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Ruggero

A casa está pronta, as pessoas, escondidas

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A casa está pronta, as pessoas, escondidas. Não faço ideia de qual será a reação da Karol, e torço para que não esteja mau humor, e nem chegue em casa tirando a roupa, como tem feito nesses últimos dias.

De jeito nenhum quero o Lino e o Agustín vendo minha noiva nua.

Vou explicar o que está havendo. Mesmo depois de resolver a confusão com a Sabrina, e de sabermos que ela foi obrigada pelo pai a se casar com um velho milionário asqueroso para não perder sua adorada mesada, Karol ainda não quer se casar comigo.

Eu sei que ela me ama, sei que já deu um passo enorme vindo morar comigo, mas preciso que ela seja minha legalmente. Quero meu sobrenome no nome dela. Quero que ela seja apresentada sempre como a senhora Pasquarelli.

É tão errado querer isso?

O problema é que ela ainda não superou seu trauma pela palavra casamento. Do jeito que estamos, ela pode dar uma de louca e ir embora a qualquer momento, mas, se estivermos casados, sei que isso vai pesar caso ela pense em tomar uma atitude dessas.

Preciso ter essa certeza. Sim estou parecendo um maricas desesperado inseguro, mas porra, eu amo essa mulher, mais do que a mim mesmo, e não quero de maneira nenhuma correr qualquer risco de perdê-la. Não posso.

Preciso que ela seja minha. As pessoas escondidas pela casa, a música leve que está soando e a festa que preparei, não fazem parte de um pedido de casamento, mas sim, de um pedido de noivado.

Embora esteja com uma aliança no dedo, ela não me disse sim quando a aceitou. Disse que era uma aliança de compromisso. Lino me aconselhou a dar um passo de cada vez, deu certo para ele, tem que dar para mim também.

Então vou fazer isso. Vou pedi-la para ser minha noiva, e quando ela aceitar, pedi-la em casamento. Um maldito passo de cada vez.

Vejo pela janela o farol do carro dela encostar na entrada da casa. Todos
fazem silêncio, ela abre a porta e como eu previ, vai abrindo a blusa.

Imediatamente acendo a luz, todos gritam surpresa, ela arregala os olhos e fecha a blusa rapidamente, colocando os botões nas casinhas erradas.

Aproximo-me dela sorrindo e corrijo os botões. Por que tinha que chamar tanta gente? Seria muito mais fácil convencê-la na cama.

- O que é isso? - ela pergunta olhando as pessoas, desconfiada.

- Nossa festa de noivado.

- F-est-festa de noivado? -Seguro seus ombros e beijo sua testa e cada lado de seu rosto.

- Acalme-se, isso não é um pedido de casamento. É um pedido de noivado.

- Não entendi. O que essa aliança está fazendo no meu dedo?

- Lembra que quando a aceitou só o fez porque não era de noivado? Era
de compromisso?

A compreensão brilha em seus olhos e ela assente.

- Agora vou te dar a de noivado.

- Eu..eu...

- Calma. Não precisa dizer nada. Isso não é um pedido de casamento. - garanto.

- Você está me enrolando. Para que as pessoas ficam noivas se não para se casarem?

Todos começam a rir, mas estou calmo, mesmo aparentemente determinada a me dizer não. que ela esteja

- Eu quero me casar com você, nunca escondi isso, mas não estou te pedindo que seja agora. Estou te pedindo a garantia de que será um dia. Você entende?

A expressão dela muda totalmente, de desconfiada, para assente. Tiro as alianças novas do bolso e estendo a caixinha para ela.

Gilcelle se aproxima e tira a bolsa de seu ombro.

- Karol Sevilla, hoje convidei todos os nossos amigos e familiares, para serem testemunhas do que quero que você me prometa. Para que assim você não possa escapar. Eu te amo muito, desesperadamente. Você sabe disso, todo mundo sabe disso.

- Está na sua cara de bobo.-diz Lino e todos riem

- Eu sei, está mesmo, e merda, estou muito feliz por isso. Karol, você é minha vida. Não basta dizer que a amo, nem que preciso de você, nem que você é quem me faz rir e quem me faz ser melhor. Nem que você me deu o melhor presente do mundo.- digo tocando sua barriga enorme - Vou resumir isso tudo nessa frase, você é minha vida. Não posso ficar sem você. Não tem jeito. Não dá. Por favor, aceite meu não pedido de casamento. Aceite ser minha noiva.

Seus olhos agora escorrem lágrimas, ela coloca as mãos no rosto e por um momento fico tenso, acho que terei realmente que carregá-la para a cama e convencê-la do modo A LÁ KAROL, mas ela pula em meu pescoço e sussurra.

- Sim, eu aceito.

Quero beijá-la e fazer amor com ela. Quero arrastá-la agora mesmo para nosso quarto. Mas, antes que possa pensar em como mandar toda essa gente. que só serviu de testemunha embora, ela diz:

-Com uma condição.

-Merda.

-Não diga palavrão, Ruggero, não estrague o momento. - ralha Valu.

Olho para ela, a mulher que tem minha vida nas mãos e aguardo o que quer.que ela vá impor para aceitar ser minha. Sei que farei qualquer coisa.

- Só vamos nos casar depois que a Nath nascer, e estiver grandinha. - Faço uma careta, mas ela se explica. - Ruggero não dá tempo de arrumarmos tudo agora, ela vai nascer em dois meses e não vou me casar às pressas com a barriga desse tamanho. Vamos deixar que ela nasça e cresça um pouco para podermos viajar em lua de mel, com ela. Tudo bem para você?

Parece razoável com ela falando assim, mas por que tenho a sensação que é uma maneira de adiar o casamento?

- Karol, isso não é nenhum plano para não se casar comigo, não é?

- Não, juro que não. Eu o amo Ruggero, mais que tudo. Vou me casar
com você, só não agora.

Tudo bem, isso vai ter que servir por agora, mas não pretendo de jeito nenhum desistir de tê-la como esposa. E em breve, nada de depois que a bebê nascer. Ou no máximo assim que a bebê nascer.

-Tudo bem.

-Eu aceito. - Ela diz em alto e bom tom - Eu te amo, Ruggero estúpido Pasquarelli.

- Eu te amo mais ainda Karol Louca sevilla.

Ela sorri e me beija. E logo estamos sendo abraçados e nossos amigos nos parabenizam.

Rodo a festa ouvindo piadas de Lino e Agustín sobre como virei um capacho. Tenho o prazer de dizer bem alto que transo dez vezes mais que os dois juntos e eles calam a boca.

Procuro por minha noiva e a encontro em um canto, aparentemente tensa, perto da mãe. Vou até ela imediatamente, e ouço apenas o final do que está falando.

- Não sei se posso fazer isso. Não quero ser uma mãe como você.

Ela está com medo. Apesar de sempre parecer estar certa sobre tudo, e saber exatamente o que fazer, está perdida. Como eu não vi isso antes? Esse medo? Como ela não vê o quão maravilhosa é? Tudo bem que há uma chance minima de ela machucar acidentalmente a criança algumas vezes, mas para isso estarei sempre ali, ao lado das mulheres da minha vida.

Envolvo sua cintura com meus braços e beijo sua cabeça. Ela se recosta em
mim e sua mãe responde.

- Você não será como eu Karol, será uma mãe maravilhosa. Sempre foi maravilhosa. Sempre cuidou de mim, quando eu é que deveria estar fazendo isso. Não tenha medo, menina, nada nunca derrubou você. Um bebê será fichinha.

Ela sorri, abraça a mãe e sinto como está aliviada. Eu as abraço e porra!

Nunca fui tão feliz!

Aaaa o amor está no ar!

Cretino irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora