caí no chão da sala quando escorreguei em uma blusa do Mado.
— Ótimo, usa suas habilidades p'ra fingir estar morrendo e tenta enrolar ele — ela grita de novo chamando o guarda do corredor, dessa vez ela realmente parecia estar desesperada. — Anda logo seu palhaço! Minha sobrinha vai morrer e se isso acontecer seu chefe te transforma em uma atração de circo!
Fato curioso, ninguém veio cuidar do meu ferimento pois meu pai não está aqui; então eles aproveitaram p'ra me matar antes que ele volte. Bando de maricas, se fosse eu, no mínimo batia de frente. Na mesma hora que o cara aparece na área das celas eu começo com minha maravilhosa atuação, eu tenho bronquite asmática então não é difícil simular uma crise convincente.
— O que aconteceu com ela? — O palhaço que sempre acompanha meu pai se aproxima da nossa cela, p'ra um vilão tão filho da puta e insano quanto ele... O cara até que é bonitão, estilo modelo da Lacoste.
— Tá tendo uma crise de asma, me ajuda com ela. Seu chefe vai comer seu cu se você não ajudar ela, vem logo patati patata — ela diz rápido fazendo ele apenas erguer a sobrancelha.
— Como eu posso evitar a porra duma crise de asma? — Ele se apoia no próprio taco de beisebol tirando um pirulito de sua boca sem pressa alguma, é engraçado ver ele calmo assim já que na luta parecia infinitamente mais insano do que a Toga.
Por falar na Toga, marcamos de fazer uma festa do pijama na próxima semana e eu espero estar viva até lá.
— Sei lá, se vira cria do coringa com o satanás — ela sai de perto da porta vindo até mim, discretamente ela piscou na minha direção.
Já entendendo o recado eu faço ainda mais força p'ra respirar enquanto minha cara de dor fica mais convincente, claro que ficou mais convincente já que eu realmente estou sentindo dor.
Porra eu levei um tiro, entendeu? Um tiro!
Ele finalmente abre a cela vindo até eu na cama, se não fosse por sua maquiagem de palhaço eu conseguiria ver lá no fundo de sua alma podre, escura e inútil; uma pontinha mínima de preocupação. Pode não parecer mas, vilões tem sentimentos.
Quando o palhaço abaixou o rosto na altura do meu eu ignorei seu cheiro inusitado de algodão doce e então deixa uma cabeçada nele seguido de um soco na boca, o palhaço revirou chutando meu ferimento na cocha, e tentou me enforcar. Foi tudo muito rápido, eu só sei que dei uma joelhada no mini palhacinho dele.
Aproveitei que ele caiu no chão com dor e depois sai pulando de uma perna só até a porta da cela aproveitando que ele estava sentado no chão com dor. Sobre a cabeçada, p'ra quem não sabe eu maratonei Kimetsu no Yaiba, então o crédito da cabeçada é totalmente do protagonista fofinho daquele anime.
O tal do Tangerina.
— Pegou a chave? — Continuei pulando igual ao Saci Pererê, logo me sentei em um banquinho sentindo meu ferimento latejar de dor.
— Óbvio — tia Débora gira o molho de chaves em sua mão depois de ter trancado o palhaço na cela.
— Certo, vamos antes que mais alguém chegue — tento liberar minhas garras mas só uma parte delas saem já que esses cornos quebraram elas na luta, subiu até um desejo de vingança pela minha garganta agora.
— Aproveita que o teto é alto e tenta ir andando por ele, com sorte ninguém percebe. A iluminação desse lugar é uma merda, mas eu morei na roça boa parte da minha vida então vou me virar — minha tia sai andando igual a um ganso puto de raiva até a porta de metal.
— Boa sorte velha — Começo a andar pelas paredes até chegar no teto, que realmente era escuro já que a iluminação daqui são tochas nas paredes.
Uma vibe mais Minecraft da vida.
— P'ra você também pirralha — ela abre a porta com o cuidado de um tigre siberiano caçando sua presa no breu da noite, na verdade eu não faço idéia de como um tigre caça; só quis narrar essa coisa de uma forma diferenciada. Se é que vocês me entendem, entenderam né? Por favor digam que sim, eu não quero aceitar que sou maluca.
Minutos depois e eu já estava me arrastando como uma aranha no teto, claro que com cuidado para não forçar demais minha perna machucada. Passei por dois guardas que graças a Deus não notaram a minha presença, também né?! Esses nojentos estavam ocupados demais falando sobre mulheres e coisas machistas, ou eu que sou uma pessoa sorrateira como um ninja mesmo.