Amor em Attos 2 : Verdades & Revelações ( EM REVISÃO)

Capítulo 30

Boa tarde 🌝
❤⚘❤
Boa leitura 📚

Sem revisão!

Multiplicando-se dentro de mim os meus cuidados, as tuas consolações reanimaram a minha alma.
( Salmos 94.19 )

Pov – Anabela

Diante dos imensos portões na cor índigo da escola, olhos apavorados fitam os meus, não há um som saindo dos lábios do meu garotinho. Ele expressa seu temor pela mão úmida que aperta a minha fortemente e seu olhos amedrontados que varrem os muros brancos.

— Tia, se não gostarem de mim? Se eu for burro? Se...

A respiração entre cortante de Cielo, é uma melodia inamôrnica, é o medo regendo a orquestra temerosa do seu coração. Abaixo na altura dele, ponho as mãos em seus ombros. Com muito custo ele fixa o olhar no meu.

— Não agradamos a todos. Olhe sempre para Cristo, mantenha seu coração longe do mal! Haverão pessoas que vão querer ser seu amigo. — Fui sincera, não posso esconder dele, só ajuda-lo a se preparar contra as durezas dessa vida. Cielo sabe reconhecer a maldade, é duro aceitar isso, mas tão novo e já sabe o efeito devastador dela.— Eu sei, é difícil para você se expor ao mundo escolar, mas está pronto, trabalhamos arduamente por vários dias. Você é um garoto muito inteligente e esforçado, deixou os professores particulares surpreendidos! E sua família está muito feliz com seu progresso.

— Estou com medo de não me encaixar na escola! — confidenciou ele aos sussurros.

— Supere o medo, vamos lutar para você se encaixar, mudaremos a rota quantas vezes for preciso, mas nunca iremos desistir! — comentei, erguendo meus joelhos do chão.

— Posso ir na sua sala se eu ficar muito assustado? — indagou ele, me abraçando.

— Claro que sim! Também pode procurar sua professora, a coordenadora, a diretora, a inspetora... Busque socorro com a equipe da escola, você já a conheceu.

— Estou envergonhando você, não é? — retrucou ele, quando percebeu pessoas ao nosso redor observando a cena.

— Não está! — assegurei, olhando profundamente em seus olhos para que ele sinta que não há mentira disfarçada em mim. — Quero que confie em mim e conte tudo o que se passa com você!

— Ok!— lançou ele um suspiro enfadonho. — A escola não é um monstro dos meus pesadelos! — demonstrou Cielo sua coragem.

Pode ser um monstro, se ele permitir ser aprisionado.

— Está pronto? — apontei para a entrada.

— Não, mas podemos ir!— admitiu ele, estufando o peito e levantando o queixo para mostrar que irá vencer o medo.

Passamos pelos portões da escola, ao chegar no pátio, ele solta minha mão. Cielo, ajeita a mochila nas costas, depois pressiona seus dedos nas alças e caminha para o grande grupo de alunos espalhados pelo pátio para o momento da acolhida...
Alguns minutos depois, os alunos se dispersam para suas salas. Entro na minha e recepciono minha turma.
Manter a concentração não foi nada fácil, perdi o rumo do pensamento várias vezes, meus alunos notaram, me ajudaram quando simplesmente perdi o gancho do raciocínio.
O dia transcorreu de forma agitada e atarefada. Cielo não veio me procurar, será um sinal que ele está bem mesmo? Me segurei para não ir na sua sala, sei que devo dar autonomia e espaço a ele, mas é tão difícil fazer tais coisas.
Quando o sinal toca finalizando o fim do horário escolar, ando pelos terrenos atrás dele. Encontro Cielo, sentado debaixo de uma árvore, seu olhar se perde no céu.