Dias de guerra e dias de paz...
Airy embrenhou-se pela floresta Negra por necessidade, estava com fome e a necessidade de caçar para alimentar a sua família e amigos, era mais intensa que o receio provocado pelo decreto dos cinco reinos, que proibia a caça nas florestas e bosques da soberana do Ar ou dos demais reinos, precisava de uma permissão real e ou o pagamento da taxa correspondente para cada animal abatido. Mas seu clã necessitava de alimento ainda mais depois de uma batalha árdua.
Durante horas a fio perseguiu um cervo com carne suficiente para uma dezena de dias, era uma fêmea já adulta talvez de cinco anos e com uns cinquenta quilos. Quanto mais se aproximava menos perto dela estava, como se fosse um encanto: ver-se perto e quando mirava o seu arco ela já está fora de alcance.
— Maldição! Isso que dá caçar em terras encantadas. Mas sendo descendente do clã Alucard regras eram quase impossível não quebrá-las. Sorriu de lado com tais pensamentos. Seu poder não deveria ser utilizado para não chamar a atenção.
Cansado, com fome e sedento se sentou a beira de um dos riachos cristalinos, buscou por alguns frutos silvestres, tubérculos comestíveis. Com a fome saciada ficou quieto por uns instantes, pensativo em tudo o que houve depois da guerra, em seus ancestrais, seus avôs, seus pais... Acabou adormecendo sem perceber e tendo um sonho estranho, no sonho a fêmea que perseguia se transformava numa fêmea bonita de poucos anos, longos cabelos negros e olhos verdes quase que totalmente nua andando pela floresta como se fosse uma miragem, nos mesmos lugares onde avistou o animal que caçava.
Em sua cabeça uma voz ressoava melodiosa: "Ariadne é a minha soberana e o meu nome é Nyx, se me pegar poderá me possuir e terá o seu animal interior para saciar a fome do seu povo! E eu o meu desejo concretizado...".
Aquilo parecia mais uma maldição do que uma benção!
Mas como ela me daria o animal, teria algum poder sobrenatural? Eu caçador experiente do clã Alucard não havia ainda visto um animal que se comportasse desse jeito, quase como se fora mágico. Mas todos os seres encantados estavam proibido de enganar seus irmãos mágicos através da Magia seja qualquer que fosse seus motivos.
Para se quebrar um feitiço feito por seres encantados minha matriarca havia ensinado um antigo ritual, um encantamento para proteção e revelação.
Encontrei as flores de lótus negra e fiz delas um pó fino usando o poder que possuo. Esfreguei em trocos de árvores junto com o meu sangue, ungi as rochas em nome dos cinco elementos e sobre esses resíduos joguei uma pitada do pó de lótus, deixei alguns fios de minhas roupas como pagamento ao povo pequeno, como alguns doces enganchados em galhos com um pouco desse pó sonífero também. Somente o povo da terra tinha o poder de quebrar a magia dos ventos.
Corri em busca da fada encantada assim que o véu mágico caiu como se minha alma dependesse disso, porém com a estratégia oculta e uma ação com execução perfeita. Depois de vários minutos correndo, encosto-me a uma pedra para retomar o fôlego, ao longe avisto Ariadne por trás da minha posição cheirado o ar e sentindo a minha presença, o caçador era a caça pelo jeito... Ela conseguia rastrear as minhas pegadas que deixei pelo caminho.
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ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL
RomanceAVISO: Está obra me pertence! Todos os direitos autorais reservados a autora... Capa, um surpreendente Presente da Autora @Lydia_Tavares Cinco reinos e um único destino, serem governados por um Decaído. Uma rainha com sede de poder tentando mudar...