Sabe você não é muito boa em fingir que não me quer e teus lábios são labirintos que atraem os meus instintos mais sacanas. Imagina só nós dois hoje à noite, eu beijando o seu pescoço, mordendo a sua orelha, enquanto você me beija e sente meu corpo...
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Ruggero fica como um bobo quando ouve o coração do bebê. Ele aperta minha mão e posso ver como está maravilhado. Percebo nesse momento que não poderia ter escolhido um pai melhor. Quando saímos do consultório ele quer comprar tudo de bebê que vê pela frente, e eu preciso lembrá-lo a todo momento que não sabemos o sexo da criança.
O tempo todo ele me beija e me agradece, e finjo que esqueci da regra número um, pois também não sei como agradecê-lo por isso.
Chegamos em casa com as mãos cheias de sacolas e coisas que não consegui impedi-lo de comprar, e assim que vejo a cabrita esticada no sofá como se a casa fosse dela, a regra número um volta com tudo.
Ao chegarmos, ela se aproxima, e assim que vê o urso enorme nos meus braços e as bolsas de bebê nos braços de Ruggero, estaca.
- Por que compraram tudo isso? Vão a algum chá de bebê?
Ruggero não contou a ela. Presto bastante atenção na expressão dela quando ele abre um sorriso enorme e diz todo orgulhoso:
- Não, é para o nosso filho. Não sabemos se é menino ou menina, mas as coisas que compramos dá para usar nos dois sexos. - Ele tira um macacão da sacola e mostra a ela. - Olha que lindo!
Ela está em choque! Está com os olhos arregalados enquanto Ruggero fala animado sobre o bebê. Sinto pena dela, por seu plano de amarrar o Ruggero ter ido por água abaixo.
Mentira! Não sinto não, quero muito rir. Mas sei que é feio rir da tristeza do outro, mesmo que esse "outro" seja uma mocreia que quer roubar meu noivo.
Digo a Ruggero que estou cansada e subo para o nosso quarto. Reparou que o deixei sozinho com ela? Pois é, tomara que ele fale do bebê por horas, como está fazendo desde que saímos da clínica, e que ela entenda de um vez por todas que perdeu.
Ainda bem que o tal desfile está chegando, não aguento mais essa mulherzinha em casa. Ruggero ainda está falando do bebê quando vamos nos deitar. Fico olhando para ele e rindo como uma boba, é notável sua felicidade.
Eu o vi ligar para o Agustín pelo menos três vezes para falar do filho. Decidi que se for uma menina terá o nome da mãe dele. E se for um menino, ele escolhe o nome, desde que não venha com essa de Ruggero Júnior, isso nunca!
Ele para de falar de repente e noto que está olhando meu decote. Mexo-me, como que espreguiçando para mostrar mais dos seios e o vejo engolir em seco.
Vou ser sincera, esse negócio de regra número um está acabando comigo. Acho que estou sendo mais afetada do que ele. Estou subindo pelas paredes, ficando desesperada e muitas vezes quase o agarro enquanto ele dorme.
Eu o amo muito, mas é tão dificil essa coisa de relacionamentos, de confiar em uma pessoa mesmo depois que ela te machuca! Porque todo mundo que você ama vai te machucar em algum momento, e você precisa ser a pessoa que vai saber amar apesar disso, ou então será a pessoa que irá perder um amor por não saber superar.
