Sabe você não é muito boa em fingir que não me quer e teus lábios são labirintos que atraem os meus instintos mais sacanas. Imagina só nós dois hoje à noite, eu beijando o seu pescoço, mordendo a sua orelha, enquanto você me beija e sente meu corpo...
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Ele foi insuportável me dando ordens que faziam parte do meu trabalho o dia inteiro. Teve uma hora que ele chegou a me pedir um relatório que eu sabia que não ia precisar, e depois que tive todo o trabalho de deixar prontinho, quando fui entregar, ele me disse que havia mudado de ideia e me mandou jogar o relatório no lixo.
Idiota! Mas depois que saímos do escritório, me surpreendeu com aquela caminhada na praia. E me surpreendeu mais ainda contando um pouco de sua vida, e isso foi uma merda. Saber que era pobre e que tudo o que conseguiu foi por mérito dele, o torna aos meus olhos, uma pessoa melhor. E eu já ando tendo pensamentos demais com Ruggero Pasquarelli, mesmo ele sendo cem por cento idiota.
Não preciso admirá-lo para piorar tudo! Assim que chegamos ao quarto, praticamente me jogo no sofá e tiro os sapatos. Meus pés estão me matando. Ele joga a pasta no sofá ao meu lado. A reunião havia sido ótima, com os resultados que ele queria, mas ele parece tenso. Eu não entendo qual motivo ele teria para não estar comemorando ainda. Será que está com medo por causa de Gastón Vietto? Ouvi dizer que ele é terrível, uma raposa velha, como Ruggero o chama.
Ruggero se joga ao lado da pasta no sofá e ordena:
- Me traz um Martini. - Gemo.
- Eu terei mesmo que me levantar?
- Agora! - ordena ele.
Pronto. O chefe admirável foi embora, e o irritante e folgado está de volta. Quando vou me levantar, vejo no relógio de pulso que já passa das oito horas da noite. Haviamos feito um trato quando aceitei a viagem, que estipulava um horário para o término dos meus serviços, a não ser no dia do tal coquetel. Então me sento de novo e fecho os olhos sorrindo. Mesmo sem abrir os olhos, eu posso sentir o olhar dele em mim;
- Qual o seu problema? Eu preciso repetir a ordem?
- Não. - Continuo de olhos fechados
- O que você está esperando? Precisa que eu desenhe para você o que eu quero?
Uau! De onde saiu tanto mau humor? Ele está mais de lua que mulher de TPM.
- Não. - respondo,e ele praticamente grita.
- Então?
- Eu não vou.
- O quê? Não precisa repetir, eu entendi. Quero saber por que você não vai? - Viro meu pulso para que ele possa ver meu relógio; ele me olha sem entender.
- São mais de oito horas, meu horário de trabalho é até as sete! - Ele solta um palavrão. Então, quando acho que vai me deixar em paz, ele joga uma nota de cinquenta em mim
-Toma. Hora extra. Agora prepara meu drinque. - Eu jogo a nota de volta nele. Por mais que precise de dinheiro, tenho meu orgulho.
- É mais fácil eu te pagar só para ter o prazer de te ver preparando seu próprio drinque. - Resmungando, ele se levanta e vai fazer o drinque. Eu me levanto também e gemo quando meus pés tocam o chão.