capítulo setenta e seis: espero que não seja em vão

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y͟͟͟͞͞͞a͟͟͟͞͞͞s͟͟͟͞͞͞m͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞n͟͟͟͞͞͞


Encarei a tela do celular com um certo nervosismo, mas a ansiedade gritava demais no peito pra ficar encarando a tela.

me
tava dormindo?

amor <3
não, acabei de sair do banho. mas já tava indo. pq?

me
quero conversar contigo

amor <3
quer que eu vá ai?

me
melhor não, tá tarde e você deve tá cansado.

me
vou te ligar aí!

amor <3
tá booom

Cliquei na câmera no canto superior direito e nem chamou muito pra eu ver o rosto dele. Assim que o Diogo me viu, deu um sorriso fraco também.

— Oi. — Disse com a voz baixa.

— Oi... — Respondi. — Diogo, meu problema não é contigo. Não é a gente. Percebi que eu estava externando algo meu, e refletiu no nosso relacionamento. — Suspirei vendo ele focado em mim. — Acho sim que você deu uma vacilada nesse quesito de deixar esfriar, mas não é motivo pra acabar. Pelo contrário, é motivo pra ficar ainda mais junto.

O sorriso dele de mínimo foi pra enorme. Ali meu peito já estava preenchido.

— Todo relacionamento tem suas fases, e eu sempre tive isso em mente. Mas eu fiquei com medo. — Confessei me ajeitando melhor na cama.

— Como assim, neguinha?

— Fiquei com medo de você deixar de amar.

Eu não queria parecer carente, ou uma dependente emocional, porque eu não sou. Doeria muito deixar o Diogo, mas se eu visse que ele não é onde eu devo estar, iria embora.

— Amor, não é tão fácil assim deixar de amar alguém assim.

— Aí que tá o ponto. Eu fiz merda, espelhei nossa relação com a minha e do meu pai. Era como se você pudesse fazer o mesmo.

— Yasmin, olha bem no meu olho!? — Ele pediu e assim eu fiz. — Eu juro por tudo que é mais sagrado nessa terra, eu não vou te fazer nenhum mal. Caso eu faça, eu quero que me conte, amor. Mesmo que seja algo básico!

Assenti rindo fraco.

— Você não tem que ter esse peso nas costas. Isso é um problema meu que eu vou resolver no psicólogo. — Sorri mostrando conforto. — Tudo bem errar, e a gente tá aqui pra aprender um com o outro, cara! Só não vale esquecer sempre a data de namoro, caraio.

Diogo riu deitando na cama com um semblante leve.

— Disso eu sei, mas o que eu puder fazer pra evitar, né!?

— Eu sei, gatinho. — Ri fraco. — Ah, e vamos mais devagar, ok? Talvez você ache que eu esteja me afastando, e tal. Mas eu só tô precisando de um tempinho pra me colocar no trilho.

— Vou te dar todo espaço que precisar, princesa. Não se preocupa. — Ele sorriu. — Tô feliz que a gente tá se ajeitando.

— Eu também. Infelizmente não vivemos sem o outro. — Revirei os olhos levantando e indo apagar a luz pra dormir também. Liguei meu abajur e me joguei na cama de novo.

— Não existe Cherequi sem Viona. — Ele me arrancou uma gargalhada sincera.

— Que ódio, eu te amo.

— Sexta vou te levar um bagulho. — Diogo bocejou me fazendo bocejar também. Esse era o hack humano mais estranho na minha opinião.

— Verdinha? — Perguntei maliciosa e ele negou rindo.

— Maconheira! Ia te levar cachorro quente da Silvio Romero.

Sorri ainda mais.

— Faz nem vinte quatro horas que a gente quase terminou. — Brinquei e ele riu junto. — Espero que não seja em vão.

— Já disse, por mim vai valer a pena cada minuto. — Diogo me deu um sorriso sonolento. — Mas como você falou, agora é foco total na sua saúde mental.

  Concordei sentindo o sono querer me pegar.

— Sim... Amor, acho que eu vou dormir. — Admiti, mesmo que meus olhos já me entregassem.

— Eu também.

— Te amo. — Falei fechando os olhos me rendendo ao sono.

— Te amo, neguinha.

$.$

parece que eu tô perdida, mas eu sei o que eu tô fazendo gente. Yasmin precisava dessa turbulência pra se tocar que o mal que o pai dela causou, teve sim danos! e n tinha sentido acabar com o casal agr (lembrando que todo relacionamento tem suas fases e dúvidas)

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