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Maratona 4/5

Karol

- Sua megera! - é tudo o que ele diz, mas sei que por dentro ele quer me matar

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- Sua megera! - é tudo o que ele diz, mas sei que por dentro ele quer me matar.

 Reparo que ele está branco e muito assustado. Tenho até um pouco de dó, mas passa muito rápido. Ele mereceu por ter me tratado da maneira que tratou, na verdade ele mereceu por tudo que me fez! Por me negar o que eu mais queria na noite passada e depois ficar jogando na minha cara o que tinha feito, como se tivesse feito um favor a uma desesperada.

 Quer dizer, eu estava desesperada, mas não pedi nada a ele. Tocou-me porque quis! Ele foi um babaca maior ainda por ficar me dando gelo por causa de uma joelhada leve que dei no saco dele. Mas ele também mereceu, quem sabe assim aprende a não ser tão estúpido?! O tempo parece não passar e o calor está me deixando louca. 

Sei que essas coisas de elevador demoram, e sem ter o que fazer e sem saber quanto tempo ficaremos aqui, me sento no chão e passo os braços em volta dos joelhos. Depois de algum tempo, vejo pela luz da lanterna do seu celular que ele se sentou também, do outro lado. Dessa distância eu não consigo ver o rosto dele

. - Então... - ele diz. 

- Então? - respondo. 

- Você não tem medo de ficar presa no elevador? 

- Não. - Ele dá uma risada.

 - Deveria ter medo de ficar presa aqui comigo.

 - É mesmo? Por quê? - Ele fica calado. Calado demais para o meu gosto. De repente um barulho ao meu lado me assusta e eu grito. 

 - Eu disse que você deveria ficar com medo. - ele fala e percebo que ele se sentou ao meu lado no chão.

 - Fala sério! Por que veio se sentar aqui? Volte para o outro lado! - reclamo ele passa o braço pelo meu ombro e me puxa para o peito dele. 

- Prefiro ficar aqui bem pertinho de você. Nós dois aqui, nesse escuro, sem ninguém por perto. - O cheiro dele invade meus sentidos e meu coração parece que vai sair pela boca! O calor dos braços dele à minha volta me aquece e tenho dificuldade de respirar presa àqueles braços. Percebo o que estou fazendo, me afasto rapidamente e o empurro. Ele começa a rir. - Eu disse que você ficaria com medo. Achou mesmo que eu faria alguma coisa com você? 

- Eu não confio em você. Quem sabe o que seria capaz de fazer contra a minha vontade? - Ele ri mais ainda. - Contra a sua vontade? Karol! Você não estava exatamente se queixando quando gozou na minha mão na noite passada. 

Ainda bem que está escuro e ele não pode ver a cor do meu rosto, que está pegando fogo! Eu fico calada. O que poderia dizer? Não dá para acertar um chute no saco dele nesse escuro que nos cerca.. Ele volta a falar.

- Eu não faria nada contra a sua vontade, você sabe bem disso. Não tomo o que não querem me dar. Mas estou louco para fazer quando você implorar por isso!

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora