Onde está?

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7 meses depois...

- Obrigada - Matheus me agradeceu, depois de abraçar sua irmã

- Me agradeça se escondendo - o olhei - provavelmente a essa hora já notaram a falta dela. E se encontrarem vocês, vou ser acusada de sequestro.

Ele assentiu e andou até seu carro. Larissa não se mexeu, ficou me olhando antes de se aproximar e me surpreender com um abraço mais.

Passei meus braços por ela e retribuí

- Se o mundo conhecesse seu coração e a dor que tem nele, entenderiam você - ela sussurrou - você ainda vai ser muito feliz, jennifer.

Não disse nada. Ela se afastou e sorriu, andando até o carro do seu irmão e entrando nele. Matheus, que estava com a porta aberta me olhando, apenas acenou com a cabeça e entrou no carro, dando partida.

Fechei os olhos enquanto sentia a vontade de chorar indo embora com o vento frio atravessando as árvores e plantas da floresta ao redor da estrada que eu estava. O céu, escuro pela madrugada, tornava o momento mais melodramático ainda.

Andei até meu carro e entrei, batendo a porta. Senti o calor do aquecedor me abraçar enquanto fechava os olhos. Quando notei, o sentimento de fraqueza já havia me tomado, junto com as lágrimas desobedientes que escorriam dos meus olhos.

Eu estava literalmente no meio do nada. Longe da minha família, da minha época e da vida que eu poderia ter tido.

Sam, Wanda, Scott Lang e Clint haviam mandado notícias quando chegaram a seus esconderijos, logo após resgatarmos eles da prisão.

Agora, estávamos sendo procurados por isso também. E acabei de cometer mais um crime.

Não falo com Steve desde que nos separamos na rodoviária, sete meses atrás. Não faço a mínima ideia onde nenhum deles estão, nem eles sobre mim.

E eu? Estou na França. Queria tentar uma explicação de como vim parar aqui, mas nem eu sei. Na verdade nos últimos meses desde que saí de Wakanda, tenho passeado pelo mundo. Nunca é muito bom ficar em um só lugar se você é uma pessoa procurada. Então estou sempre me mudando.

Estou na Europa tem mais ou menos uns 4 meses. James? Shuri e eu entramos em contato com notícias as vezes, mas não falo com ele desde nossa despedida. Soube que ele está melhorando, é uma coisa boa. Confesso que meu coração acelera toda vez que recebo algum tipo de contato. Tenho medo de receber uma notícia ruim, força do hábito, sabe? Estar preparada pra tudo.

Dirigi em alta velocidade pela cidade de Paris, iluminada pelas luzes, de volta pra "casa". Quando notei, já estava estacionando na frente do prédio antigo onde estou.

[...]

O porteiro estava dormindo. Dei uma risada com o ronco que ele deu e andei até as escadas, subindo até o 9° andar daqui. Apesar de não ter elevador, gosto daqui. É um lugar fácil de fingir que tenho uma vida

Abri a porta e entrei, trancando ela em seguida. Joguei minhas chaves no sofá e me assustei quando vi uma silhueta grande e com cabelos escuros na minha cozinha.

- O que tá fazendo aqui? - Perguntei quando reconheci

Tony

Confesso que estava surpresa com a repentina presença dele aqui.

- Bom, temos muito o que conversar, não temos? - ele forçou um sorriso mais falso do que o zemo fingindo ser o psiquiatra

Além do nosso tempo - Bucky Barnes Onde histórias criam vida. Descubra agora