picolé outra vez

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Olhei na direção de onde os gritos vinham e comecei a andar até lá. Fui seguindo os gritos e parei em frente a uma sala.

Eu estava vendo ele através de um vidro. Mas não conseguia tocá-lo. Passei minhas mãos pelas paredes e pareciam aço.

- Talvez os poderes ajudem - sussurei pra mim mesma, mas antes que eu pudesse tentar, Bucky olhou pra mim através do vidro e disse algo que eu nunca mais achei que fosse escutar.

- Bae

- Bucky... - seus olhos continham lágrimas e ele parecia assustado e ao mesmo tempo feliz de me ver ali.
Levei minha mão até o vidro e o quebrei.

Os homens que antes estavam fazendo experiências nele, me olharam apavorados e eu me aproximei deles.

Um deles pôs uma seringa perto do pescoço dele e ameaçou aplicar.

- Se você tentar algo, eu mato ele.

Virei minha cabeça pro lado e sorri irônica. Eu estava com tanta raiva. O rosto de Bucky estava vermelho e sangrando e ele tinha medo no olhar. Eles estavam o machucando.

- Você não terá essa chance - levantei minha mão e, com os poderes, fiz ele imitar meus movimentos e aplicar o soro em si mesmo.
Ele caiu morto no chão e eu virei meus olhos para o outro homem. Ele levantou as mãos em forma de redenção e saiu do quarto correndo.

Me aproximei de Bucky e ele me olhou estranho.

- Bae, o que aconteceu com você?- ele me perguntou e vi confusão em seus olhos - seus olhos, eles estão...

Respirei fundo pra me acalmar e senti o calor que estava antes, indo embora dos meus olhos. Acho que haviam voltado ao normal.

- O soro...eu não... - antes que eu pudesse completar, Bucky me puxou para um abraço e eu o ouvi chorar no meu ombro.

- Eu senti tanto a sua falta, bae - ele sussurrou e quando ainda me abraçava

- Você está bem? - Me afastei dele e segurei em seu rosto com minhas mãos.

- Achei que estivesse morta...Ah meu Deus que alívio - ele encostou sua testa na minha e respirou fundo.

- Amor... você lembra? - perguntei e ele sorriu triste

- De tudo. Eu sinto muito...sinto muito por ter matado aquele cara por mim. Sinto muito por não ter te protegido. Eu sinto mui...- o interrompi

- Não foi culpa sua... - inclinei minha cabeça e sorri.

- Eles machucaram você? - ele perguntou

- To mais preocupada com quem EU machuquei.- Suspirei - eu acordei do congelamento e eles queriam fazer testes. Eu... Eu estava com tanta raiva e eu só...agi. ah meu Deus eu sou um monstro.

- Não, não é. Você é boa, você só passou por muita coisa.

- Fiquei preocupada com você - sussurei e ele me beijou.

- E eu com você.

Senti meu corpo sendo bruscamente puxado do de Bucky e ele arregalou. Bucky levantou, Mas antes que nós pudéssemos ter a chance de fazer alguma coisa, senti uma picada no meu pescoço.

A última coisa que ouvi antes da escuridão tomar conta de mim, foram os gritos de Bucky dizendo que me amava.

Acordei em uma sala escura. Meu cérebro demorou pra raciocinar sobre o que estava acontecendo e quando eu tentei me mexer, percebi que meus braços estavam presos em cima da cabeça.

Eu estava amarrada em pé. Não por uma corda, mas por algo eletrônico. Na minha época não tinha isso. Revirei os olhos com o comentário do meu subconsciente e tentei me soltar, mas não adiantou.

Além do nosso tempo - Bucky Barnes Onde histórias criam vida. Descubra agora