Amor em Attos 2 : Verdades & Revelações ( EM REVISÃO)

Capítulo 12

Boa noite!
❤❤

Boa leitura!

Sem revisão!

Ora, o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
( I Timóteo 1.5 )

Pov – Acaia

Forço meus pés a correrem o mais acelerado que meu corpo consegue, Bento está ao meu lado, juntamente com a equipe de socorristas da ilha. Procuro pelo navio de carga que Israel mencionou: Névoa & Negreiro.

— Ali!— apontou Bento para nosso lado esquerdo.

Subimos a rampa de acesso ao navio.
Israel, está à nossa espera. Sem falar nada, ele sinaliza para que o sigamos. Assim que o avô de Anaju abre a porta da penúltima cabine, encontro Azael sentado, encostado à um barril. Abraçada a meu amigo, Amira respira com dificuldade. Eles estão sujos, feridos, abatidos. Azael passou quatro semanas longe sem dar notícias. Todos os dias eu orei incansalvelmente, pedindo a Deus que o trouxesse de volta, não foi a forma que eu esperava, mas ele retornou e conseguiu trazer Amira também. Minha mente sinaliza:
Não é do seu jeito, é como Deus quer!
A minha maneira tem falhas, a dEle só acertos.
Cristo conduz os meus pés pelos caminhos perfeitos da sua misericórdia, graça e do seu amor.

— Acaia, sabia que viria!— Az sorri levemente. —Tio Bento!— ele tosse e cospe sangue.

Eu nunca vi Bento desmoronar em lágrimas, ele tenta controlar os sons dolorosos que saem da sua boca, eles revelam um profundo pesar.

— Shiu! Não fale nada! — pedi, me ajoelhado perto deles, seguro bem firme a mão do meu amigo. E iniciamos os procedimentos de socorro.

— Acaia, salve a Ami primeiro, ela é mais importante do que eu! Ela é tudo que eu sempre quis!— pediu Azael, em meio a um grito de dor.

— Pare de falar!—  pedi ou ordenei, não sei bem como minha voz soou, estou extremamente angustiado pela situação deles.

Assim que o socorrista remove Amira do braços de Az, vejo uma marca de tiro próximo ao coração de Azael. Minhas mãos tremem. Troco um olhar angustiado e preocupado com meu colega de trabalho.

— É seu melhor amigo, deixa conosco, doutor!— disse Leonel, um dos médico de trauma. Afasto-me e deixo o trabalho com eles.

Há momentos que manter a tranquilidade, se torna uma tarefa difícil. Por mais que eu tenha conhecimento de todos os procedimentos de socorro médico, fazê-los em meu melhor amigo requer uma concentração absurda e uma luta contra o pavor de perdê-lo.

— Acaia! Eles vão viver?— aturdido, sussurrou Bento. Ele está ajoelhado perto do sobrinho.

— Vão, se Deus quiser! — respondi confiante, não em mim, mas naquele que tudo pode.

Trinta minutos foi o suficiente para eles serem socorridos, transportados e atendidos no hospital. Leonel entra na sala de cirurgia com Az, e eu na outra com Amira. Ela tem nove costelas quebradas, fraturas na clavícula esquerda, na tíbia direita e uma hemorragia no baço, fora os hematomas e cortes pelo corpo.

Mentalmente faço minha costumeira oração antes de qualquer cirurgia: Deus use-nos, que as nossas mãos façam o melhor por essa vida...

Depois de uma longa madrugada, eu e Leonel trocamos informações médicas feitas pelas as equipes médicas. Observo o dia amanhecer da janela da minha sala.