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Karol

Dormi bem a noite porque a bebida sempre me dá um pouco de sono

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Dormi bem a noite porque a bebida sempre me dá um pouco de sono. Ao acordar, tenho três mensagens do Gastón; eu queria realmente sentir alguma coisa por ele, mas não consigo. Sonhei com Ruggero à noite, que ele me deixava e eu ficava arrasada. Eu não posso correr o risco de me apaixonar de novo, não estou pronta para isso! Por que me incomoda tanto o que ele faz? Pior que isso, doeu vê-lo com outra. E não deveria ser assim. 

Chego a pensar que ele fez isso de propósito, porque eu sai com o Gastón e ele quis vingar-se. Mas eu não dei para o Gastón, e mesmo se tivesse dado, acho que não ele se importaria tanto quanto eu me importo com a atitude dele. Sei que não tenho o direito de me sentir como estou me sentindo, nós não temos nada, conversamos sobre isso ontem mesmo, mas ele não precisava esfregar isso na minha cara tão rápido. 

Nem tenho como fazer a higiene nesse quarto novo, pois todas as minhas coisas estão no quarto do Ruggero. Pelo menos hoje não temos que ir à empresa, é o dia do tão esperado coquetel, e só preciso pegar minhas coisas e sair de fininho sem que Ruggero perceba. Depois vou desligar meu celular e ele não vai saber onde estou até a hora do coquetel. Não preciso vê-lo hoje. Não saberei como agir perto dele, tampouco posso demonstrar raiva, ou ele saberá que sinto alguma coisa. 

Preciso agir como se fosse a coisa mais natural do mundo tê-lo visto comendo outra. Me enrolo no roupão e me certifico de que não há ninguém no corredor, estou no décimo oitavo andar. Resolvo não ir de elevador, para não correr o risco de encontrar alguém. Ontem sai por aí com esse roupão porque estava desesperada. Agora que estou pensando direito e não há a menor chance de fazer isso novamente! Subo as escadas até o vigésimo terceiro andar. 

Meu coração acelera. quando me aproximo do quarto, e preciso me recompor por um momento antes de entrar. Quando abro a porta, tudo está escuro. Vou até a cortina na enorme janela e a abro, e então ouço o resmungo de Ruggero. Ele está jogado no sofá, com o cabelo mais emaranhado que o normal, os olhos inchados e um monte de comprimidos estão ao seu lado na mesinha de centro. 

- Que merda é essa? - ele resmunga.

 - Foi mal. - digo, mas não fecho a cortina.

 Vou até o quarto pegar minhas coisas. Quando estou juntando tudo, ele aparece cambaleando na porta.

- Eu preciso falar com você. 

- Pode falar.

 - Sobre o que aconteceu ontem. Eu não queria ter feito aquilo, eu bebi demais! Ela veio me trazer em casa porque eu não podia dirigir e acabou acontecendo. Eu juro que não tinha a intenção de magoar você...

 - Você não me magoou, Ruggero! Nós não temos nada, lembra? Você sai com quem você quiser, é um direito seu. - Ele me olha por um tempo, depois completa.

 - Por que está chegando agora? Onde você passou a noite? - Continuo juntando minhas coisas e não respondo. - Karol, onde você passou a noite? Para onde foi quando saiu daqui? 

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora