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Maratona 5/5

Ruggero

Ela está nos meus braços quando acordo

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Ela está nos meus braços quando acordo. E já fazia tempo que eu não dormia tão bem. Coincidentemente, as últimas duas vezes que dormi bem, Karol estava nos meus braços. Tento não fazer barulho para me levantar, mas ela acorda, me olha com uma cara assustada, então sorri.

 Ela se levanta e vai para o banheiro, e eu fico ali tentando entender o que significou aquele sorriso. Será que significa que ela finalmente aceitou que me deseja e vai ficar comigo? Será que quis dizer que ela curtiu a noite, mas não vai mais acontecer? Merda! Estou parecendo esses adolescentes apaixonados. 

E eu quero mesmo transar com ela, mas nem a pau vou me apaixonar de novo. Fico mais um tempo na cama, sentindo o cheiro dela. Eu sei, preciso transar logo, pois estou ficando patético! Depois de tomarmos café no mais absoluto silêncio, finalmente Karol  fala. 

- Milagre você não ter vindo ainda com suas piadinhas infames para cima de mim. 

- Está sentindo falta? Porque tenho um monte delas prontinhas para você. - Ela faz uma careta. 

- Não disse que estou sentindo falta, só que achei estranho você ficar calado. Mas admiro seu silêncio, só para constar. 

- Vou tomar mais cuidado com você de agora em diante, Sevilla. Não quero morrer asfixiado pelo travesseiro enquanto durmo! - Ela engasga como chá que está tomando e começa a rir.

 - Não é sempre que eu faço isso. Mas você tem uma incrível capacidade de me irritar.

 - Você não é a primeira a me dizer isso. - Ela volta a tomar o chá em silêncio.

 Mas sei que ela quer me dizer alguma coisa, porque vez ou outra, ela me olha pelo canto do olho. Decido não puxar o assunto, se ela vai vir com aquele papo de "não vamos transar Ruggero", prefiro adiar o máximo possível ouvir isso. Finalmente ela fala.

- Hoje é sábado e não temos compromisso. Imagino que esteja de folga hoje. 

- Sim - respondo já não gostando do rumo que as coisas estão tomando.

 - Estava pensado em dar uma volta. Sei que já deve estar cansado da minha companhia, então quero sair um pouco. Sozinha! Sei que você entende. - Eu entendo e fico com raiva. Ela quer sair de perto de mim justo hoje! Justo no dia em que mais quero que ela fique comigo?! Mas não posso prendê-la a mim, ela não é minha. Não é mesmo? 

- Claro, pode sair sim. Precisa de algum dinheiro? 

- Não, obrigada. Vou mesmo só dar uma volta pela cidade. 

Fico mal humorado depois disso. Eu tinha planos para nós hoje, ia sair com ela, levá-la aos pontos turísticos da cidade, almoçar com ela ou talvez pegar uma praia. Mas agora vou passar justo esse dia sozinho. Alguém bate na porta e Karol vai atender, Carlos, o gerente do hotel, entra trazendo uma cesta de frutas e uma garrafa de champanhe.

- Me desculpe incomodá-lo senhor Pasquarelli, mas queria lhe desejar os parabéns. 

Ele estende a cesta meio sem graça. Eu me aproximo e pego a cesta, já esperava por alguma coisa do tipo. Cumprimento Carlos e agradeço pelo presente, então ele se retira. Fico mexendo no que tem na cesta, mas Karol continua parada na porta, feito uma estátua. Por fim, ela fala.

- Por que não me disse que hoje é seu aniversário?

- Você não me perguntou - Ela se aproxima de mim sem graça. Eu me viro ficando de frente para ela, para facilitar. Ela então passa os braços pela minha cintura e eu a envolvo em meus braços. Ela encosta a cabeça no meu ombro e fica assim um tempo. Depois de alguns segundos, fala.

 - Feliz aniversário. Eu não comprei nada para você. Se tivesse avisado, teria feito alguma coisa. me - Ela se afasta cedo demais e fica olhando para mim.

 - Tudo bem, não achei nem que me daria os parabéns, levando em conta que me queria morto ontem à noite! - Ela sorri sem graça. 

- Esqueça isso. Tem alguma coisa que eu possa fazer por você? - Sim, claro. Você pode deitar em cima dessa mesa e abrir as pernas, o resto eu mesmo faço, pensei,

 - Não se preocupe, Sevilla! Vá dar o seu passeio. - Ela parece indecisa, mas anda até a porta. Porém, para antes de abri-la e olha para mim de novo. 

- Você vai passar seu aniversário sozinho? 

É minha chance, preciso fazê-la ficar comigo por vontade própria. Não posso ser ridículo ao ponto dela perceber que quero a companhia dela. 

- Não se preocupe, já estou acostumado. - ela assente e ainda indecisa se vira para sair. Merda! - Desde que minha mãe morreu sempre fico sozinho. - Dá certo. Ela para de novo e olha para mim. Posso ver a indecisão no seu olhar. Finalmente ela anda de volta até onde estou.

 - Eu não preciso sair hoje. O que quer fazer?

Eu espero que estejam preparadas para o que vem desses dois!!

Até mais babys

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora