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Karol

Chego em casa preocupada, recebi uma mensagem no mínimo estranha do Ruggero

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Chego em casa preocupada, recebi uma mensagem no mínimo estranha do Ruggero. Ele disse que precisa muito conversar comigo. Liguei para ele, e embora tenha brincado e feito suas piadas infames, pude sentir que algo o incomoda, e não é uma coisa fácil de dizer.

Penso que deve ser novamente sobre o assunto casamento. Me Jogo no sofá e analiso minha situação. Não sou só eu; há uma vida bem aqui dentro de mim que devo levar em conta ainda mais do que a minha própria.

E talvez, Ruggero esteja certo. Talvez, eu esteja sendo paranoica em negar ao menos tentar ter uma família com ele. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar; Ruggero não é o Henrique.

E eu o amo.

Não há razão para vivermos separados. Sorrio como uma boba e coloco em minha mala apenas as coisas mais necessárias: umas roupas de trabalho, sapatos, alguns livros e claro, as quinze fantasias. Só experimentamos uma, há mais quatorze que precisam de atenção. Com esse pensamento saio feliz e quase saltitante do meu pobre apartamento em direção à mansão de Ruggero.

Farei uma surpresa para ele essa noite. Provarei para ele que o escolhi; independente do que aconteça, quero ficar com ele. Espero por um taxi quando alguém segura meu braço, no mesmo instante, uma voz diz:

- Não precisa gritar, sou eu. - Então começo a gritar ao ouvir a voz de Henrique.

- Karol! - Paro de gritar quando ele tenta tapar minha boca. Ok! Quero essas mãos pequenas longe de qualquer parte do meu corpo.

- O que é que você quer? Já vou avisando que ainda estou na fase do vômito. - Ele automaticamente dá um passo para trás.

- Eu só queria te contar uma coisa, sobre o seu precioso Pasquarelli.- Antes que eu possa sequer perguntar o que é, duas mãos enormes seguram Henrique que arregala os olhos.

- Eu falei pra você não se aproximar dela! - Henrique me olha suplicando, mas estou ocupada, me envergonhando por ter chutado as bolas do homem que agora está ali me defendendo.

- Olá Montanha.

- Olá, senhorita Sevilla.

- Me desculpa por ontem. - Ele abre um sorriso.

- Não se preocupe, o senhor Di nuzzo me avisou que a senhorita era assustadora.

- Ei! Eu não sou assustadora! Só estava me defendendo! - Ele sorri mais ainda e pergunta.

- O que eu faço com o elemento?

- Ah, sei lá, faça o que sentir vontade.

Henrique arregala os olhos e começa a gritar meu nome e o de Ruggero  mas o táxi aparece e nem o escuto, até o momento em que ele grita.

- Ele tem uma noiva! Ruggero Pasquarelli tem uma noiva. - Paro na porta do carro e olho para ele com um sorriso.

- Claro que tem Conta outra. - digo mostrando a enorme aliança no meu dedo.

Então entro no carro. A casa de Ruggero é ainda maior do que eu me lembrava. Tiro nervosa da bolsa a chave que ele me deu. Ainda não acredito que estou mesmo fazendo isso, indo morar com ele. Estou louca, só pode. Tudo culpa dele e do efeito que ele causa em mim.

Olho os móveis chiques, a casa enorme e tão bonita e penso que minha mãe ficaria no céu se conhecesse essa casa, ela me parabenizaria o resto da vida por ter engravidado do Ruggero. Como se eu tivesse feito um excelente investimento.

Nunca entenderia que eu não queria de jeito nenhum estar grávida. Que não tenho como cuidar de uma criança. Que não quero ser uma mãe como ela. Pensar nisso me faz lembrar que devo contar a ela sobre a gravidez. Deixo os assuntos difíceis para outro momento e entro na sala de estar, quando um vulto pula na minha frente. Meu susto dura dois segundos até perceber a criatura loira, magra e com enormes olhos  castanhos me encarando.

- Quem é você? - pergunto já jogando a mala no chão.

Senhor, por que tem uma mulher na casa de Ruggero? Que não seja o que estou pensando ou vou arrancar o pau dele fora!

- Sou Sabrina, a noiva de Ruggero  - Olho bem para a cara dela, aquela cara magrela e agora totalmente sem sal e começo a rir.

- Noiva? Você? - Ela me encara sem entender, parecendo ultrajada com minha reação. Então estendo a mão com a enorme aliança dourada para ela. - Acho que está enganada, querida, eu sou a noiva do Ruggero.

Ela abre um sorriso afetado e estende a mão magrela na minha direção, onde um anel prateado brilha. Nem espero ela dizer nada, arranco o anel do seu dedo e lá está: o nome do maldito escrito elegantemente. Por um momento, quero ser criança e gritar que a aliança que está na mão dele é a que conta, e que essa, tem meu nome.

Mas estou em choque. Isso tem que ser uma maldita piada. Uma brincadeira sem graça de Ruggero, só pode ser isso! Ele não está me traindo, não pode ser! Um barulho na porta me traz de volta e ouço a voz de Ruggero.

- Sabrina, o que está... - Ele corre até mim e me segura pelos ombros. - Karol, amor, você está bem? Karol, fala comigo.

Eu o olho, quero chorar, mas não vou fazer isso. Não na frente dele. Espero que ele explique. Ele entende o que quero que ele faça, como sempre, pois segura minha mão e começa a explicar bem devagar, como se eu fosse uma criança com dificuldade para entender.

- Amor, eu posso explicar. Não é tão ruim quanto parece.

- Não tenta me enrolar, Ruggero. Essa mocreia magricela é sua noiva?

Ele responde "não" ao passo que ela responde "sim".

-Que brincadeira é essa? - Ele abre a boca para falar, mas a mulherzinha se adianta.

- Somos noivos há dois anos. - Espero que Ruggero a desminta, mas ele está olhando para minha mala.

- Você veio morar comigo? - Pergunta emocionado.

- Você ouviu o que ela disse?

- Ouvi. E posso explicar. - Afasto-me dele imediatamente. - Como pode explicar? Isso é verdade?

- Não. É. Não é bem assim.

- Não preciso ouvir mais nada.

Saio batendo o pé e entro no primeiro lugar que vejo, o Porshe 911 de Ruggero. As lágrimas ameaçam sair, mas não vou fazer isso na frente deles. De jeito nenhum. Estou com tanta raiva que tremo e custo a conseguir ligar o carro.

Quando finalmente o motor ganha vida, avisto Ruggero chamando meu nome e a magricela, Cabrita, com a mão no braço dele, como que pedindo para que ele não vá atrás de mim

- Experimenta não vir atrás de mim, Ruggero. - sussurro e sei como extravasar a minha raiva.

Acelero o carro diretamente na porta fechada da garagem. Ouço o grito dele, o grito dela e o barulho do carro amassando.

Pronto! Estou me sentindo melhor agora. Dou a ré com o carro e acelero para longe desse traidor e sua Cabrita ambulante.

EITAAA PEGA FOGO CABARÉ....

AMANHÃ É ANIVERSÁRIO DA NOSSA BEBÊ, MEU DEUS 22 ANOS CARA.

Gente se vocês lembrarem o nome do pai da Sabrina que acho que coloquei no capítulo anterior me fala, por favor estou muito ocupada e bem cansada e não tenho tempo para vê.

Agradeço de coração!

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora