Sabe você não é muito boa em fingir que não me quer e teus lábios são labirintos que atraem os meus instintos mais sacanas. Imagina só nós dois hoje à noite, eu beijando o seu pescoço, mordendo a sua orelha, enquanto você me beija e sente meu corpo...
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Tiro um cochilo à tarde no sofá e acordo me sentindo outra pessoa. Nada que um cochilo no sofa não resolva, não é mesmo?! Já havia feito o meu papel mais ridiculo da história, chorando nos braços do Estúpido pasquarelli, "almoçado" com o imbecil do Henrique, (embora eu não tenha comido nada) calada, ouvindo todas as baboseiras que ele tinha a me dizer sem reagir, e tinha finalmente libertado meu estado de torpor ao dar um tapa na fuça dele. Depois de bater nele e cochilar no sofá, me sinto uma nova mulher.
Passou! Nada de chorar agora! Nada de agarrar chefes estúpidos em uma crise de pena de mim mesma, nada de dar chances para o "ex idiota" falar sem parar na minha cabeça. Só não posso prometer dessa nova "eu", que não serei mais motivo de piada, porque isso raramente é proposital. É simplesmente meu destino. Meu estômago ronca, me lembrando que ainda não comi nada. Vou até a cozinha e então avisto o micro-ondas, e nele as horas. Já são 17h30. Eu tenho meia hora para chegar ao aeroporto. Por que, Senhor? Nunca dará tempo! Tomo um banho de gato, mas lavo "direitinho" os lugares importantes, só para constar.
Visto uma calça jeans, a primeira blusa que encontro, penteio meu cabelo molhado, prende-o em um coque e jogo meu casaco por cima. Ainda bem que já tinha separado meus documentos e feito a mala um dia antes. Pego minha bolsinha querida, minha mala e desço correndo pelo elevador. Uma olhadinha no relógio me diz que eu tenho dez minutos para chegar ao aeroporto. Até eu esperar o ônibus, ou mesmo que pegue um taxi, levarei uns vinte e cinco minutos. Sebastian vai me matar! Assim que saio do prédio, um taxi buzina para mim. Olho para dentro dele e lá está Ruggero Pasquarelli, malditamente lindo com uma blusa social azul escura. Merda! Quando eu comecei a reparar se Ruggero está bonito ou não? Aliás, ele sempre está lindo eu nunca me importei com isso. Não é porque eu senti os músculos da barriga dele pela blusa que vou começar a reparar no cara, não é?! Ele abre a porta e eu corro em direção ao carro. O taxista já está pegando minha mala para colocar no porta-malas, então eu entro e me jogo no banco.
- Você está atrasada.
- E eu achei que te encontraria no aeroporto.
- Ainda bem que fiz o que eu queria e não te dei ouvidos, não é karla? Ou que horas você chegaria saindo de casa a essa hora? - Nem faço questão de corrigir meu nome. Eu estou errada! Ele olha para o taxista guardando a minha mala e comenta
- Você vai mesmo viajar com essa mala velha? - Ele vai mesmo começar a me irritar desde o taxi?
- No meu contrato de trabalho não fala o estado em que meus objetos pessoais devem estar na sua presença e se quiser que eu ande com uma mala melhor, aumente o meu salário. - Ele sorri.
- Vejo que está de volta.
- De volta de onde? - Ele dá de ombros. Meu estômago ronca e ele pega uma sacola e joga no meu colo.
- Ainda bem que eu trouxe isso. - Abro a sacola e encontro um hambúrguer, fritas e uma caixinha de suco. Agradeço aos céus para não ter que agradecê-lo e começo a comer como a esfomeada que sou nesse momento. Quando está acabando, ele enfia a mão no meu bolso e de lá, tira um papel. Lembro-me que é o papel que o Henrique havia enfiado ali. Ele lê e meneia a cabeça.