Capítulo 21.

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Haru on;

Sexta-feira, o tão esperado dia do encontro finalmente chegou — p'ra vocês deve ter demorado pouco, p'ra mim passou uma eternidade já que a tia insuportável não me deixou quieta por nem um segundo

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Sexta-feira, o tão esperado dia do encontro finalmente chegou — p'ra vocês deve ter demorado pouco, p'ra mim passou uma eternidade já que a tia insuportável não me deixou quieta por nem um segundo. Por falar nela, eu estou segurando várias sacolas que ela me obrigou à carregar — graças as compras na feirinha perto daqui.

Eu até jogaria o foda-se, mas se ela falar que eu sou desobediente para o conselho tutelar eu estou na merda — senhor me livre, nunca que eu vou aceitar que ela fique com a minha guarda.

— Finalmente chegamos nesse karalho de apartamento — digo feliz, fazendo ela me olhar com um olhar de derreter qualquer coisa.

— Olha a boca mal criada, anda logo com as sacolas — ela destranca a porta com toda a lerdeza do mundo, entrando e eu faço o mesmo.

— Vou guardar as compras — praticamente corro para a cozinha, já que eu não gosto que ninguém encoste no meu local de trabalho, lazer e maneira de extravasar.

Cozinhar é minha terapia.

— Vou procurar seu irmão, vou ensinar ele a receita da família — a bruxa saí caçando o Mado pela casa, como um monstro caça sua vítima. Pobre garoto, assombrado por ser o favorito da tia mais insuportável do mundo.

Minutos se passaram comigo arrumando a cozinha guardando as coisas, quando eu tomo um susto com um grito alto é estridente da mulher. Reviro os olhos já imaginando que ela achou uma aranha, então ando na direção do grupo vendo ela parada na frente da porta do meu irmão.

— Madoyami, seu depravado! — A mulher falou em desespero, tampando os olhos com ambas as mãos.

— O que tá rolando aqui? — Me aproximo ficando animada, logo olho para dentro do quarto do meu irmão vendo uma cena um tanto quanto cômica. — Nem fudendo! — Lá estava meu irmão no meio dos cobertores, com uma certa garota sentada em cima dele, ambos pelados, com apenas o cobertor escondendo certas partes. — Então quer dizer que a Neru Tame é a sua garota? Por essa eu não esperava.

— Bater na porta que é bom, nada né?! — Ele segura a risada, enquanto a garota montada em cima dele continuava com a mesma cara de tédio de sempre. Se isso não abalou a Tame, nada mais abala.

— Pensei que você fosse decente garoto — a tia Débora saí dalí apressada, enquanto eu apenas me apoio no batente da porta encarando os dois de braços cruzados.

— Depois que vocês acabarem de transar, podem me ajudar à escolher uma roupa? Tenho um encontro hoje — peço naturalmente vendo a garota finalmente soltar um riso, a partir do ponto que você é meu amigo; vergonha não existe.

O bagulho é ter intimidade com o coleguinha, responder um vai se foder com um também te amo piranha.

— Vai sair com quem? — Meu irmão estreita os olhos, ativando o modo super protetor.

— Quem sabe você não me pega transando com ele, daí você descobre — uso as atitudes do garoto contra ele mesmo, fazendo-o soltar um suspiro frustrado.

— Tanto faz, eu ajudo — ele diz por fim.

— Eu também ajudo, vai indo tomar um banho — a garota sorri, sem se importar de eu ter atrapalhado a foda deles, no caso a tia Diabra que atrapalhou.

Eu só ajudei a atrapalhar.

— Vou indo casal, até depois — puxo a porta do quarto, dando finalmente privacidade para os dois pombinhos apaixonados.

— Você vou isso Haru?! Seu irmão foi mal influenciado! Eu disse, eu disse que se mudar para o Japão era má idéia — a senhora dinossauro começou a tagarelar assim que eu botei os pés na cozinha. — Pensei que ele se salvasse dessas badernas que você é o Hidan vivem se envolvendo.

— Mulher, te digo apenas uma coisa — abro a geladeira pagando uma garrafa de uma bebida que parece energético, só que mais forte. — Você não pode reclamar deles, seus cinco filhos são um bando de vagabundos que fazem merda na favela.

— Não diz isso dos meus bebês, sua garota atrevida! — Ela aponta uma espátula na minha direção, acho que encostei na ferida da onça.

— O Lucas ainda está na cadeia? Ou ele já está traficando? — Sorrio inocentemente abrindo minha garrafa, mas ela apenas fica em silêncio com uma cara de quem mastigou um limão com casca é tudo.

Sorrio satisfeita antes de tomar um gole do meu energético, ando cantarolando um funk aleatório até chegar no meu quarto — preciso tomar um banho, esperar os dois safados terminarem de acasalar.

Acasalar, palavrinha muito foda que eu aprendi vendo documentários de moluscos.

Voltando ao assunto do encontro com o pinscher loiro, tenho que pelo menos tomar um banho — vou pagar de blogueirinha tentando arrumar meu cabelo enquanto canto uma música da Olívia Rodrigo, bem classe média fudida mesmo.

( ... )

— Essa roupa tá muito piriguete — meu irmão disse fazendo cafuné na minha amiga, que concordou sem nem mesmo me olhar.

— Pega aquele blusão branco que tem uma caveira preta, bota um cinto cinza, usa um coturno preto e coloca uma meia arrastão — a garota falou, antes de soltar um bocejo.

— Depois deixa que eu cuido do seu cabelo, eu fiz cursinho num salão lá no Brasil. — Madoyami sorriu olhando para o teto, como se estivesse tendo um daqueles flashback's de desenho. — A dona Nívia era ótima com cabelos, saudades daquela senhora.

— Eu lembro, você cortava o cabelo de todo mundo do bairro — respondo separando as roupas e jogando todo o resto para dentro do meu guarda roupa.

Sou do tipo de pessoa que bagunça o guarda roupa todo na hora de sair e depois se arrepende de sair — só porquê vai ter de arrumar tudo.

— Eu ainda tenho que buscas o meu par, acho que vou de skate mesmo! Teve uma vez na cafeteria que ele disse que tem um — olho para os dois animados que apenas sorriem concordando com a cabeça.

— Você ainda não me falou quem é ele — disse meu irmão jogando um travesseiro na minha direção, que eu desviei na maior facilidade do mundo.

— É nem vou contar, descubra por sí só.

𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝 𝐲𝐨𝐮 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐬𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐟𝐟𝐞𝐞?→ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ 'Onde histórias criam vida. Descubra agora