alguns meses depois...
d͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞g͟͟͟͞͞͞o͟͟͟͞͞͞
— Não acredito que já tá acabando. — Bia murmurou se jogando no colo da Yasmin, que tava sentada no sofá.
Ela tinha conseguido vir pra cá passar uma semana, e como ela disse... Tava acabando!
— O jeito vai ser você mudar pra cá. — Falei brincando. Apesar de que seria maneiro ter a Bia por perto.
A gente já tinha uma afinidade antes, mas depois que ela veio aqui pra São Paulo eu me tornei ainda mais próximo. E o jeito que ela faz bem pra Yasmin é muito notório.
— Eu vou largar meu Rio pra vir pra essa cidade poluída? — Bia entrou na brincadeira só que com um tom de ofendida.
— Pode ser poluída, mas é a única cidade que tem Yasmin e Diogo. — Yasmin debochou me fazendo concordar cúmplice dela.
— Isso você pode ter certeza!
— Eu sei. — Dessa vez ela falou cabisbaixa. — E eu tenho fé que vocês vão casar e vão pra lá!
Gargalhei ironicamente. Isso tava fora de cogitação.
— Ixi filho, tá rindo do que? — Bia me olhou debochada.
— Não há a mínima possibilidade disso acontecer. — Falei simples.
— Por que não? — Yasmin entrou na conversa, mas o tom estava sério.
— Neguinha, aqui tá a nossa vida. Nossas famílias... — Era meio óbvio, eu nem precisava explicar.
— A gente não pode levar junto?
— Preta, isso não é papo pra se ter assim. São muitos detalhes. — Falei calmo.
— Suave, só que você falou com tanta convicção, como se já tivesse conversado comigo sobre. — Ela emburrou e começou mexer no celular.
Estranhei, porém era melhor evitar entender agora.
— Diogo, seja útil e coloque uma série aí. Um filme. — Bianca, folgada mandou.
Medi ela com uma falsa indiferença e estalei a língua.
— Meu anjo, pegue seu dedinho assim... — Levantei o dedo indicador e coloquei na testa. — E se toca!
Bianca gargalhou indo ela mesma pegar o controle pra colocar alguma coisa.
Acabou que colocamos um filme que tava em cartaz na netflix, porque não concordamos com nenhuma opção que os dois proponhamos.
Era de ação e parecia ser da hora. Pelo o menos o começo tinha me empolgado.
[...]
— Licença aqui amiga!? — Yasmin pediu pra Bia que, ainda tava deitada no colo dela.
Bianca levantou a cabeça e a marrentinha simplesmente subiu sem olhar na minha cara. Segui ela com o olhar até o fim da escada. Desviei os olhos para Bianca que também parecia confusa.
Suspirei me motivando pra levantar do sofá.
— Vou ir ver o que tá pegando. — Falei simples.
Segui o mesmo caminho que ela tinha feito há instantes, porém com calma. Até usei esse tempo pra tentar raciocinar o que poderia ser.
Abri a porta do quarto dela com cuidado e vi a pequena jogada na cama, com a cara fechada e mexendo no celular.
— Ei, o que tá rolando? — Perguntei baixinho e ela me olhou por alguns segundos, mas depois voltou pro celular.
— Nada, só não tava curtindo o filme. — Ela falou ríspida.
Ela tava puta.
Fechei a porta atrás de mim e fui tentar abraçar ela, mas como não era "nada" Yasmin se afastou.
— Isso porque não é nada, né? — Segurei o riso.
— Aí Diogo, não vem não tá?
Ela virou pro outro lado ainda bolada. Medi a pequena por alguns segundos tentando pescar de novo o que tava pegando, e talvez seja por eu ter dito que não tem possibilidade da gente ir pro Rio. Mas ainda assim era um motivo muito pequeno, e...
Ah, já sei!
— Neguinha, que dia é hoje? — Perguntei tentando lembrar. Eu sabia que era sábado, mas não lembrava do dia exato.
— 22 de agosto, Diogo. — Ela falou ainda ríspida.
Tudo fazia sentido agora.
— Ah, seu ciclo começou já né? — Falei e foi mágico. Yasmin sentou na cama e me olhou com tédio.
— Não tenta banalizar as coisas por conta da minha TPM, Diogo!
Outra vez eu senti vontade de rir, mas segurei.
— Então diz pra mim o que eu tô banalizando, princesa? — Perguntei paciente.
— A forma como você simplesmente decidiu sozinho algo, que era pra nós dois conversarmos.
— Mas amor, ali eu tava brincando. Claro que não é uma vontade minha, mas se a gente precisasse conversar eu estaria super aberto pra te ouvir, caso quisesse. — Me expliquei.
Eu não conseguiria nem me manter direito lá, quem dirá a minha avó. Até porque eu não sou maluco de deixar ela aqui sozinha!
— Mesmo assim, Diogo. Não gostei do seu tom. — ela deitou de costas pra mim, mas dessa vez não mexeu no celular.
Passei os braços em volta dela, e dessa vez ela não fugiu, mas também não abraçou de volta.
— A gente nem casou ainda, amor. Quer conversar sobre isso? — Perguntei baixinho e ela bufou.
— Não. Esquece isso! — Ela disse simples.
Dei um beijo no pescoço dela e vi se arrepiar.
— Olha pra mim, então!? — Pedi e ela continuou imóvel.
Dei mais alguns beijos no pescoço dela e dessa vez senti suspirar.
— Para, garoto! — Ela me empurrou e virou de frente pra mim. — Chato.
Aos poucos o sorrisinho dela apareceu me fazendo roubar um selinho. Mulher linda!
— Marrentinha!
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sobre nós
Teen Fiction+18 Quando eu debrucei minha esperança no seu sorriso, descobri o pra sempre. Tudo isso começou naquela lanchonete, quando eu sofri um acidente que mudou minha vida. Eu bati meus olhos em você. Desse dia em diante eu procuro por você em cada detalh...