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"Lalisa"

Puxei Jennie pela mão pelo os degraus, a guiando até o meu quarto, andando de costas devagar, sem tirar os meus olhos dos seus, tentando achar algum vestígio de arrependimento em seus olhos, mas só conseguia vê-los brilhar, abri a porta e a trouxe para perto meu corpo, nos tranquei em meu quarto e tirei os fios que cobriam o seu rosto bem desenhado.

- Eu posso te beijar agora? - ela riu.

- Não precisa me pedir, essa noite eu sou toda sua, Manoban. Apenas sua.

- Posso fazer do meu jeito? - perguntei, realmente me animando com aquilo, Jennie assentiu - Quero ouvir a resposta, Jennie, posso fazer do meu jeito?

- Sim, você pode, Lisa.

Dito isso, segurei o seu rosto com toda a ternura do mundo, virando a minha cabeça para o lado e a beijando da forma mais profunda que encontrei. Se havia algum sentimento escondido, ele seria demonstrado naquela noite, se havia algum medo ou trauma, ele seria esquecido naquela noite, eu faria Jennie se sentir bem, eu a deixaria bem. A deixaria com borboletas no estômago, ela me causava isso todas as vezes que me encarava, que chegava perto de mim, era tão louco, eu nunca.. havia sentido aquilo tudo antes, e queria que continuasse, eu faria continuar.

A levantei em meus braços caminhando até a minha cama, a posicionado no meio dela, descendo meus dedos até o seu zíper, demorando mais do que eu queria para achá-lo, Jennie deu uma baixa risada ao ver o meu desespero em despi-la, se sentou e levou as mãos até atrás de suas costas, o barulho preencheu o silêncio.

- Você parece uma virgem, Manoban. Por que está tão nervosa?

- Porque talvez irei transar com você pela primeira vez - murmurei.

- Ah sim.. - riu quando consegui retirar as mangas do seu vestido - Vá com calma, eu não irei sair correndo..

- Ok.. ok, me desculpe, estou um pouco desajeitada, vou fazer isso certo.

Nos calamos novamente e assim parti para o seu pescoço, descendo e subindo a minha boca por ali, com força em alguns pontos, Jennie passou os dedos por minha nuca, pescoço, subindo lentamente até os meus cabelos. Deixei meu nariz reconhecer o seu perfume, o seu cheiro, o cheiro que a sua pele emanava enquanto deslizava com as mãos até encontrar as suas, as trazendo para cima de sua cabeça e as pressionando contra o colchão com uma certa força, Jennie tentou soltar, mas eu não deixei, lançando a ela um pequeno sorriso.

- Eu que mando hoje - falei - Fique com as mãos assim.

- Ok, vamos colocar alguns limites.

- E quais seriam?

- Não quero que me amarre.

- E eu não quero que você me toque agora.

- Não irei te tocar, e caso eu faça, você pode me punir - Jennie se inclinou mordendo a minha cartilagem - Do jeito que você quiser..

- Mãos acima da cabeça, Jennie.

Ela logo fez, erguendo o seu quadril quando deslizei seu vestido por ele, contornando e reforçando as suas curvas com os meus toques intensos, meus dedos ficavam brancos e a sua pele se tornava vermelha a cada movimento que a minha mão fazia em sua barriga, cintura e costelas. Fiquei de pé na ponta da cama, a observei, ela tentava se reencontrar, talvez no prazer, talvez no pensamento, talvez na razão, no arrependimento, não consegui saber ao certo. As peças íntimas combinavam, vermelhas, escuras, tipo um vinho. Rendadas, curtas, mal cobrindo o que deveria cobrir, seu tronco se movia em uma respiração na qual ela tentava deixar ritmada, mas pude perceber que seria difícil. Jennie estava com os olhos abertos, me encarando, me analisando quando comecei a retirar minha própria roupa, sem pressa alguma, ficando igual a ela, exceto o contato visual, já que os meus olhos teimavam em descer pelo o seu corpo o tempo inteiro.

The Colors (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora