capítulo quarenta e três: apaixonadinha

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d͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞g͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞

— Ainda bem que você teve a ideia de trazer as comidas. Eu tô numa larica!

  Yasmin se inclinou pra ponta da cama pegando a bandeja. Mas eu não consegui deixar de olhar pra bunda dela.

  Tava pra nascer mulher mais gostosa que essa. Sem dúvidas.

— Eu tô numa brisa foda, ainda não me bateu fome. — Falei sentindo cada parte do meu corpo leve.

— Você nunca tá com fome. Taurino de araque! — Ela sentou do meu lado enquanto metia a boca no lanche que ela tinha feito.

— Passa fome!

  Suspirei olhando pro teto com a impressão de que eu ia sair flutuando de tão leve. E eu precisava tanto disso! Faz alguns dias que eu tô dando duro na lanchonete e no curso. Mas o que tá me quebrando é fazer alguns bicos depois do curso nos eventos que tinha de madrugada pra ganhar uns extras. E eu nem podia reclamar, tava apertada a situação lá em casa. O salário mínimo que eu recebo do seu Valmir não tá segurando direito e a aposentadoria da minha avó— como sempre atrasada e eu queria tanto fazer uma surpresa pra Yasmin.

  Enfim. Acabei de cortar a minha brisa só de pensar no motivo deu querer brisar. Inferno!

— Bateu errado foi? — Yasmin me chamou a atenção.

— Acabei de cortar minha onda pensando o que não devia. — Ri fraco voltando a olhar pro teto.

  Senti os olhos dela em mim ainda, mas não me incomodei pra olhar de volta.

— Quer me contar? — Ela perguntou deixando o lanche de lado.

— O mesmo de sempre. Cansaço por não estar conseguindo segurar as pontas lá em casa. — Resumi.

  Yasmin bebeu um pouco de coca e deitou a cabeça no meu peito. Acabei fazendo um carinho nas costas dela.

— Se eu te oferecer ajuda você não vai aceitar, né!? — Ela levantou a cabeça pra me encarar.

Neguei rápido. Até parece que eu aceitaria isso.

— Não, amor. Com isso não. — Ela me olhou confusa. — Mas pode me mimar e me fazer esquecer um pouco do mundo lá fora.

Encarei ela com delicadeza.

— Gostei. — Ela riu segurando meu rosto.

Fechei os olhos e deixei que ela me beijasse. E quando eu senti a boca dela na minha, vi que o efeito do beijo dela me aliviava mais que um baseado caro.

Yasmin simplesmente do nada cortou o beijo me deixando sem entender. E eu sei que ela é meio doida, mas precisava ser agora?

— Ei, onde você vai? — Reclamei sentando na cama um pouco frustrado.

Yasmin não me respondeu, só foi pra porta e trancou me deixando mais curioso. Eu sei que isso é sinal pra quando a pessoa quer foder, mas ela era inédita. Não dava pra esperar nada.

Só observei ela vir com um sorrisinho de quebrar as pernas pra cama de novo. Dessa vez ela preferiu sentar em cima de mim e distribuir beijos pelo meu peito e intercalar para o meu pescoço.

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