25

546 47 17
                                    

Ruggero

Fui um estúpido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fui um estúpido. Tive medo de assustá-la quando revelei que estava com ciúme. Eu estava mesmo, ainda estou. Irrita-me que ele pense que tem o direito de procurar por ela depois de tudo o que fez, e me irrita que ela demonstre algum interesse nele. Quando vi as flores que ele havia mandado, perdi o controle. O que não preciso agora é que eles façam as pazes e ela não queira mais dormir comigo. Não permitirei que isso aconteça! E esse é o motivo do meu ciúme, não quero que ela deixe de dormir comigo.

 Nada mais que isso. 

Não há sentimentos envolvidos, apenas posse. Eu a desejo como nunca desejei ninguém. Achei que transaria com ela uma vez e esse desejo louco acabaria, mas só fez aumentar. Quanto mais a tenho, mais a quero. E sei que isso tem um prazo de validade, até o fim da semana, mas não importa. Eu a quero até lá. Quero aproveitar cada noite com ela; ainda irei convencê-la a transar na minha sala, e assim poderei aproveitar cada dia ao seu lado. Quando voltamos ao hotel, meu celular toca. Dessa vez atendo antes que Karol apareça. 

Tenho medo que seja alguém com quem não quero que ela fale, mas é Lino. Ele pergunta como estou, como estão os negócios, e fica contente quando digo que Jorge já está garantido, e possivelmente Lucas também Então ele finalmente toca no assunto pelo qual sei que ele ligou: Karol. 

- Você está transando com ela. - Ele não pergunta, afirma. Resolvo não desmentir. - Eu sabia que isso ia acontecer. Desde quando você a seguiu como um lunático, eu sabia que tinha mais nisso! 

- Lino, se vai me falar das normas da empresa, que funcionários não podem se envolver, isso não é exatamente um envolvimento. E eu já transei com muitas mulheres da empresa e ninguém nunca se importou com isso! 

- Você nunca pôs fotos delas no seu Instagram, mas não vou falar isso. Estou pouco me lixando para as normas da empresa, isso é coisa do Agustín. Só queria dizer que sei que está comendo a senhorita Sevilla. Cara! Como ela é gostosa! Eu até salvei a foto dela vestida de dominatrix; ela se vestiu assim para você? - A raiva enfim começa a me tomar. 

- Não é da sua conta e apague a foto dela! Não quero você olhando para ela seminua. - Ele começa a rir.

- Você seguiu a mulher antes de comê-la e agora está todo possessivo! Acho que meu melhor amigo foi fisgado. Que pena, vou ter que marcar com as indianas só para mim... 

- Idiota! 

-Tonto apaixonado!

- Não estou apaixonado! - olho para o lado e vejo Karol entrar no quarto ao telefone. 

Isso acaba com minha paz, ela está ao telefone, será que é o ex? Ou a amiga com notícias do ex? Despeço-me de Lino e vou para o quarto e ouço apenas o fim da conversa.

 - Não, eu não vou te visitar e não precisa fazer essa cena. Ótimo! Quem está falida sou eu, isso não é da sua conta! Também te amo, tchau. 

Fico confuso. Quando a ouvi brigando achei que era o ex, mas ela disse "eu te amo" no final. Será que fez as pazes com ele? Não quero dar uma de homem enxerido, mas que se dane, preciso saber!

 - Quem era? - Ela parece espantada com a minha pergunta. 

- Sabe Ruggero, eu não fico me metendo na sua vida pessoal! 

- Porque não quer! Eu me meto na sua. Quem era ao telefone? 

- Minha mãe.

- Não seja mal criada! Diga-me quem era. Era seu ex? - Ela começa a rir. 

- Não, seu idiota. Era Carolina Sevilla, a minha mãe! - Percebo que ela está falando sério e vejo como estou realmente sendo um idiota. 

- Não sabia que tratava a sua mãe assim! 

- Você não viu nada. De vez em quando ela precisa de um puxão de orelha. - Ela suspira e percebo que há alguma coisa errada entre ela e a mãe. Lembro-me então de algo que ela me disse há algum tempo.

- Por que não gosta de ficar sozinha? Você disse que está bem porque tem sua amiga, que não conseguiria se estivesse sozinha. Por quê? 

- É uma história complicada. 

- Conte-me! 

- Não, vamos transar! Não precisamos contar nossos detalhes trágicos um para o outro. Eu não fico perguntando da sua vida.

- Mas eu já te contei sobre a minha mãe! A sua história não pode ser mais trágica que a minha. 

-Tudo bem! Você pediu. Minha mãe trocava de namorado como quem troca de roupa. Quando eu tinha quinze anos ela conheceu o Roberto. Ele era um cara estranho, eu falava isso para ela, mas ela nunca me deu ouvidos. Um dia, ela brigou com ele, o colocou para fora de casa e viajou com uma amiga, me deixando sozinha por uma semana. Nós morávamos afastadas, então não tínhamos vizinhos. No último dia antes do dia previsto para ela voltar, Roberto apareceu lá em casa. Eu disse para ele que ela não estava... -  Ela para de falar e eu sinto meu peito apertar só de imaginar o que pode ter acontecido. - Ele estava bêbado.. - Vejo uma lágrima rolar por seu rosto e a puxo para meus braços.

 - Tudo bem Karol, não precisa dizer mais nada! 

- Não, eu vou dizer senão você vai pensar o pior. Ele disse que não estava ali pela minha mãe, então veio para cima de mim Eu comecei a gritar, mas sabia que ninguém ia me ouvir, então deixei que ele tirasse minha roupa, consegui alcançar um canivete que estava na mesa, perto de onde estávamos, e quando ele ia tirar minha calcinha, eu cortei seu rosto. Saí debaixo dele e tentei correr, mas ele me segurou pelo pé e me bateu no rosto. Eu segurei sua mão e o mordi até sair sangue. Ele ficou furioso, veio para cima de mim de novo, mas nessa hora minha mãe chegou. Ela resolveu voltar um dia mais cedo da viagem porque ficou sem dinheiro; ela chamou a polícia, mas ele conseguiu fugir. A partir disso eu nunca mais consegui ficar sozinha! Quando fui para a faculdade conheci a Valu, então sai de casa e fui morar com ela. 

Preciso de um momento para assimilar tudo o que ela me disse. Saber que alguém tenha feito tanto mal a ela me dá muita raiva. Se eu descobrisse quem fez isso, faria questão de torturá-lo por várias horas, minuto a minuto. Abraço a ainda mais forte! 

- Então imagino que sua relação com a sua mãe não seja muito boa.

 - Não pense mal de mim, eu a amo. Mas acho que como mãe ela deveria ter mais responsabilidade. 

Quero acabar com essa tensão, quero que ela saiba que estou aqui por ela, quero que ela se sinta protegida ao meu lado. Eu a puxo para que se sente em meu colo e a beijo, delicadamente. 

- Eu não te julgo. Estou aqui agora e nada vai te acontecer. Você não precisa mais ficar sozinha! E não precisa sair por ai esfaqueando os outros, nem atirando coisas! - Ela sorri. 

Eu adoro o sorriso dela, a sua fragilidade... Eu a adoro mais do que deveria! E quero que ela saiba disso, então a beijo, beijo com tudo o que posso oferecer para que ela saiba. E ela entende, porque tira minha blusa bem devagar e sussurra no meu ouvido que eu a cale e faça amor com ela.

 É o que mais quero fazer. 


Tia Helo está de volta!! Desculpa a demora para postar juro que vou tomar vergonha na cara e postar com mais frequência. 

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora