Uma viúva negra

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Depois de ir ao centro, coloquei as compras no carro e dirigi de volta para a cabana. O céu acima de mim estava escurecendo. Batuquei meus dedos no volante e uma música baixa começou a tocar no rádio do carro.

Meu celular começou a tocar, como estava conectado no carro, apenas cliquei na tela.

- Li seu e-mail. Você enlouqueceu? - Tony já começou brigando comigo

- Boa tarde, jennifer. Como você está? - disse em ironia

- Precisa voltar pra cá logo, garota. - Tony disse no telefone - acho que você já está enlouquecendo aí. Tanto verde da natureza deve estar te fazendo mal

Apesar da brincadeira, ele tinha um tom preocupado

- E pra quê? Prenderem o Bucky? - Perguntei de forma retórica

- É melhor ele preso e vocês dois vivos ou ele preso e você morta? Porque é isso que vai acontecer se o soldado invernal se ativar novamente com você aí sozinha. - Tony disse

- Posso lidar com o soldado invernal - respondi

- Eu sei que pode, mas não no estado que as coisas estão. Está dormindo na mesma casa e em seu estado mais vulnerável. Não é recomendável.

- Acha que eu ligo pra o que é recomendável? Essa vida que vivemos não é recomendável, mas estamos aqui, não é? Nos importamos com as pessoas e estamos tentando ajudá-las - falei

- Não vai poder ajudar ninguém se estiver morta - ele usou um tom de bronca

Suspirei alto e bufei

- Você vai me ajudar com o que eu pedi ou não? - perguntei

Senti q hesitação de Tony. Eu podia imaginar a cara dele agora.

- Te mando as informações por mensagem - ele respondeu - e Jennifer...

Fiquei em silêncio esperando ele terminar de falar

- Toma cuidado, tá? Se precisar de ajuda, estamos aqui. Você é da família agora.

Desligamos e o celular apitou com uma notificação. As informações.

Suspirei e olhei ao redor.

Mais algum tempo depois de estrada e eu estacionei o carro um pouco longe da cabana. Peguei as compras e comecei minha caminhada até lá.

Um barulho atrás de mim chamou minha atenção. Parei e olhei ao redor, mas meus olhos não encontraram nada além de árvores. O barulho de repetiu e eu apressei meus passos pra cabana. Bucky abriu a porta pra mim e eu entrei, fechando rapidamente.

- Você tá bem? - ele perguntou e eu andei até a janela. As cortinas estavam fechadas

Abri uma frecha e olhei lá pra fora

- Acho que tem alguém nos vigiando - disse

- O quê?

Chequei a tranca da janela das outras portas.

Não era a primeira vez que eu havia desconfiado de algo. Já é a 3⁰. Uma é normal, duas é coincidência...mas três? Tem alguma coisa errada.

Tinha algo na bancada da cozinha. Uma pena preta.

Me aproximei e franzi o cenho

- O que é isso? - Bucky perguntou

- Você fechou a porta quando eu saí? - perguntei

- Sim

- Exatamente quando eu saí?

- Eu...

- Bucky, quanto tempo depois?

Além do nosso tempo - Bucky Barnes Onde histórias criam vida. Descubra agora