capítulo trinta e sete: os efeitos colaterais

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y͟͟͟͞͞͞a͟͟͟͞͞͞s͟͟͟͞͞͞m͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞n͟͟͟͞͞͞

   Depois de quase não conseguir sair do carro, saímos. E na porta ainda fechada eu ouvi o som alto de dentro da casa.

— Eu só não digo pra você não ligar pra alguma doideira, porque você tá acostumada! — Diogo abriu a porta.

  Fiz careta pra ele.

— Licença! — Falei entrando pra dentro da casa junto dele.

  A primeira visão que eu tive foi de uma sala não muito grande, mas tinha um bom gosto. Exceto o quadro enorme em cima da televisão que era do título da libertadores do corinthians em 2012. Tirando também alguns enfeites também do time, era uma sala linda.

— Vó!?

  Diogo gritou mais alto que o som e conseguiu me dar um puta susto. Ele percebeu e começou rir.

— Cheio de gracinha, né!?

  Ele passou o braço na minha cintura me fazendo sentir quentura só naquela região.

  Do nada uma senhora baixinha de um cabelo lindo apareceu na sala com a maior cara fechada. Mas quando me viu abriu um sorriso maravilhoso.

— Finalmente eu tô te conhecendo! — Ela veio já com os braços abertos.

  Me aconcheguei nela e pude sentir o carinho. Eu amo senti esse tipo de energia. Ser querida é sempre bom.

— Dona Maria! Eu ouvi tanto sobre a senhora. — Fui sincera.

— Aqui em casa você é o assunto de todo santo dia, minha filha!? — Ela se afastou ainda sorrindo doce. — Você é mais bonita assim de pertinho.

— A senhora é um amor. E é linda demais!

  Ela sorriu convencida me abraçando de novo.

— Vem pra cá, meu bem. Tô aqui na cozinha lavando a louça, você aproveita e come um bolinho comigo.

  Ela me deu as costas me incentivando seguir ela.

  Olhei com deboche pro Diogo.

— Já vi que perdi o favoritismo. — Ele revirou o olho.

  Pisquei pra ele e sai rebolando na direção da cozinha. E surpreendentemente senti minha bunda arder depois de um tapa estalado dele.

   O que esse povo tem com a minha bunda pra ficar estapeando do nada, gente?

  Olhei por cima dos ombros pra ele que mordeu a boca brincando.

[...]

— Esse menino já aprontou tanto comigo, minha filha. O tanto de cabelo branco que eu criei na adolescência dele...

  Dei risada lembrando da historia do ônibus. Provavelmente ela não faz ideia que o neto fode em transporte público em plenas sete da manhã.

— Dona Maria, e eu que achava que ele era todo certinho quando conheci. — Nem terminei de falar e a senhora começou rir.

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