41|

533 37 65
                                    

Ruggero

Ainda sinto o cheiro dela

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ainda sinto o cheiro dela. Mais um dia em que estou totalmente fora do ar pensando na maldita da Karol.

Ela parece uma praga, me pegou de jeito e fico totalmente infestado. Vejo ela em todos os lugares. Chega a ser assustador. Lino está na minha frente rindo pela milésima vez da minha cara de bobo. É ridículo, eu sei.

Um marmanjo com barba e um pau enorme, sorrindo feito um menino por causa de uma mulher.

Mas dane-se, nunca fui tão feliz assim. Percebo então a diferença do que sentia pela Victoria, que eu achava que era amor, e o que sinto pela Karol, que sei que é amor. Pensar em Victoria é como convocá-la, Sabrina.

O telefone toca e Lino atende, faz uma senhora careta e rapidamente sacudo a cabeça para que ele diga que não estou. Ele diz, insiste, mas depois estende o telefone para mim, derrotado.

- Ela está lá embaixo. Disse que se você não atender, ela virá até aqui e fará uma cena.

- Merda. - Pego o telefone com o tratamento especial reservado a Sabrina.

- O que é que você quer me enchendo de novo, porra?

- Meu pai está vindo para o Brasil. - diz aquela voz esganiçada.

Como pude sentir tesão com essa voz no meu ouvido? Claro, eu amordacei a boca dela na hora h.

- Azar o seu! - Respondo irritado.

- Azar o nosso Ruggero, porque se meu pai sonhar que você mentiu, você será um homem morto!

- Nós mentimos, Sabrina, não se esqueça disso. Além do mais, foi há dois anos. Se não cumprimos até agora ele já deve saber que não deu certo. Diga a ele que terminamos, que deu tudo errado e que você tem outro.

- Não vou fazer isso. Eu disse a ele que iriamos marcar a data e ele está vindo para cá.

- Você é maluca? Eu já tenho uma noiva! O nome dela é Karol!

- Não quero saber das mulheres que você come, Ruggero! Você assumiu um compromisso. Vai dizer para o meu pai que ainda está comigo até ele ir embora, ou eu vou à imprensa e acabo com você.  - Não respondo. Pondero, penso, desespero-me.

Maldita, maldita, maldita. Maldita familia interesseira.

- Você é pior do que a Victória maldita hora que eu enfiei meu pau em você. O prazer não pagou nem ter ouvido sua voz na manhã seguinte. - Ela bufa, grita palavrões e por fim, diz:

- Se vire, Ruggero Pasquarelli. Mas esteja na minha casa hoje a noite ou eu juro que acabo com a sua vida e da sua preciosa Sevilla!

- Aproxime-se da Karol e será uma mulher morta.

Mas ela já desligou. Lino me encara com aquele olhar de "eu te avisei". Sim, ele me avisou na época, há dois anos, mas claro, eu tinha que pensar com a cabeça de baixo. Começo a puxar meus cabelos, tentando encontrar a solução.

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora