The Unknow - Zayn

80%

Eu não estava nem um pouco animada para ver Zayn. O motivo? Não sei. No entanto, algo me dizia que seria a última vez que nos encontraríamos. Tentei me convencer que por ele estar indo embora amanhã, eu estivesse meio triste com isso — mas no fundo, eu sabia que isso era mentira.

Fiquei esperando por cinco minutos, bem menos do que esperei no nosso encontro anterior, quando Zayn levou mais de duas horas para chegar.

— Oi, Luna. — ele disse, quando sentou no banco ao meu lado.

Acabei escolhendo o parque para esse encontro, era um lugar calmo e me passava uma energia boa.

— Oi. — virei meu rosto para olhá-lo.

Ele ficou calado, sem reação e sem cor. Continuava me olhando, e dava para perceber que queria falar algo, diferente de mim, que só queria olhar para seu rosto a todo momento. Talvez isso soasse estranho, mas não deixava de ser verdade.

— Vai amanhã mesmo? — perguntei.

— Sim.

— Por que?

— A empresa.

Fiquei calada e direcionei meu olhar para frente.

— Eu vou voltar. — sussurrou.

— Não estou pedindo por isso. — falei, abaixando a cabeça.

— Eu sei. — o moreno fala, aproximando-se mais. — Eu não esqueci que você me odeia. — riu baixo.

— Eu acho que isso mudou. — comento.

— Então você não me odeia? — ele se curva um pouco, para ficar no meu campo de visão.

— Não, Z. — o encaro.

— É confuso. — fala.

— Eu sei que nunca demonstrei isso, mas criei um carinho enorme por você.

— Eu vou voltar.

— Talvez seja melhor que não volte, nós moramos muito longe um do outro.

— Mas eu quero voltar.

Era estranho a nossa forma de gostar. Embora isso não passasse de uma possibilidade, eu estava gostando de Zayn desde o nosso beijo. Sem contar que ele me ajudou bastante e nunca desistiu de mim, mesmo eu pedindo por isso.

Zayn era uma pessoa legal, mesmo que fosse meio agressivo às vezes.

Ficamos calados o encontro todo. Sabíamos que mesmo que fosse nossa vontade falar alguma coisa, não daria jeito em nada. Na verdade, o silêncio falou muito mais do que qualquer palavra.

Zayn passou mais três horas segurando minha mão, sem olhar no meu rosto, e eu fiz o mesmo. Não conseguia olhá-lo sabendo que iria embora. Nunca imaginei que iria me apegar a alguém em tão pouco tempo, já que ele só estava na cidade por duas semanas — tempo suficiente para que me encantasse pelo garoto.