y͟͟͟͞͞͞a͟͟͟͞͞͞s͟͟͟͞͞͞m͟͟͟͞͞͞i͟͟͟͞͞͞n͟͟͟͞͞͞
Enfim, era hoje o dia da dona Maria e eu já tinha comprado o bolo e pedido algumas comidas pro jantar. Mandei mensagem ontem a noite pro Diogo confirmando que teria algo realmente independente da nossa discussão e ele concordou.
Eu tava animada. Diogo conseguiu mudar um pouco em mim o ódio por surpresas e começou ser algo mais divertido.
Minhas mães me ajudavam encher bexigas enquanto o pessoal da comida não chegava. E ficamos ali organizando até dar umas seis horas e eu decidir ir me arrumar.
Coloquei uma leggin e um moletom azul bebê. São Paulo estava chuvoso e frio. Passei perfume e deixei minhas tranças soltas. Dei um reboco básico na cara antes de descer.
Conferi se tudo realmente estava pronto.
— Yasmin, relaxa! Tá tudo certo. — Larissa me abraçou por trás.
— Quero que não saia nada errado, Lari. — Falei suspirando.
— E não vai. Só relaxa! Dona Maria vai amar tudo isso. — Larissa começou me guiar pro sofá me fazendo sentar a contra gosto.
— É minha primeira vez fazendo festa surpresa pra alguém. Eu tô nervosa. — Brinquei fazendo minha madrasta semicerrar os olhos pra mim.
— Nervosa só pela surpresa ou por saber que o Diogo também vai estar aqui? — Ela me desvendou.
Na verdade eu também tava nervosa pela surpresa, mas não era nem comparado em estar perto dele de novo.
— Não da pra esconder nada, hein!? — Soltei meu corpo no sofá me esparramando por ele.
— Não mesmo! E eu te entendo. O que vocês têm é forte demais. E eu ainda acredito muito que vocês vão conseguir voltar e ser mais forte do que eram.
Sorri fraco querendo mentalizar o mesmo. Mas vendo a situação por dentro, conhecendo o Diogo como eu conheço não era tão simples assim. Eu tava fudida e sentia que não poderia fazer mais nada em relação a nós, apenas deixar fluir.
[...]
— Seu Claudio, pode liberar! — Avisei o porteiro.
Meu coração estava disparado.
— Mãe, abre aqui. Lari você filma pra mim! Vou lá pegar o bolo. — Disse animada passando pra cozinha atrás do principal.
Quando ouvi a campainha tocando acendi as velas e esperei a ouvir a voz da dona Maria. Assim que eu ouvi sai da cozinha com o bolo e todos batiam palmas fazendo a senhora gargalhar de felicidade e surpresa.
Pra minha surpresa ali também tava o seu Valmir, e eu não sabia que eles se conheciam.
— Pra dona Maria nada? — Puxei o coral. — Tudo! Então como que é?
Todos cantavam animados. Me aproximei da senhora fazendo que ela assoprasse as velas.
— Vocês não tem jeito mesmo, né? — Ela riu emocionada. — Não sei nem como agradecer tudo isso.
— Da o primeiro pedaço de bolo pra mim que tá tudo certo. — Brinquei.
Minha mãe veio logo com uma espátula e um prato pequeno dando pra ela. Dona Maria cortou o bolo de baixo pra cima enquanto sorria de uma forma que aquecia o coração.
— Antes do meu primeiro pedaço eu queria dizer o quanto eu me sinto grata de ter pessoas assim ao meu redor. — Ela olhou cada um de nós. — Todos os meus aniversários há dezenove anos passa apenas eu e o meu Dioguinho, e sempre foi o suficiente pra mim. Mas eu tenho mais que agradecer vocês por me trazerem tanta alegria, tanto amor...
Não tinha uma pessoa sã ali sem um sorriso estampado na cara.
— A gente te ama, vó. — Diogo abraçou a senhora de lado que começou chorar.
Senti meus olhos quererem arder e me permiti deixar que eles derramassem lágrimas. Pra dona Maria não existe armadura certa! Qualquer se desmonta com ela.
— Meu primeiro pedaço hoje vai pras duas pessoas que fizeram esse momento acontecer. — Ela voltou dizer limpando as lágrimas. — Diogo, filho. Se você não tivesse conhecido a Yasmin a gente não viveria nada disso. Assim como eu sei que sem você, filha... Eu não estaria vivendo tudo isso também. — Ela alisou minha bochecha. — Você fez tanto pelo meu neto e por mim. Você merece muito mais do que coisas boas!
Senti meus olhos arderem de novo. Essa mulher vai me matar do coração.
— Te amo dona Maria, a senhora é a avó que qualquer um implora a Deus! — Deixei o bolo na mão da Lari pra abraçar ela forte.
Meus olhos pararam no Diogo que estava de braços cruzados com um sorriso pequeno, porém verdadeiro. Ele sabia que o amor entre mim e ela era uma troca linda e única. E isso jamais romperia, mesmo que não um dia a gente não fique junto.
— Então o meu primeiro pedaço vai pra vocês dois. Os intercessores desse momento único!
Dona Maria puxou o Diogo mais pro lado dela ficando de frente pra mim. Ele sorriu parecendo meio desconfortável.
— Obrigado, vó. A senhora merece o melhor, e no que depender de mim é isso que a senhora vai ter! — Diogo abraçou a senhora que beijou sua testa.
— Verdade, dona Maria. Você merece um mundo inteirinho. — Beijei seu rosto.
— Foto aqui! — Lari chamou nossa atenção.
Dona Maria estendeu o prato pra nós dois e seguramos juntos. Olhamos pra câmera na mão da Lari, e foi estranho. Eu sentia que estávamos ali forçados. Nem parecíamos conhecidos, quanto mais namorados.
Vi o sorriso da Lari se desfazer depois de provavelmente sentir o clima entre a gente. Agora eu acho que ela começaria entender mais ou menos que o bagulho era sério.
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enchendo linguiça
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sobre nós
Подростковая литература+18 Quando eu debrucei minha esperança no seu sorriso, descobri o pra sempre. Tudo isso começou naquela lanchonete, quando eu sofri um acidente que mudou minha vida. Eu bati meus olhos em você. Desse dia em diante eu procuro por você em cada detalh...