Ruggero
A porra do despertador está tocando há cinco minutos e meus pensamentos confusos já começam a repetir esse barulhinho irritante. Hora de levantar. Depois de tomar um banho, olho minha geladeira, vazia como sempre. Não sei nem mesmo porque tenho uma geladeira, minhas bebidas só ficam no bar e eu nunca tenho comida em casa, coisa que minha mãe acharia um absurdo se estivesse viva. Se bem que, se minha mãe estivesse viva eu nunca teria saído da Inglaterra, para começar. Paro para tomar um café na cafeteria da esquina de onde trabalho.
Dessa vez não vou correr o risco de subir com o café para o meu andar e a louca da Sevilla derrubá-lo em mim. Sento-me numa mesa e ouço risos. Quer saber uma coisa que sempre desperta minha atenção? Risos femininos. Nada melhor que uma mulher bem humorada. Viro-me para ver quem é e seguro um palavrão: lá está ela, o perigo ambulante, a razão do pesadelo que tive a noite. Karol Sevilla! Quer dizer... acho que o nome dela é esse, só me lembro do sobrenome dela.
Tento me esconder e até penso em sair de fininho. Onde eu estava com a cabeça quando contratei essa mulher? Ela me pareceu desesperada quando estava falando com o Agustín, eu realmente preciso de uma secretária para a viagem, mas por que tinha que bancar o bonzinho e dar o cargo a ela? Ela estava certa quando disse que eu deveria levar um dos meus casos. Seria a coisa certa a se fazer! Depois de cada reunião exaustiva eu teria um bom sexo a noite para relaxar. Mas, viajando com aquela bruaca, mal humorada, só me restaria papéis estragados, más respostas e noites solitárias desacompanhado no Hotel Quatro Estações, o hotel da minha rede onde sempre fico.
Droga! Olho para ela novamente, e percebo que há algo errado com essa mulher. Eu a vi sem camisa ontem, quando ela derramou café em mim, e... uau! Ela tem um corpo que eu nunca imaginaria por baixo daquelas blusas largas e daqueles saiões. A cintura dela é fina e os seios fartos, o tipo de mulher que eu pegaria facilmente. Mas, depois que ela vestiu a blusa de novo, meu desejo por ela brochou. Não sei que grau de miopia alguém precisa ter para usar óculos tão grandes, e nem o quanto um cabelo pode ser ruim a ponto de precisar ficar sempre naquele coque apertado. Mas o cabelo dela, pelo menos olhando de longe, parece ser tão macio! É loiro e lustroso, ela não deve ser tão descuidada assim.
Me dou um tapa para sair do transe. Por que diabos eu estou preocupado com o cabelo dessa Sevilla? Saio da cafeteria sem nem mesmo terminar meu café. Já sei do que preciso. Preciso de uma boa noite de sexo, é esse o meu problema: falta de sexo. Já faz dois dias que vi a Alessandra, só pode ser isso! Como a Alessandra não está indo trabalhar, preciso de uma substituta. Lembro me então da Lucélia , do RH. Entro na empresa e vou direto para o terceiro andar e paro no RH, de longe vejo Lucélia com seu sorriso metálico para mim. Ela é bem bonitinha, cabelo curto, marrom e olhos da mesma cor do cabelo. O aparelho nos dentes dá um charme para ela. Não que eu vá deixar ela por meu pau na boca com aquele negócio metálico, mas no resto ela é boazinha. Depois de dois minutos de papo, já tenho um encontro marcado para depois do trabalho.
Pronto, resolverei minhas tensões essa noite. Quando viro para ir para o meu andar, dou de cara com um convite de casamento. O convite branco com letras douradas convida para o casamento de Karol e Henrique ocorrerá daqui a duas semanas. Que porra é essa? Daqui a duas semanas a louca estará numa viagem comigo! Como ela aceita uma viagem a negócios se vai se casar?! A não ser, que não haverá mais casamento. Isso explicaria porque ela estava tão desesperada para manter o emprego. Depois de chegar à minha sala, ligo para o Agustín que confirma minhas suspeitas.
A senhorita Sevilla negou uma proposta feita por ele, porque iria se casar. Mas, depois ela pediu o emprego de volta. Então não iria mais se casar. Será que teria adiado o casamento ou cancelado de vez? Bem, mal humorada do jeito que aquela mulherzinha é, aposto que o cara caiu fora antes que fosse tarde demais. Abro um sorriso com essa explicação quando alguém bate à minha porta. A senhorita Sevilla entra com uma blusa verde lodo, os enormes óculos, uma trança mal feita puxando seu cabelo para trás e uma saia social enorme (vai quase até o pé). O lado bom dessa saia horrorosa que ela está usando, é que é colada ao corpo e posso ver claramente os contornos do quadril e das pernas dela.
Que corpo essa mulher tem! Deu-me até uma curiosidade de ver essa mulher nua. Dou-me outro tapa e saio do meu devaneio. Essa noite Ruggero, essa noite você vai acabar com esses problemas de tesão acumulado. Sorrio para ela e a convido a sentar-se. Olho o relógio; ela está três minutos adiantada e sua roupa parece limpa.
- Vejo que não fez nenhuma vítima hoje, senhorita Sevilla. - Ela faz uma careta antes de responder.
- Ainda não. - Ora! Ela tem senso de humor. Isso sim é uma novidade. - Vamos direto ao assunto então. Como eu disse ontem, vou fazer uma viagem a negócios na semana que vem e preciso de uma secretária para acompanhar-me. Você já conhece tudo sobre o andamento dos negócios da empresa, só precisa conhecer o projeto que estou indo conseguir no Rio. Isso eu posso te mostrar hoje mesmo em uma reunião que teremos daqui a pouco, da qual você vai participar para ficar por dentro de tudo.- Ela assente. - Tudo bem para você viajar na semana que vem?
- Sim - Vamos ficar fora por duas semanas. - Ok. - A curiosidade finalmente me vence. - Sabe que hoje dei uma passada no RH e adivinha o que encontrei lá?
- A Lucélia, é claro. - Olho para ela espantado. - Ah, qual é?! Todo mundo sabe do seu caso com a Lucélia. - Dou um sorriso.
- Mesmo? Eu nunca quis que fosse segredo. Mas não foi isso que encontrei lá. Bom, a Lucélia também. Vamos fazer um bom sexo hoje. - Ela fica vermelha no mesmo instante.
- Poupe-me dos detalhes sórdidos da sua vida, senhor Pasquarelli. - fala irritada..
- Eu só acho que você se divertiria muito com os detalhes sórdidos da minha vida.
- Eu duvido. - Sim, ela é bem atrevida. Eu gosto disso numa mulher. Droga! Estou pensando nela como uma mulher de novo. Preciso mesmo me encontrar com a Lucélia. - Mas o que eu encontrei no mural do RH foi um certo convite de casamento. - Pronto, foi só eu falar a palavra casamento e ela se sentou ereta na cadeira e pude sentir sua tensão, vindo em minha direção.
- Esqueci de tirar.
- E o que vai acontecer com seu casamento se você vai viajar?
- Não haverá mais casamento. Não se preocupe senhor Pasquarelli, estou livre para essa viagem.
Então ela realmente cancelou o casamento, não apenas adiou. Sei que não é da minha conta posso pensar em mil e um motivos diferentes para o cara ter pulado fora, mas fico curioso assim mesmo. Contenho-me para não perguntar o motivo. Não quero que ela abra seu coração partido. Deus me livre me tornar o amiguinho dessa mulher.
- Ótimo. Pegue esses papéis, você tem até as onze para lê-los. Encontre me às onze em ponto na sala de reuniões do décimo primeiro andar.
- Sim senhor. - Ela pega os papéis da minha mão e, quando se vira para sair posso reparar a bunda dela com aquela saia colada. E que bunda! Bela comissão de frente e bela comissão de trás. A trança longa quase alcança sua bunda e percebo que seu cabelo loiro é comprido. Um mistério.
Karol Sevilla é um mistério para mim.
Vou deixar algo claro aqui, é uma adaptação então vai ocorrer erros sim até porque minha astigmatismo não ajuda muito, então relevem.

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Cretino irresistível
FanfictionSabe você não é muito boa em fingir que não me quer e teus lábios são labirintos que atraem os meus instintos mais sacanas. Imagina só nós dois hoje à noite, eu beijando o seu pescoço, mordendo a sua orelha, enquanto você me beija e sente meu corpo...