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Karol

A manhã está uma verdadeira merda

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A manhã está uma verdadeira merda. Estou vomitando a cada cinco minutos, e ficando com fome de novo. Para piorar, na terceira vez que corri para o banheiro, escorreguei no piso molhado e molhei toda a minha roupa. Justo no dia em que estou usando uma blusa social branca!

O idiota do meu chefe vai me matar se me vir com a blusa nesse estado. Jogo meu casaco por cima, apesar do calor infernal de Belo Horizonte e quando Leonardo sai de sua sala, me olha como se eu fosse louca.

- Senhorita Sevilla, estarei na sala de conferências com os acionistas. Transfira todas as ligações para lá.

- Sim senhor.

Ele ainda me encara por um tempo e sai batendo o pé. É a minha chance. Corro para sua sala e vou até seu banheiro privado. Tiro a blusa tento limpá la. Claro que não faria isso no banheiro da empresa, onde qualquer uma poderia me ver. Estou ficando mais esperta depois de pagar tantos micos.

Parabenizo-me internamente pela excelente ideia, quando telefone começa a tocar. Corro até a mesa e a identificar um dos acionistas da empresa, faço a conferência para a sala onde o "mala" se encontra. Corro para o banheiro de novo, e o telefone toca.

- Merda! - grito e corro de volta para repetir o processo.

Isso se repete por cinco vezes seguidas. Quando finalmente para de tocar, volto ao banheiro. Estou tonta e preciso vomitar de novo. Resmungo muito, porque eu nem comi nada desde a última sessão de descarrego do meu estômago, mas ele não se importa com isso. Parece que a mancha na blusa vai sair, sorrio satisfeita. Então o telefone toca de novo. Corro até ele e vejo o número, não é nenhum acionista.

- Acompanhantes Travecas, bom dia. - Ele engasga e começo a rir.

- Karol! Juro que já ia mandar a polícia aí agora mesmo para te resgatar!

- O que é isso, Ruggero? Eu nunca seria confundida com uma traveca. - digo rindo e ele ri também. - Por que está me ligando? Você sabe que não pode me ligar no meu horário de trabalho.

- Preciso saber uma coisa, é muito importante. - Fico apreensiva.

Raramente ele fala comigo nesse tom sério.

- Que calcinha está usando? - ele diz com sua voz de pervertido profissional.

- O quê? - Eu praticamente grito.

- Você ouviu amor, que calcinha está usando? Usando meu dom de pervertido, posso dizer que é a minha calcinha!

Não sei se rio ou se chamo a sua atenção por me atrapalhar em horário de trabalho por uma besteira dessas! Mas, Leonardo não está ali mesmo, que mal vai fazer brincar um pouco?

- Ah, senhor Pasquarelli! Não deveria dizer essas coisas. Imagina se alguém escuta que você usa calcinha? Estou exatamente com ela. - Ele engasga ao telefone. - E ela está bem apertadinha, por causa da gravidez.

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora