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 O captor segurou em meus ombros bateu minhas costas contra a parede não muito forte e apertou meus braços, me fazendo lembrar da dor que um deles ainda tinha pela pancada causada pela machadinha de ontem, abri os olhos e o estranho Benji me encarava.

 — Calma, não vou fazer nada com você garoto. Merda! — ele me soltou abrindo as mãos grandes em sinal de redenção.

 Meu coração, agitado feito pássaros livres recém engaiolados, parecia que ia sair pela boca, ameacei correr e ele me puxou apenas com uma mão me encurralando contra a parede.

 — Ei! Não torne essa porra mais difícil — disse ele zangado — Só quero conversar...

 — O que você quer?

 — Respostas, o que você é?

 — Eu? Eu sou só... Um garçom. — Achei a pergunta em si difícil de responder e por esse motivo demorei a dar a resposta.

 — Vai se foder, eu vi o que fez ontem. Fez meu irmão agir como um estranho, ele ficou como se estivesse hipnotizado em transe e depois que se recordou ficou assustado como se tivesse visto um fantasma. — Deu uma pausa e me empurrou contra a parede de novo — E hoje? Que merda foi aquela, o que você viu?

 — Eu não sei de nada. Eu não fiz nada. — Respondi desesperado

 — Escuta garoto... Ninguém manda no meu irmão e ele executa, você entende? Ninguém faz o que você fez. — Deu uma pausa mordendo os dentes numa expressão enervada — Agora responda: O que você viu quando me tocou?

 — Não vi nada eu juro. Me deixa ir... — Implorei

 Ameacei sair relutante, ele me pressionou contra a parede novamente.

 — Eu não tenho medo de você, está me ouvindo?!

 — Nem eu de você — rebati, mesmo assustado.

 Ele pegou sua mão grande e colocou contra minha face pressionando a minha bochecha contra a parede áspera de tijolos.

 — Ei! Não torne essa porra mais difícil — disse ele zangado — Só quero conversar...

 — O que você quer?

 — Respostas, o que você é?

 — Eu? Eu sou só... Um garçom. — Achei a pergunta em si difícil de responder e por esse motivo demorei a dar a resposta.

 — Vai se foder, eu vi o que fez ontem. Fez meu irmão agir como um estranho, ele ficou como se estivesse hipnotizado em transe e depois que se recordou ficou assustado como se tivesse visto um fantasma. — Deu uma pausa e me empurrou contra a parede de novo — E hoje? Que merda foi aquela, o que você viu?

 — Eu não sei de nada. Eu não fiz nada. — Respondi desesperado

 — Escuta garoto... Ninguém manda no meu irmão e ele executa, você entende? Ninguém faz o que você fez. — Deu uma pausa mordendo os dentes numa expressão enervada — Agora responda: O que você viu quando me tocou?

 — Não vi nada eu juro. Me deixa ir... — Implorei

 Ameacei sair relutante, ele me pressionou contra a parede novamente.

 — Eu não tenho medo de você, está me ouvindo?!

 — Nem eu de você — rebati, mesmo assustado.

 Ele pegou sua mão grande e colocou contra minha face pressionando a minha bochecha contra a parede áspera de tijolos e cimento lodoso e úmido. Em seguida se aproximou rosnando na minha orelha como um monstro.

 — Pois devia — disse ele entredentes.

 — Vai se foder — resmunguei num ganido de medo.

 Quando ele me soltou, revidei um tapa em sua face, eu dei um tapa forte, mas o rosto dele sequer corou, ele sequer virou o rosto. Seu olhar ficou furioso. Avançou em cima de mim e me pressionou ainda mais, podia sentir minhas costas nos relevos nodulosos da parede.

 — Me fala agora o que você viu! — falou com sua voz grossa e forte colocando uma de suas mãos em meu pescoço e apertando

 Fiz uma careta. Mal podia respirar, mas sussurrei:

 — Sangue. Eu vi, sangue.

 Ele afrouxou sua mão em meu pescoço, e aproveitei para colocar a mão na sua face e empurrá-lo, mas quando minhas mãos tocaram seu rosto novamente vi algo em relampejos picotados algo voraz, corria em meio a mata, novamente revi sangue feito calda de melado de groselha que pingava de suas mãos, vísceras e restos. Havia dor e pessoas mortas, sangue em seu corpo, sangue em seus dentes, a morte. Senti todo o meu corpo perder a força, e minhas pernas fraquejou e tudo se apagou repentinamente.

Crônicas da Noite - A Ordem da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora