Capítulo 5 - ᘏ Lαяαηנα თ

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Dafne ficou quieta, pensando numa maneira de convencer Karina da necessidade de voltarem à ilha dentro de alguns dias para saber como o Decaído estava se arrumando naquele lugar

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Dafne ficou quieta, pensando numa maneira de convencer Karina da necessidade de voltarem à ilha dentro de alguns dias para saber como o Decaído estava se arrumando naquele lugar. Não teria sossego enquanto não soubesse como ele havia se recuperado do efeito do vinho enfeitiçado. No fundo sua alma não concordava com tamanha maldade.

— Estou apavorada. Contou para Karina, enquanto descarregavam as caixas, antes de tirar o Decaído do vortex. — Não sei como fomos fazer uma loucura dessas! E essa ilha é tão pesada energicamente! Não sei como ele aguenta ficar aqui. Sentiu a diferença de energia e gravidade?

— Não é do seu feitio ficar em pânico, Dafne. Me conte o que está acontecendo de verdade com você?

— Não estou em pânico! Coisa nenhuma... Estou preocupada. Isso que fizemos é um crime considerado pecado capital nos cinco reinos...

— Bobagem! É apenas uma pequena vingança. E, além do mais, ele é um tipo de criatura que não hesitaria em fazer a mesma coisa para vingar algum membro de sua raça que tivesse sido ofendido.

— Acho que tem razão. Concordou Dafne, sem a menor convicção.

Como Karina poderia saber o que se passa na alma e no coração dessa criatura. Isso era o que Dafne odiava dentro dos cinco reinos e principalmente da realeza existente dentro deles, o pré-julgamento a partir de seus próprios achismos.

— Trouxe tudo? E as pequenas poções para ele fazer fogo e outras utilidades estão na caixa azul?

— Não se preocupe tanto assim; pensei em tudo o que ele poderá precisar e não me esqueci de nada que possa lhe fazer falta neste lugar.

— Acho que poderíamos dar uma olhada pela ilha, pelo menos para ter certeza de que tudo correrá bem. Vamos até aquele pequeno vale ali.

— Para quê? Ora, Dafne, não pretende encontrar um castelo de cinco luas por aqui, para acomodar nosso passageiro ilustre, não é? Gargalhou a feiticeira se divertindo com o jeito estranho dela agir.

— Gostaria de ver se há algum lugar onde ele possa dormir com razoável conforto. Enquanto dizia isso, tentava lembrar-se das coisas que haviam trazido: carne seca e legumes desidratados, frutas secas, garrafas de sementes e alguns cereais, em pó fadas, ovos de fênix, e pílulas de energia vital, sal azul, as garrafas de fogo vivo, algo raro somente conseguido através das batalhas contra os dragões do sul e bastante água de orvalho cristalizado.

— Eu ainda acho que deveríamos dar uma olhada rápida pelo lugar. Dafne continuou. — Não podemos deixá-lo inconsciente na praia e esperar que uma grande sorte o proteja ou mesmo os deuses.

— Acho que é exatamente assim que tem que ser. Ele deve ser punido! Quem ele acha que é por se meter com a nossa princesa?

— Não adianta, Karina, não terei paz na consciência se abandonar esse ser aqui sem ao menos me certificar de que ele vai sobreviver com um mínimo de condições. Além do mais, só o trouxemos aqui para que se afastasse da princesa, e não para castigá-lo. Quem somos nós para julgarmos os sentimentos dele em relação a ela? Indagou ficando irritada.

ATRAÇÃO IRRESISTÍVELOnde histórias criam vida. Descubra agora