CAPÍTULO 24

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Christopher

Não queria que a Dulce descobrisse tudo daquela forma. Vê-la virar as costas para mim me doeu na alma. Tentei correr atrás dela, mas ela se afastou mais ainda.

Como eu queria voltar no tempo e nunca ter cruzado o caminho da Belinda, e sim só o da Dul. Eu não gosto, amo ela.

Belinda surtava ao meu lado sendo segurada por Alfonso, Maite gritava de outro me xingando e Cristian a ajuava. Havia outro rapaz perto deles que pedia para eles se acalmarem.

Segurei o choro o máximo que pude. Precisava chegar em casa e me afogar na minha dor, sofrer as consequências dos meus atos infantis.

Disse para Poncho que eu iria levar Belinda, e falei a Annie que depois nós conversávamos. Pedi desculpas para Cristian e Mai, avisei que depois eu conversaria com eles.

Sai arrastando Belinda que não parava de gritar, dizendo coisas horríveis sobre a Dulce. Eu já estava começando a me estressar.

(Quatro dias antes do ocorrido)

[...] Tomei a decisão de me separar da Belinda, acabar com tudo, cancelar vestido, festa, terto, tudo.

em pensar nisso me sentia aliviado, como se um peso estivesse sendo tirado das minhas costas.

Me sentia livre, sentia que tinha certeza no que estava fazendo,  sentia que essa era a escolha certa.

Dulce me merecia por inteiro. Assim como ela era mim de corpo e alma.

Assim que cheguei em casa encontrei Beli sentada no sofá com os convites de casamento.

- Olha amor que lindo!

- Belinda precisamos conversar.

- Claro! Eu não falei que a cor rosa claro cairia muito bem com o branco. Tudo está saindo como planejado, perfeito.

- Belinda? Você me ouviu? Precisamos conversar.

- Pode falar bebê. — me olhou atenta.

- Eu...— comecei a sentir a coragem ir embora,  mas precisava falar logo. - eu...

- Fala, assim estou começando a ficar nervosa.

- Eu não me sinto bem.

- Está passando mal? E ansiedade por causa do casamento bebê, que fofo.

- Não Belinda eu não me sinto bem em casar.

- Como assim? — ela riu, aquilo seria pior do que pensei.

- Não quero mais me casar com você.

- Você não está raciocinando direito! Isso é loucura!

- Beli... — tentei segurar ela, mas ela se afastou.

- Você é um idiota! Ainda vai mudar de ideia.

Ela pegou sua bolsa e saiu batendo a porta. Alguma iria ter que se machucar nessa história. Eu não contaria a Dulce que fui noivo, agiria como se nunca tivesse um passado com Belinda.

No dia seguinte acordei com batidas forte na porta, me levantei meio atordoado e abri a porta o que foi um erro.

Homens de preto entraram no meu apartamento e me deram uma surra tentei revidar o que foi em vão, que era um contra quatro.

Apanhei, no final eles me entregaram uma carta, e saíram como se nada tivesse acontecido. O gosto amargo do sangue na minha boca se misturou com a dor de não ter escolhas. [...]

(Tempo atual)

Chegamos no meu apartamento já que ela morava com os pais lá não teríamos privacidade para conversar.

Peguei uma garrafa de whisky e me sentei na varanda para beber. Belinda andava de um lado para o outro ainda chamando a Dulce de várias coisas ruins.

- Foi por ela não foi? Por ela que você queria abrir mão de tudo que íamos construir... Por ela.

- Sim! Satisfeita? — virei para ela.

- Babaca. Mas porque voltou atrás da sua decisão? Porque ontem me deu esperanças de que o término era mentira?

- Porque não podia deixar a certeza pela incerteza.

- Ah meu amor, então ela é só um casinho qualquer? Vou até esquecer o episódio, ela é louca. — ela veio para cima de mim me beijar.

- Pensa o que você quiser.

Peguei ela no colo e enquanto ela me beijava eu abri a porta e coloquei ela no corredor. Antes dela protestar fechei a porta do apartamento.

- Vai embora!

Ela resmungou, gritou, bateu na porta. Eu ignorei e continuei na varanda bebendo. Até que ela parou, de cima pude ver ela passar pela portaria.

Eu precisava ficar sozinho, reorganizar minhas ideias. Esquecer de tudo, principalmente a dor do meu peito e a dor de sentir o desprezo da mulher que eu amo verdadeiramente.

 Esquecer de tudo, principalmente a dor do meu peito e a dor de sentir o desprezo da mulher que eu amo verdadeiramente

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