capítulo trinta e cinco: desestabilizada

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y͟͟͟͞͞͞a͟͟͟͞͞͞s͟͟͟͞͞͞m͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞n͟͟͟͞͞͞

meus status

— aí aí aí ui ui —

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— aí aí aí ui ui —


Postei os status e fiquei alguns minutos ali deitada e remoendo minha última conversa com meu pai há menos de dez minutos.

Ele me ligou pra conversarmos sobre tudo isso, graças a minha mãe que precisou implorar pra ele me dar atenção, porque se realmente dependesse dele ficaríamos brigados pelo resto do ano, quando a consciência pesa. E depois do que eu ouvi e falei, era melhor ter ficado exatamente assim.

flashback'

chamada de áudio com Daniel.

— Sua mãe disse que você tá quase namorando. É um bom rapaz?

— Cara, sério, não precisa fazer isso. Você não quer falar comigo e eu não quero falar com você. Pra que piorar?

— Eu quero ser presente, Yasmin. Eu juro. Então vamos tentar comigo? Não aguento mais essa rincha entre a gente, minha filha.

Aham, acredito.

— Ele é um cara legal e é isso. — Suspirei impaciente. — Satisfeito?

— Trabalha do que?

Tava demorando.

— Na lanchonete de frente da minha escola. E se você falar alguma coisa sobre eu vou desligar isso. Juro. — Já fui antecipada.

Na cabeça do meu pai só presta quem tem dinheiro.

— Não vou dizer nada, Yasmin. Você fica com quem quer, mesmo que suas escolhas sejam péssimas. Sempre.

Revirei o olho e imaginando praticamente todo o algarismo pra manter a calma. Ninguém no mundo consegue me desestabilizar como meu pai.

— Acho que isso eu puxei de você. — Não consegui segurar a minha língua dentro da boca. E olha que eu tentei, Deus é testemunha!

— Vai começar a implicância ridícula?

— Você começou.

Ouvi ele respirar fundo do outro lado da linha.

— Yasmin, filha. Não quero continuar brigar.

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