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Karol

Não sei mais o que está havendo

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Não sei mais o que está havendo. Ainda sinto o pau do Ruggero no meio das minhas pernas cada vez que me movo. Ele não pegou leve, estava mais intenso que o normal, com raiva até, mais apaixonado. Paro quando penso nessa palavra, apaixonado. Será possível? Não, claro que não! Só posso estar louca! Encontro de novo com Juliana, que está com uma cara de tédio, então a arrasto para um canto, para beber comigo.

- Essa batida está ótima.- comento. 

Ela apenas concorda com a cabeça, depois me puxa para o lado de fora, onde há um jardim enfeitado com luzes e as flores mais lindas que já vi. Há poucas pessoas do lado de fora, então encostamos ao balaústre da pequena varanda. 

- Então, o que há entre você e Ruggero Pasquarelli? - Engasgo assim que ela diz o nome dele. 

Merda! Preciso parar de engasgar cada vez que alguém fala de Ruggero comigo.

 - Nada. 

- Não parece. Ele não tirou os olhos de você a noite toda. Precisava ver a cara dele quando você estava dançando com Gastón Vietto, Lucas e eu chegamos a apostar se ele iria até a pista tirá-la dos braços dele.

 - Bobagem, Ruggero é incapaz de se sentir assim por uma mulher só. 

- Não acho que esse seja o caso. Acredite, sou mais velha que você e mais experiente. Reconheço um homem apaixonado quando vejo um, e Ruggero está totalmente apaixonado por você. 

Engasgo de novo e não digo nada. Não quero pensar sobre isso, não posso pensar sobre isso. Ela parece perceber meu desconforto, pois começa a falar da filha. 

- Você quer ter filhos, Karol?

 - Acho que não, nunca pensei nisso, mas acho que não daria conta de cuidar de mais alguém que não seja eu mesma. Na verdade, eu mal cuido de mim. - Lanço um sorriso sem graça para ela. 

- É uma pena, um filho seu e de Ruggero seria a coisa mais linda desse mundo! - Engasgo de novo e ela bate nas minhas costas.

 - Beba mais devagar se vai ficar engasgando tanto, Karol. 

De repente Sebastian aparece, ele vem em nossa direção e percebo que está transtornado. Sei que aconteceu alguma coisa. 

- Olá Juliana. Karol, estou indo embora. Se quiser ficar, pode me ligar quando quiser ir embora e eu venho buscá-la. - Ele parece realmente preocupado, e triste até.

 - Não, eu vou com você! 

Nos despedimos de Juliana que faz um gesto para que eu ligue para ela depois. Vamos em silêncio até o carro. Ele não diz nada durante o caminho de volta, mas de vez em quando bate no volante, e sei que está nervoso.

 - Quer me dizer o que aconteceu?

 - Não. Só quero extravasar a tensão que estou sentindo.

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora