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Havia passado uma semana desde que assinei contrato com Zayn. Então, passei a estar mais tempo com o mesmo. Por alguma razão, ele queria acompanhar todo o processo do trabalho.

Confesso que era desconfortável ter Zayn me observando a cada minuto, mas eu estava tentando ignorar isso e ser o mais profissional possível.

— Quer tirar uma foto? Vai durar mais. — falei, com um sorriso irônico.

— Não preciso. — ele cruza os braços. — As fotos que não forem usadas, irão parar no meu escritório.

— Você não é doido. — falei, mas na verdade sabia que ele era capaz disso.

O empresário ergue as sobrancelhas, posso notar que está incomodado por eu ter duvidado. Zayn não suportava ser subestimado. E acho que as coisas pioravam quando eu era a pessoa que o subestimava.

— Certo. — enfia as mãos nos bolsos. — Pode ir na minha casa para ver. — ele dá um sorrisinho ladino.

Reviro os olhos. Pego minha bolsa e saio da sala de fotografia. Meu horário tinha acabado e eu estava caindo de cansaço.

— Pode parar de me seguir? — perguntei, dando meia volta e encarando Zayn.

— Não.

— O que você quer?

— Não posso acompanhar uma amiga? — perguntou, dando ênfase a última palavra, enquanto cruzava os braços.

— Estou cansada... — respirei fundo.

— Vamos. Eu te levo para casa. — disse, pegando minha mão, me guiando.

***

Evitei olhar para Zayn o caminho todo. O clima sempre pesava quando estávamos juntos. Meu consciente também. Eu sentia medo de acabar agindo de forma impulsiva, não podia negar que sentia uma atração enorme pelo homem que estava dirigindo. No entanto, não podia esquecer que eu estava namorando Thomas.

Minhas mãos estavam suadas, meu corpo rejeitava qualquer movimento. Era assim que Zayn me deixava: tensa.

Respirei fundo, quando Zayn parou o carro em frente ao prédio onde eu morava. Podia sentir aquele homem me olhar, por isso queria fugir o mais rápido possível.

— Muito obrigada pela carona. — falei, abrindo a porta.

— Luna! — ele me chamou.

Congelei antes de fechar a porta. Eu ainda não tinha coragem de olhá-lo. Como eu podia ser tão indefesa e "inocente" quando estávamos a sós?

Era simples; Zayn não faria nada enquanto houvesse alguém por perto, porém sozinhos as coisas podiam ser um pouco diferentes.

— Você fez um bom trabalho hoje. — diz. — Te vejo amanhã.

Concordo com a cabeça, fechando a porta do carro e dando passos longos afim de entrar no prédio.

The Unknow - ZaynOnde histórias criam vida. Descubra agora