Capítulo 27

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Boa tarde
❤⚘❤
Boa leitura


Sem revisão!

Jamais me esquecerei dos teus preceitos, pois é por meio deles que preservas a minha vida.
( Salmos 119.93 )

Pov - Lísia

Observo os desenhos da nova coleção expostos em cima da mesa. Há uma leve bagunça de lápis espalhados sobre ela. Jun, silenciosamente, se aproxima. Seus olhos brilham cheios de satisfação. Há tanto dela neles, seus designers são incrivelmente perfeitos e lindos. Ela é delicada como a flor junquilho, o que me chama atenção nessa flor são as variedades de cores fortes e vibrantes, mas no que diz respeito as cores, Jun não usa cores alegres, predominantemente em seu guarda-roupa só há peças pretas e cinzas, há um único vestido rosa que ganhou da Anaju no natal passado.

— Arrasamos?— perguntou ela, usando a palavra que é costumeira em meus lábios e puxando a manga comprida da sua blusa; Uma mania que faz, insistentemente, ao longo do dia. Quando está nervosa, Jun só falta rasgar o tecido.

— Muito! Sem você, onde eu estaria?— devolvi, abraçando lateralmente o seu corpo. Delicadamente pego a mão dela e a retiro da blusa. Sua cabeça repousa em meu ombro. Foi difícil para ela demonstrar e receber afeto, mas aos poucos quebrei a barreira. Sei o que Junquilho sentiu, eu era apenas uma criança indefesa nas mãos de um monstro, aprisionada pela crueldade do Oliver, o meu progenitor.

— Sem mim? Continuaria assim, arrasadora no mundo da moda! — devolveu rindo. Sorrio do seu jeito mais solto. — É... Lísia, pensei em algo! — ela senta em cima da mesa e balança as pernas. Se parece com uma menininha, tão pequena, inocente e meiga. Os cabelos são grandes, iguais os da mãe e da irmã, a única semelhança que compartilham. Jun é o oposto delas, bondosa, gentil, uma dama, extremamente, educada. É linda, muito, mas ela nem tem dimensão da sua beleza. Jun me olha, só irá falar se eu autorizar, já falei milhões de vezes que ela não precisa pedir autorização para expor seu pensamento.

— Pode falar, é livre para expor suas ideias! — avisei novamente.

— Bela poderia fechar nosso desfile com o último vestido reluzente. Ela ficaria linda, é uma princesa. — lançou ela sua ideia. Eu e Jun, passamos horas produzindo esse vestido, está bem guardado, tememos ser roubada. Como os urubus rondando atrás de carniça, assim são as outras lojas, elas nos perseguem, tentam roubar nossos desenhos e vestidos. Ainda bem que o tio Bento e toda a sua equipe de segurança antecipam as investidas criminosas de alguns membros da Nobreza.

— Consegue convencê-la? — retruquei, não tendo certeza se consigo tal feito. — Podemos tentar, não sei se ela irá aceitar. Agora que sua alegria retornou, depois do aborto, não tenho certeza se vai querer se aventurar em Gadis!

Os dias foram difíceis, minha irmã perdeu o brilho, se fechou em dor, jogando a chave fora.

— Também pensei nisso, não quero obriga-la a nos ajudar! — cruzou ela os braços. — Orei tanto para Bela e meu primo voltarem a sorrir!

Oramos.
Muito, todos os dias clamei ao Senhor que livrasse minha irmã dessa tristeza profunda. Orei, para meu cunhando aguentar firme, para Deus o acalentar em meio agonia que ele viveu.

— É o sonho dos dois, eles compartilham esse desejo intenso de serem pais! — comentei, lamentando tudo, mas consciente que Deus sabe de todas as coisas.

Ficamos um tempo em silêncio, cada uma perdida em pensamentos até Jun suspirar sonhando:

— Seria lindo ela desfilando!

Amor em Attos 2 : Verdades & Revelações ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora